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domingo, 7 de outubro de 2018

Cientistas chineses descobriram como armazenar dióxido de carbono em sedimentos marinhos

Pelo site Engenharia é






Pesquisadores chineses descobriram que o dióxido de carbono pode ser armazenado em sedimentos nas profundezas do mar de forma estável e segura.
O estudo publicado na revista Science Advances revelou que o efeito de flutuação negativa provocada pela alta densidade do dióxido de carbono líquido, juntamente com a formação de hidratos de dióxido de carbono, pode proporcionar uma barreira eficaz para impedir o fluxo a superfície do dióxido de carbono injetado.
A captura e armazenamento de carbono é considerada uma opção promissora para estabilizar a concentração atmosférica de dióxido de carbono gerada por humanos e mitigar as mudanças climáticas.
O armazenamento de carbono em sedimentos nas profundezas do mar pode tirar proveito da alta pressão e baixa temperatura dos sedimentos profundos, de acordo com o estudo.
“Em comparação com estudos anteriores, a superioridade do nosso estudo é a incorporação da dinâmica de componentes dissolvidos e os seus efeitos correspondentes sobre a reação do hidrato e o fluxo de fluido”, disse o primeiro autor do artigo, Teng Yihua.
“Estamos muito entusiasmados com os resultados porque eles provam que esta opção é viável a longo prazo”, disse Teng.

Saiba como a Federação Ferroviária Suíça vai melhorar a segurança com Deep Learning

Pelo site Engenharia é




Todos os dias, a Swiss Federal Railway (SBB), gere cerca de 15.000 comboios, que transportam cerca de 1.2 milhões de passageiros ao longo de um percurso de 6.437 quilômetros.
Para garantir a segurança da infraestrutura, bem como a segurança dos seus passageiros, a federação ferroviária suíça recorre a “diagnósticos” dos trens que circulam nas linhas (com velocidades que atingem os 160 km/h), equipados com câmeras de elevada resolução e sensores que permitem obter imagens claras do estado das ferrovias.
O processamento dos dados é efetuado em tempo real no comboio que realiza o diagnóstico, havendo uma elevada taxa de falsos positivos e até negativos — dado que se trata de uma análise computacional. Por essa razão, este sistema necessita do auxílio humano. Algumas situações em que por vezes se necessita de pessoas com experiência em atuar em ambientes perigosos. 
Tendo em vista o problema visado, surge o projeto “Railcheck” resultado de uma parceria realizada entre a SBB e CSEM (centro suíço de pesquisa e desenvolvimento), cujos objetivos passam por usar tecnologias Deep Learning (Aprendizagem profunda) no sentido de:
  • melhorar a deteção e a classificação de falhas ocorridas nas vias férreas;
  • minimizar o número de verificações realizadas por ação humana nos locais;
  • minimizar o tempo que os especialistas gastam a resolver falsos positivos.
Primeiramente, a coleta de dados. A SBB plaeja observar 3.800 km de trilhos ferroviários por mês até ao ano de 2020. As imagens capturam diferentes condições climáticas (chuva, neve, gelo).
Em segundo lugar, o pré-processamento, em que o modelo é treinado para detetar situações de interesse (por exemplo, vigas ferroviárias) nas imagens.
A terceira etapa é, a deteção de erros. Para o desenvolvimento desta função, o CSEM usou duas redes neurais rivalizando uma contra a outra. O objetivo desta medida é a formação de clusters dentro da análise de dados. Esses mesmo clusters foram usados para identificar as anomalias nos componentes das linhas ferroviárias.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Antena de luz transforma 85% da luz visível em eletricidade

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Antena de luz transforma 85% da luz visível em eletricidade
Esquema e foto das antenas de luz. À direita, o fotoeletrodo com captura de luz (em cima), e a mesma estrutura no formato tradicional, transparente (embaixo).[Imagem: Misawa H. et al. - 10.1038/s41565-018-0208-x]
Antena de luz
Pode haver meios mais eficientes para coletar a energia solar do que as conhecidas células fotovoltaicas.
Pesquisadores japoneses desenvolveram um fotoeletrodo - uma antena para captar luz - que consegue captar 85% da luz visível, convertendo a energia da luz com uma eficiência 11 vezes maior do que os métodos conhecidos.
Essa coleta da luz visível em uma ampla faixa espectral foi feita usando nanopartículas de ouro carregadas sobre um semicondutor. Como em outras antenas de luz, a captura é feita aproveitando os plásmons de superfície, ondas de elétrons produzidas quando a luz incide sobre um metal.
Xu Shi e seus colegas da Universidade de Hokkaido construíram a nanoantena ensanduichando um semicondutor - um filme fino de 30 nanômetros de espessura de dióxido de titânio - entre um filme de ouro, com espessura de 100 nanômetros, e nanopartículas de ouro, responsáveis por melhorar a absorção.
Célula solar e fotossíntese artificial
De forma um tanto surpreendente, mais de 85% de toda a luz visível foi captada pelo fotoeletrodo, que se mostrou muito mais eficiente do que técnicas similares.
Isso ocorre porque, quando o sistema é iluminado pelo lado das nanopartículas, o filme de ouro funciona como um espelho, prendendo a luz e permitindo que o semicondutor absorva mais dela, produzindo uma corrente mais elevada.
"Nosso fotoeletrodo criou com sucesso uma nova condição na qual os plásmons e a luz visível presos na camada de óxido de titânio interagem fortemente, permitindo que a luz com uma ampla faixa de comprimentos de onda seja absorvida," disse o professor Hiroaki Misawa. "A eficiência da conversão de energia da luz é 11 vezes maior do que a dos [dispositivos] sem funções de aprisionamento da luz."
A maior eficiência também permite aplicações diretas no campo da fotossíntese artificial: os elétrons reduziram os íons de hidrogênio para hidrogênio atômico, enquanto as lacunas dos elétrons (cargas positivas) oxidaram a água para produzir oxigênio.
"Usando quantidades muito pequenas de material, este fotoeletrodo permite uma conversão eficiente da luz solar em energia renovável, contribuindo ainda mais para a realização de uma sociedade sustentável," escreveram os pesquisadores.

