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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Fuso horário: uma invenção cotidiana recente

Pelo site Engenharia é







Caro leitor, se amanhã todos os dispositivos de marcação de tempo do planeta desaparecessem, as coisas se transformariam em um caos absoluto até o pôr-do-sol. Não é mesmo? Todos nós conseguiríamos concordar quando é “manhã”, quando é “tarde” ou quando é “noite”, mas descobrir exatamente quando seu avião sai ou exatamente quando você tem que estar no trabalho ai já é outra história.
No entanto, para a maioria das pessoas, é exatamente assim que funcionava até muito recentemente. sendo bem preciso, o tempo não foi padronizado até 1880.
Por muitos séculos, olhar a hora significava olhar a posição do sol. Isto é, para salvar seus globos oculares, checar o relógio de sol mais próximo (isso, claro, se o dia não estivesse nublado e realmente houvesse uma sombra). Mesmo depois da invenção de relógios mecânicos, eles ainda eram regulados pela hora solar, o que significava que o seu relógio ainda seria diferente do relógio do seu amigo a algumas cidades de distância, por exemplo. Não é assim um problema tão grande porque não havia comunicação em tempo real através de telefones, internet ou qualquer outra coisa, todo mundo estava a horas de distância, vamos ilustrar assim.

Mas os trens causaram uma revolução. No momento em que os trens começaram a funcionar, cada cidade tinha seu próprio tempo. Logo, as pessoas encarregadas do transporte não só precisavam se preocupar com a hora local, como também tinham que se preocupar com a hora do final da viagem, além de cada estação da estrada de ferro. Que é a razão pela qual grandes estações tinham vários relógios marcando horas diferentes.
E por um tempo, esta parecia ser a única maneira possível de lidar com a situação. O tempo solar era tão natural quanto andar para frente.
Porém, em 1 de dezembro de 1847, os britânicos brincaram com o destino ao usar o Greenwich Mean Time (que em português é Hora Média de Greenwich) para instituir fusos horários para manter seus trens funcionando dentro de um certo cronograma. Mas não foi até 1880 que os fusos horários padronizados viraram lei na Grã-Bretanha, e, em 1883, zonas com base no GMT viraram lei também nos EUA.
Mas foi só em 1929, que a maioria dos outros países ao redor do mundo adotaram o sistema de fuso horário de hora em hora. Portanto, ainda é possível que haja pessoas vivas hoje que não viveram de acordo com o sistema GMT em algum momento de suas vidas. Afinal, isso foi a menos de 100 anos.

Comunidade urbana totalmente autossuficiente surge na Holanda

Pelo site Ciclovivo


O projeto ReGen Villages nasce como uma solução para quem busca viver fora 
do sistema.


Comunidade urbana totalmente autossuficiente surge na Holanda



ReGen Villages é um projeto visionário para o desenvolvimento de ecovilas independentes, fora do sistema. Totalmente integradas e resilientes, o modelo de bairro do futuro pode alimentar famílias autossuficientes em todo o mundo.
A primeira comunidade piloto, que vai tirar o projeto da utopia para transformá-lo em realidade, está localizada em Almere, na Holanda. Com projeto do premiado escritório de arquitetura e urbanismo EFFEKT, a comunidade abrigará inicialmente 25 casas, que após fase de testes, serão replicadas até um total de 100 residências.
O conceito combina uma variedade de tecnologias inovadoras, tais como casas que geram e armazenam energia renovável, produção de alimentos orgânicos de alto rendimento no próprio local, agricultura vertical, sistemas aquapônicos (que combinam agricultura e criação de peixes), além da gestão da água (captação, reuso e reciclagem) e gerenciamento de resíduos por meio da compostagem e reciclagem.

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Com a integração dessas tecnologias, a ReGen Villages tem potencial para enfrentar alguns dos desafios de uma população em crescimento, como o aumento da urbanização, a escassez de recursos, a crescente crise alimentar e o aumento das emissões de CO2. A comunidade foi pensada em um ciclo fechado, onde todos os processos tem um destino certo de retorno.

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“Tecnologias existentes já estão sendo aplicadas em projetos de comunidades integradas e inteligentes, fornecendo