Bibliografia:

Enhanced water splitting under modal strong coupling conditions
Xu Shi, Kosei Ueno, Tomoya Oshikiri, Quan Sun, Keiji Sasaki, Hiroaki Misawa
Nature Nanotechnology
DOI: 10.1038/s41565-018-0208-x

O componente do qual você nunca ouviu falar mas vai acelerar sua internet

Redação do Site Inovação Tecnológica 



O componente do qual você nunca ouviu falar mas vai acelerar sua internet
Este é um componente chave não apenas para a sua internet atual, mas também para a internet e a computação do futuro. [Imagem: Second Bay Studios/Harvard SEAS]
Modulador óptico
Uma equipe da Universidade Cidade de Hong Kong e da Universidade de Harvard conseguiu miniaturizar um modulador de niobato de lítio, um componente essencial para a indústria optoeletrônica e para a transmissão de dados por luz, colocando o modulador inteiro dentro de um chip.
O modulador é menor, mais eficiente, com transmissão de dados mais rápida e ainda custa menos. Segundo Cheng Wang e seus colegas, "a tecnologia está pronta para revolucionar a indústria".
Moduladores eletro-ópticos são componentes críticos nas comunicações modernas. Eles convertem os sinais eletrônicos de alta velocidade dos computadores e roteadores, em sinais ópticos, antes de transmiti-los através das redes de fibras ópticas.
Mas os moduladores de niobato de lítio existentes e comumente usados exigem uma alta voltagem de acionamento - 3 a 5V -, o que é significativamente maior do que o 1V disponível nos circuitos CMOS típicos. Isto torna necessário usar um amplificador elétrico que torna todo o componente volumoso, caro e de alto consumo de energia.
O modulador eletro-óptico miniaturizado tem menos de 2 cm de comprimento e sua área superficial é cerca de 100 vezes menor do que a área dos componentes tradicionais. Ele é também altamente eficiente, com alta velocidade de transmissão de dados, com a largura de banda de dados triplicando de 35 GHz para 100 GHz, e ainda assim com menos consumo de energia, além de perdas ópticas ultrabaixas.
A invenção abrirá caminho para futuras redes de comunicação de alta velocidade, baixa potência e econômicas, sem esquecer que o componente é adequado para diversas técnicas de computação quântica fotônica - dados guardados e processados em luz.
"No futuro, poderemos colocar o CMOS bem ao lado do modulador, para que eles possam ser mais integrados, com menos consumo de energia. O amplificador elétrico não será mais necessário," disse o professor Wang Cheng.
  • Você ainda ouvirá falar de um "Vale do Niobato de Silício"

Bibliografia:

Integrated lithium niobate electro-optic modulators operating at CMOS-compatible voltages
Cheng Wang, Mian Zhang, Xi Chen, Maxime Bertrand, Amirhassan Shams-Ansari, Sethumadhavan Chandrasekhar, Peter Winzer, Marko Loncar
Nature
DOI: 10.1038/s41586-018-0551-y

Dobra-te Sésamo: Metamaterial dobra sozinho e com autocorreção

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Dobra-te Sésamo: Metamaterial com dobragem automática e autocorreção
O processo funciona com a aplicação de uma força de pequena intensidade. [Imagem: Corentin Coulais et al. - 10.1038/s41586-018-0541-0]
Dobra-te Sésamo
Se você se lembra de quando se usavam mapas rodoviários de papel, certamente se lembra que parecia mais fácil encontrar o caminho sem o mapa do que descobrir uma maneira de dobrar novamente o mapa da maneira correta.
E aqueles mapas são minúsculos quando comparados a outras coisas que devem ser fabricadas, dobradas e depois serem abertas quando necessárias - painéis solares de satélites e naves espaciais, por exemplo.
Corentin Coulais, da Universidad de Amsterdam, na Holanda, descobriu agora um modo de fazer com que uma estrutura dobre-se sozinha em vários passos pré-programados, sem que ninguém precise se lembrar da sequência e sem depender dos inúmeros motores usados para desdobrar os painéis solares no espaço.
Para que a coisa toda se dobre corretamente basta aplicar uma pequena pressão nos lados.
Dobra-te Sésamo: Metamaterial com dobragem automática e autocorreção
A equipe está simplificando os protótipos para entender matematicamente o princípio de funcionamento desses materiais artificiais que se autodobram sem nunca errar. [Imagem: Corentin Coulais et al. - 10.1038/s41586-018-0541-0]
Dobragem automática com autocorreção
O protótipo de demonstração é uma placa de borracha de 10 cm de largura formada por blocos com conexões flexíveis, que os permitem girar. A ordem de dobradura é programada dando às conexões diferentes espessuras. Pressionar os lados da construção força-a a assumir uma estrutura nova e mais compacta porque alguns blocos são forçados uns contra os outros. Aplicar mais pressão leva aos próximos passos no processo de dobragem.
Este protótipo de metamaterial dobra-se em três etapas, o que é um recorde. Ele possui também um mecanismo de autocorreção embutido: Se um erro de produção resultar em uma conexão fora da formação, os blocos vizinhos girarão incorretamente. No entanto, esses blocos colidem com outros blocos que, por sua vez, os empurram para a posição correta.
"A dobragem automática e a autocorreção são importantes na indústria espacial, por exemplo, porque muita coisa pode dar errado, e erros não podem ser tolerados. Da mesma forma, se uma sonda médica ficar presa ao se dobrar, será mais difícil removê-la do corpo. Nós estamos agora tentando simular esse processo de dobramento automático e entendê-lo usando estruturas muito mais simples. Somente quando o entendermos em um nível fundamental, será possível projetar estruturas complexas com uma aplicação prática," disse o professor Martin van Hecke.

Bibliografia:

Multi-step self-guided pathways in shape-changing metamaterials
Corentin Coulais, Alberico Sabbadini, Fré Vink, Martin van Hecke
Nature
Vol.: 561, 512-515
DOI: 10.1038/s41586-018-0541-0

Gerador de vapor solar produz água limpa com quase 100% de eficiência

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Gerador de vapor solar produz água limpa com quase 100% de eficiência
O aumento de eficiência foi conseguido dobrando o material fototermal padrão conforme a técnica do origami. [Imagem: Seunghyun Hong et al. - 10.1021/acsami.8b07150]
Dessalinização solar
Mais uma vez buscando inspiração no origami, a arte japonesa de dobrar papel, pesquisadores desenvolveram um gerador de vapor solar que se aproxima de 100% de eficiência.
Geradores de vapor solar produzem água limpa capturando o calor do Sol, que é usado para evaporar a água do mar, deixando sais e outras impurezas para trás. Então, o vapor é coletado e condensado em água limpa.
Os geradores de vapor solares existentes contêm um material fototérmico plano, que produz calor a partir da luz absorvida. Embora esses dispositivos sejam bastante eficientes, eles ainda perdem energia pela dissipação de calor do material para o ar.
Peng Wang e seus colegas da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, melhoraram a eficiência energética remontando tridimensionalmente o material fototérmico. Eles basearam sua estrutura na técnica Miura do origami, que consiste em interligar paralelogramos para formar montanhas e vales, formando uma estrutura 3D.
O gerador de vapor solar foi fabricado depositando um composto de nanocarbono - absorvedor de luz - em uma membrana de celulose que foi estruturada com a dobragem Miura.
O dispositivo 3D apresentou uma taxa de evaporação 50% maior do que um dispositivo plano padrão. Além disso, a eficiência da estrutura 3D aproximou-se de 100%, em comparação com 71% para o material 2D.
Em comparação com a superfície plana, os vales do origami captam melhor a luz do Sol, de modo que menos dela se perde por reflexão. Além disso, o calor pode fluir dos vales para as montanhas mais frias, evaporando a água ao longo do caminho, em vez de se perder no ar.

Bibliografia:

Nature-Inspired, 3D Origami Solar Steam Generator toward Near Full Utilization of Solar Energy
Seunghyun Hong, Yusuf Shi, Renyuan Li, Chenlin Zhang, Yong Jin, Peng Wang
Applied Materials and Interfaces
Vol.: 10 (34), pp 28517-28524
DOI: 10.1021/acsami.8b07150

BNDES disponibiliza R$ 2 bi para energia renovável

Com informações do BNDES 



Finame Energia Renovável
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou uma linha permanente para apoiar investimentos em energias renováveis, o BNDES Finame Energia Renovável, com dotação inicial de R$ 2 bilhões.
De forma complementar, o programa Fundo Clima também teve aprovado aporte de recursos de R$ 228 milhões para novos financiamentos.
Com a linha Finame Energia Renovável, condomínios, empresas, cooperativas, produtores rurais e pessoas físicas poderão financiar, junto a bancos privados, públicos e agências de fomento, até 100% do total a ser aplicado nos equipamentos, com prazos de pagamento de até 120 meses e carência de até 24 meses.
A linha já está em operação para financiar equipamentos como sistemas de geração de energia solar de até 375 KW, de energia eólica de até 100 KW e de aquecimento de água por meio de placas coletoras solares.
Considerando o spread médio dos repassadores de crédito no BNDES Finame, a taxa final é de, aproximadamente, 1,3% ao mês para as empresas de micro, pequeno e médio portes. A partir do envio da proposta pelo agente financeiro, a aprovação da operação é feita em poucos segundos através da plataforma BNDES Online.
Os equipamentos a serem financiados devem ser novos, nacionais e cumprir requisitos de conteúdo local. Essa exigência visa a fortalecer a indústria, mão de obra e serviços nacionais; promover o fortalecimento da cadeia produtiva nacional; e facilitar a difusão e a incorporação de conhecimento técnico pela cadeia de fornecedores e seus elos.
Fundo Clima
O Finame Energia Renovável é a segunda iniciativa recente do BNDES para incentivar o investimento em energia limpa. Em junho foi lançado o Programa Fundo Clima, para financiar investimentos em sistemas fotovoltaicos, permitindo o acesso inclusive de pessoas físicas. O resultado foram cerca de R$ 80 milhões em financiamentos aprovados em menos de 2 meses.

Agora, o novo aporte de R$ 228 milhões vai possibilitar a reabertura do Fundo Clima para pedidos de financiamento. Além de sistemas fotovoltaicos, a linha pode financiar aerogeradores de pequeno porte, geradores de energia a biogás e inversores de frequência. Os financiamentos do Fundo Clima devem ser feitos junto a bancos públicos e a taxa de juros é de até 4,5% ao ano, com prazo máximo de até 12 anos.

Célula solar biogênica gera o dobro de energia mesmo com céu nublado

Redação do Site Inovação Tecnológica



Célula solar biogênica gera o dobro de energia mesmo com céu nublado
O segredo da biocélula está no licopeno, a mesma substância responsável pela cor do tomate. [Imagem: S. K. Srivastava et al. - 10.1002/smll.201800729]
Célula solar biogênica
Pesquisadores descobriram uma maneira barata e sustentável de construir uma célula solar usando bactérias que convertem luz em energia - uma biocélula solar.
A biocélula gerou uma corrente mais do que o dobro mais forte do que qualquer outro dispositivo desse tipo até agora, e funcionou de forma eficiente tanto sob uma luz equivalente ao brilho do Sol, quanto sob uma penumbra mais forte do que em um dia chuvoso.
Com o desenvolvimento necessário que deverá se seguir, essas células solares - chamadas de "biogênicas", porque são feitas de organismos vivos - têm potencial para se tornar tão eficientes quanto as células fotovoltaicas usadas nos painéis solares convencionais.
Esforços anteriores para construir células solares biogênicas se concentraram na extração de um corante natural que as bactérias usam para a fotossíntese. É um processo caro e complexo, que envolve solventes tóxicos e pode causar a degradação do corante.
Sarvesh Srivastava, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, decidiu deixar o corante nas bactérias.
Corante coletor de energia
Srivastava modificou geneticamente bactérias E. coli para produzir grandes quantidades de licopeno, um corante que dá aos tomates a sua cor vermelho-alaranjada e é particularmente eficaz na colheita de luz para conversão em energia. As bactérias foram revestidas com um mineral que funciona como um semicondutor e, em seguida, a mistura foi aplicada a uma superfície de vidro.
Com o vidro revestido agindo como um anodo, a célula biogênica alcançou uma densidade de corrente de 0,686 miliamperes por centímetro quadrado - uma grande melhoria em relação aos 0,362 obtidos pela melhor abordagem anterior.
"Nós registramos a mais alta densidade de corrente para uma célula solar biogênica. Esses materiais híbridos que estamos desenvolvendo podem ser fabricados econômica e sustentavelmente e, com uma otimização suficiente, podem funcionar com eficiência comparável às células solares convencionais," disse o professor Vikramaditya Yadav, coordenador da equipe.
A economia de custos é difícil de estimar, mas Yadav acredita que o processo reduz o custo da produção de corantes para cerca de um décimo em relação aos métodos atuais. O "santo graal" nesse campo, disse ele, seria encontrar um processo que não mate as bactérias, para que elas possam produzir o corante indefinidamente.

Bibliografia:

A Biogenic Photovoltaic Material
Sarvesh Kumar Srivastava, Przemyslaw Piwek, Sonal R. Ayakar, Arman Bonakdarpour, David P. Wilkinson, Vikramaditya G. Yadav
Small
Vol.: 14, Issue 26
DOI: 10.1002/smll.201800729

Produção de biocombustíveis é multiplicada com técnica simples

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Rendimento de açúcar das plantas é multiplicado com técnica simples
Madeira submetida à desconstrução para produzir açúcares simples. [Imagem: Ydna Questell-Santiago/EPFL]
Xilose e glicose
Químicos suíços desenvolveram um método que multiplica por várias vezes o rendimento dos açúcares das plantas, melhorando a produção dos biocombustíveis, produtos químicos e outros materiais derivados da biomassa.
A produção de combustíveis e produtos químicos a partir da biomassa (cana-de-açúcar, madeira, gramíneas etc.) envolve a decomposição - ou "desconstrução" - das plantas para produzir carboidratos, principalmente na forma de açúcares simples, como xilose e glicose.
Contudo, ainda que esses açúcares sejam valiosos, os atuais processos de desconstrução das plantas acabam por degradá-los.
Ydna Santiago, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, desenvolveu um método químico que estabiliza os açúcares simples e impede que eles sejam degradados. Isto significa que os químicos não precisam mais equilibrar a decomposição vegetal, evitando a degradação do produto.
O novo método altera a suscetibilidade química dos açúcares à desidratação e à degradação acoplando aldeídos a eles. O processo é reversível, o que significa que os açúcares podem ser recuperados após a desconstrução.
De 16% para 90%
Santiago testou seu método em madeira. Primeiro, cavacos de faia foram transformados em polpa usando uma técnica de fabricação de papel chamada organosolv, que solubiliza a madeira em acetona ou etanol. Para travar os aldeídos nos açúcares, a polpa de madeira de faia foi misturada com formaldeído.
Isto permitiu recuperar mais de 90% do açúcar xilose, em oposição a apenas 16% de xilose sem formaldeído. Quando a polpa restante foi quebrada para glicose, o rendimento de carboidratos foi superior a 70%, em comparação com 28% sem formaldeído.
"Antes, as pessoas sempre procuravam sistemas caros que limitavam a degradação do açúcar. Com a estabilização, você se preocupa menos com essa degradação e isso o libera para desenvolver transformações das plantas mais baratas e mais rápidas, acelerando potencialmente o surgimento de produtos de consumo renováveis," disse o professor Jeremy Luterbacher.

Bibliografia:

Carbohydrate stabilization extends the kinetic limits of chemical polysaccharide depolymerization
Ydna M. Questell-Santiago, Raquel Zambrano-Varela, Masoud Talebi Amiri, Jeremy S. Luterbacher
Nature Chemistry
DOI: 10.1038/s41557-018-0134-4

domingo, 23 de setembro de 2018

Cientistas confirmam que o universo não tem direção

Pelo site Engenharia é






OUniverso não está girando em torno de um eixo ou esticando em qualquer direção em particular. Olhando para o céu noturno, vemos um universo aglomerado: planetas, estrelas em sistemas solares e estrelas agrupadas nas galáxias, que por sua vez formam enormes galáxias. Mas os cosmologistas assumem que esse efeito é apenas local: que se olharmos para escalas suficientemente grandes, o universo é realmente uniforme.
A grande maioria dos cálculos feitos sobre o Universo parte desta hipótese, de que ele é praticamente o mesmo, independentemente da posição e direção para que olhamos. Ainda, se considerarmos que ele tivesse se expandindo preferencialmente em uma direção, ou girando em torno de um eixo, de forma semelhante à Terra, todos os cálculos que dependem desse pressuposto estariam errados.
Agora, cientistas da University College e do Imperial College, ambos em Londres colocaram essa suposição através de seu teste mais rigoroso e encontraram apenas 1 em 121.000 chances de que o universo não é o mesmo em todas as direções.
Para tal conclusão, os cientistas utilizaram mapas de radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB) – a luz mais antiga do mundo, criada logo após o Big Bang. Os mapas em questão foram produzidos através de dados obtidos entre 2009 e 2013, pelo satélite Planck, da Agência Espacial Europeia. Eles proporcionam uma imagem da intensidade e, pela primeira vez, a polarização (orientação) do CMB em todo o céu.
A princípio, os cientistas buscaram por padrões no mapa que pudessem sugerir que o Universo estivesse em rotação. Eles consideraram o maior número possível de Universos com direções preferenciais, ou spins, para determinar os padrões que criaram na CMB. Em um modelo de Universo que gira sobre um eixo, por exemplo, seria criado um padrão de espiral, enquanto que um Universo em expansão em diferentes velocidades e ao longo de diferentes eixos criaria pontos quentes e frios alongados.
De acordo com o Dr. Stephen Feeney, do Departamento de Física do Imperial College, os resultados publicados recentemente na revista Physical Review Letters, revelam que provavelmente o Universo não possui uma direção. “Este trabalho é importante porque testa um dos pressupostos fundamentais em que quase todos os cálculos cosmológicos estão baseados. Se este pressuposto estiver errado, e nosso Universo girar ou se estender tendendo a uma direção, teríamos de repensar nossa imagem básica dele”, disse.
Feeney ainda disse que o pressuposto foi colocado sobre uma avaliação exigente e testado sob uma enorme variedade de giros e alongamentos nunca considerados antes. “Quando comparamos essas previsões com as últimas medições do satélite Planck, encontramos evidência de que o Universo é a mesmo em todas as direções”.
Para a autora principal do estudo, Daniela Saadeh, da University College, a hipótese não pode ser completamente descartada. Segundo ela, a probabilidade de que o Universo preferir uma direção existe – apenas 1 em 121.000 chances, mas existe. “Estamos muito contentes por nosso trabalho reivindicar um pressuposto que a maioria dos cosmólogos assume”, revelou. “Por enquanto, a cosmologia está segura”.

Há eletricidade sendo produzida em seu intestino neste exato momento

Pelo site Engenharia é




Nas profundezas do seu intestino, neste exato momento, há milhares de bactérias gerando eletricidade. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos acabaram de publicar um estudo na revista Nature que revela que bactérias eletrogênicas vivem na nossa flora intestinal.
Esse tipo de bactéria pode gerar eletricidade e normalmente está associada com ambientes de extrema falta de oxigênio, como por exemplo o fundo de lagos ou a profundeza de minas ácidas. A grande novidade foi encontrar essas bactérias no nosso organismo.
Estavam embaixo do nosso nariz o tempo todo
O professor de biologia molecular e celular Dan Portnoy da universidade expressa surpresa pelo fato de nunca termos percebido que tantas bactérias perto de nós produzem tais eletricidade. Há muitos micróbios interagindo com humanos, tanto como doenças ou em probióticos, em nosso microbiota ou envolvidos na fermentação de produtos para humanos.
“Isso poderia nos dizer mais sobre como essas bactérias nos infectam e nos ajudam a ter um intestino saudável”, diz o professor.
Uma dessas bactérias é a Listeria monocytogenes, normalmente associada a intoxicação alimentar, mas também a Lactobacilli, que é importante para fermentar iogurte.
Ao colocar a bactéria Listeria em uma câmera eletroquímica e capturar seus elétrons gerados com um eletrodo, os pesquisadores descobriram que essas bactérias que ficam no alimento criam uma corrente elétrica. Elas normalmente geram energia de outras formas, usando oxigênio, mas têm esse sistema de emergência que é ativado em condições específicas. Uma dessas situações é quando ela vai parar no intestino, ambiente com pouco oxigênio.
Baterias de bactérias
Essas bactérias conseguem gerar corrente elétrica de 500 microamperes. Claro que esta corrente é minúscula, mas pesquisadores acreditam que essa descoberta poderia ser usada para desenvolver “baterias vivas” com micróbios.
Mas por que essas bactérias produzem eletricidade? Como dito anteriormente, bactérias que vivem em ambientes com pouco oxigênio usam minerais, como o ferro ou manganês, como um receptor de elétron. Esse processo, entretanto, requer numerosas reações químicas. Uma delas é um processo em que elétrons são transferidos da parte de dentro de uma célula para a parte de fora.
Uma boa comparação é dizer que elas “respiram” metais e têm pequenas correntes elétricas como produto.
“Parece que a estrutura celular dessas bactérias e o nicho ecológico cheio de vitaminas que elas ocupam tornam mais fácil e eficiente que elas transfiram elétrons para fora da célula. Além disso, pensamos que as bactérias que costumam ser estudadas e que respiram minerais usam a transferência extracelular de elétrons porque é crucial para sua sobrevivência, quando essas bactérias recentemente identificadas estão fazendo isso porque é fácil”, explica o primeiro autor da pesquisa, Sam Light.

Nasa vai premiar com US$ 1 milhão a qualquer um que conseguir converter CO2 em glicose

Pelo site Engenharia é




O  dióxido de carbono domina a fina atmosfera de Marte, então tirar proveito dessa camada pode ser crucial em decorrência das missões espaciais que colonizam o planeta vermelho.
É isso que a NASA pretende, ela anunciou uma iniciativa que recompensará um milhão de dólares para a pessoa ou grupo de pessoas que possam desenvolver um sistema para converter o CO2 em glicose.
A glicose, rica em energia, seria um combustível útil para “biorreatores” que poderiam ajudar a fazer um bom número de objetos para futuros colonizadores em Marte, disseram os cientistas da NASA.
Monsi Roman, chefe do programa chamado Centennial Challenges, explicou que “capacitar a vida humana de forma sustentável em outro planeta exigirá um grande conjunto de recursos, e não seremos capazes de levar a esses planetas tudo o que precisamos”. Teremos que ser criativos “.
No anúncio oficial da iniciativa romana, ele explicou como “se pudermos transformar recursos grandes e existentes, como o dióxido de carbono, em uma variedade de produtos úteis, as aplicações espaciais (e terrestres) seriam ilimitadas”.
Na primeira fase deste concurso específico, os candidatos devem enviar todos os detalhes de seu sistema antes de abril de 2019, e haverá cinco finalistas que passarão no primeiro filtro e que ganharão US $ 50.000. Na segunda fase, o sistema de conversão deve ser construído e demonstrado, e o vencedor receberá mais US $ 750.000 de prêmio.
O concurso está aberto a cidadãos e residentes dos Estados Unidos, mas outros pesquisadores estrangeiros também podem participar como membros de uma equipe dos Estados Unidos, conforme indicado nas regras do concurso.

Novos neurônios artificiais podem “pensar” mais rápido do que você

Pelo site Engenharia é




Uma nova era da inteligência artificial está chegando, e precisamos nos preparar pra isso. Embora a IA exista em algum nível agora e esteja integrada em nossas vidas cotidianas, ainda não está perto dos seres conscientes que você cresceu assistindo em filmes de ficção científica.
Embora tenha havido alguns óbvios inimigos contra o futuro da IA, a inteligência artificial poderia igualmente mudar o mundo para melhor.  Pieter Abeel argumenta que a IA permitirá que a sociedade enfrente grandes desafios que aligem a população global agora.
Para chegar a esse nível, em suma, os robôs precisarão pensar ou processar informações. Um estudo recente com neurônios artificiais mostra como isso pode, de fato, ser possível.
A sociedade está empurrando para a próxima era da inteligência artificial. Embora a AI exista em algum nível agora e esteja integrada em nossas vidas cotidianas, ainda não está perto dos seres conscientes que você cresceu assistindo em seus shows favoritos de ficção científica. Embora tenha havido alguns óbvios inimigos contra o futuro da AI, a inteligência artificial poderia igualmente mudar o mundo para melhor.  Pieter Abeel argumenta que a robótica AI permitirá que a sociedade enfrente grandes desafios que flagelam a população global agora.
Para chegar a esse nível, em suma, os robôs precisarão pensar ou processar informações. Um estudo recente com neurônios artificiais mostra como isso pode, de fato, ser possível.
Os físicos do  Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA (NIST) em Boulder, Colorado, estão ansiosos para desenvolver hardware que imita o cérebro humano com o objetivo de executar qualquer software semelhante ao cérebro de forma eficiente.
Na pesquisa, os físicos descobriram que os chips de computador supercondutores que foram criados para assemelhar-se e combinar o resultado dos neurônios podem processar a informação de forma mais rápida e eficiente do que o cérebro humano. Este passo na computação é grande, pois traz pesquisadores um passo mais perto do desenvolvimento de dispositivos de computação que imitam os sistemas biológicos.
Imagine isso, se uma máquina é capaz de pensar tão eficazmente quanto os seres humanos, poderia abrir os portões para toda uma gama de robôs de IA altamente inteligentes. Com isso um sistema de computação que se assemelha ao cérebro humano poderia ser usado para criar uma IA de humano mais eficiente.

Uma cidade holandesa está criando as primeiras casas habitáveis ​​impressas em 3D

Pelo site Engenharia é




Quando criança, você provavelmente já ouviu a história dos três porquinhos. Para recapitular o conto: Três porcos constroem casas com palha, paus e tijolos, respectivamente. No final, apenas a casa de tijolos é capaz de resistir ao bufar do faminto lobo da vizinhança. A moral aqui? O trabalho duro compensa.
Mas, em nossa fábula orientada para o futuro, havia um quarto porco. Um porco que foi tudo para fora e construiu sua casa usando uma impressora de concreto 3D de última geração – preservando uma tonelada de energia e reduzindo o desperdício geral no processo. 
A impressão 3D está se tornando um elemento básico em um vasto número de diferentes aplicações no setor. Como ilustrado pela metáfora do porco, é possível construir casas inteiras usando impressoras 3D em escala industrial – mas elas ainda precisam ganhar habitantes permanentes.
Tudo está prestes a mudar. Uma construtora holandesa chamada Van Wijnen está imprimindo em 3D as primeiras casas no mundo que são realmente habitáveis ​​(ou seja, capazes de passar por uma inspeção residencial) – pelo menos assim eles afirmam.
Atualmente, existem cinco casas no total, cada uma com uma forma e tamanho únicos que mostram a flexibilidade da tecnologia de ponta. Como a impressora é essencialmente um bocal gigante de concreto que se move ao longo de uma trilha bidimensional no ar, os arquitetos são capazes de projetar casas em praticamente qualquer formato que desejarem. Neste momento, as casas são impressas em pedaços fora do local, depois transportadas para o destino final. No final do projeto, a equipe espera fazer novos ajustes, colocando a impressora no local.
Ao todo, isso resulta em um processo mais simplificado – especialmente considerando que uma estrutura pesada de tijolo e argamassa pode levar mais de seis meses para ser concluída. A montagem simplificada não é a única vantagem que a impressão 3D tem a oferecer sobre os métodos convencionais de construção. O processo requer menos trabalhadores, mantendo os custos baixos e os acidentes no mínimo. Além disso, a quantidade de cimento e o transporte necessário são reduzidos ao mínimo, reduzindo o impacto ambiental.

Os cristais do tempo podem realmente existir

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Os cristais do tempo são uma mera curiosidade matemática ou podem realmente existir?
Desde que foi proposto em 2012 pelo Prêmio Nobel de Física Frank Wilczek, sua existência real tem sido objeto de debates árduos entre os físicos teóricos. Para Wilczek, essas estruturas hipotéticas teriam a capacidade de movimento perpétuo, uma vez que se moveriam continuamente em órbita circular, mesmo em seu estado de energia mínima, ou “estado fundamental”. Em teoria, nenhum objeto nesse estado tem energia suficiente para se mover.
Durante os anos que se seguiram à publicação desta ideia, outros pesquisadores propuseram vários argumentos para provar que a existência física de cristais de tempo é impossível.
Uma opinião que, em geral, a maioria dos físicos compartilha, já que se os cristais do tempo existissem na natureza, eles teriam propriedades realmente estranhas. Naturalmente, não seria possível extrair energia útil de um cristal de tempo, pois, ao interagir com eles, eles parariam. Mas, mesmo que não violassem a Segunda Lei da Termodinâmica, ainda violariam outra simetria fundamental das leis da física.
Apesar de tudo isso, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Santa Barbara e da Estação Q da Microsoft (um laboratório de pesquisa que a gigante da tecnologia tem ao lado do campus da mesma universidade) acabaram de demonstrar, em um artigo publicado na Physical Review Letters, que os cristais do tempo poderiam realmente existir.
Para isso, os físicos se concentraram no que é mais surpreendente das implicações da existência de um cristal temporal, a, quebra espontânea de uma simetria fundamental chamada “simetria da tradução temporal”.
Nas palavras de Dominic Else, um dos autores do estudo, “aqui, a diferença fundamental é aquela entre uma ruptura explícita de uma simetria e a ruptura espontânea dessa mesma simetria. Se a simetria for quebrada de forma explícita, então as leis da própria natureza não terão mais essa simetria. Mas uma quebra espontânea de simetria significa que as leis da natureza continuariam a ter essa simetria, mesmo que a própria natureza tenha escolhido um estado que não a tenha.
Assim, se os cristais de tempo realmente causar quebra espontânea de simetria tradução temporária, as leis da natureza que governam não devem mudar ao longo do tempo, embora os mesmos cristais que se mudar.
Existe o fato de que, embora em muitos experimentos ao redor do mundo tenham sido observadas a quebra de virtualmente todas as simetrias que existem na natureza, ninguém ainda conseguiu observar uma quebra da simetria da tradução temporal.
Um exemplo espontâneo de simetria quebrada acontece em ímãs. As leis da natureza não impõem que uma extremidade específica do ímã seja o pólo norte e a outra o pólo sul. No entanto, qualquer material magnético quebra espontaneamente essa simetria e “escolhe” um determinado fim para ser o pólo norte. Outro exemplo é os cristais. Embora as leis da natureza não mudem (elas são invariantes) mesmo sob rotação ou movimento, os cristais quebram espontaneamente essas simetrias espaciais, uma vez que elas mudam de acordo com o ângulo a partir do qual elas são vistas ou quando estão em movimento.
Simetria quebrada
No novo estudo, física definir especificamente o que seria uma quebra espontânea da simetria de translação temporal e usar simulações de computador para prever se tal “simetria quebrada” poderia estar em uma categoria específica e ampla de sistemas quânticos (Floquet) que eles têm a particularidade de ficar longe do equilíbrio térmico o tempo todo, de modo que o sistema nunca esquenta.
A nova definição de quebra da simetria da tradução temporal é semelhante à de outras quebras de simetria. Basicamente, quando o tamanho de um sistema (tal como o vidro) aumenta, o tempo necessário para passar de um estado de quebra de simetria para o outro também aumenta, e em um sistema infinito estado simétrica nunca pode ser atingido. O que significa que a simetria é quebrada em todo o sistema.
“A importância do nosso trabalho – explica Bauer, um pesquisador na Estação Q Microsoft – é duplo: por um lado, isso mostra que a simetria de translação temporal, não está imune a ruptura espontânea. Por outro, aprofunda nossa compreensão de que sistemas que não estão em equilíbrio podem conter muitos estados interessantes de matéria que não podem existir em sistemas que estão em equilíbrio “.
De acordo com investigadores, que seria possível levar a cabo uma experiência para observar como a simetria de translação temporal é quebrado, utilizando um sistema extensivo de átomos aprisionados iões capturados ou supercondutores qbits para a fabricação de um cristal de tempo, e, em seguida, observar e medir a evolução de disse sistema. Os cientistas prevêem que este sistema exibirá um movimento oscilatório periódico que é característico dos cristais de tempo e indicativo da quebra da simetria temporal.
“Com a colaboração de outros grupos experimentais”, diz Chetan Nayak, outro dos autores do trabalho, “estamos explorando a possibilidade de criar cristais de tempo em gases atômicos muito frios”.

sábado, 22 de setembro de 2018

Gorduras, graxas e óleos bem tratados viram energia

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Gorduras, óleos e graxas bem tratados viram energia
A técnica pode ser usada em biodigestores ou nos sistemas de tratamento de esgoto. A imagem mostra o material não tratado (esquerda), primeiro tratamento (centro) e após produzir o metano (direita). [Imagem: Clare Kiernan/UBC]
De entupidores a fonte de energia
O óleo de cozinha e demais resíduos gordurosos não entopem apenas os canos e a caixa de gordura da sua casa - esse material pode se transformar em depósitos sólidos, como os "fatbergs" - icebergs de gordura - que recentemente bloquearam o sistema de esgoto de Londres.
Mas essas gorduras, graxas e óleos podem ser transformados em energia, conforme acabam de demonstrar Asha Srinivasan e seus colegas da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.
A pesquisadora usou um forno comum de micro-ondas para aquecer - a temperaturas entre 90 e 110 graus Celsius - amostras de resíduos de gordura residenciais e industriais às quais foi adicionado peróxido de hidrogênio, um produto químico que estimula a decomposição da matéria orgânica.
O tratamento reduziu drasticamente o volume de sólidos - até 80% - e ainda liberou ácidos graxos que podem ser decompostos por bactérias no próximo estágio do tratamento dos resíduos.
"[Gorduras, óleos e graxas] são uma excelente fonte de material orgânico, dos quais os microrganismos podem se alimentar para produzir gás metano, que é uma fonte de energia renovável e valiosa. Mas, se a mistura for muito rica em orgânicos, as bactérias não podem lidar com isso e o processo é interrompido. À temperatura certa, asseguramos que a mistura de gorduras está pronta para o tratamento final e pode produzir a quantidade máxima de metano," disse Srinivasan.
Biodigestores
Outra possibilidade de uso da técnica é permitir que os agricultores lancem mais gorduras, óleos e graxas em seus biodigestores, grandes tanques que tratam resíduos agrícolas, incluindo estrume de vaca, para produzir metano.
"Os agricultores normalmente restringem as gorduras, óleos e graxas a menos de 30% do abastecimento total [do biodigestor]. Mas agora a mistura pode ser quebrada em formas mais simples, para que você possa usar muito mais do que isso, até 75% do total do abastecimento. Você recicla mais resíduos de óleo e produz mais metano ao mesmo tempo," completou Srinivasan.

Bibliografia:

Microwave-Enhanced Advanced Oxidation Treatment of Lipids and Food Wastes
Asha Srinivasan, Moutoshi Saha, Kit Caufield, Otman Abida, Ping Huang Liao, Kwang Victor Lo
Water, Air, & Soil Pollution
Vol.: 229:227
DOI: 10.1007/s11270-018-3894-y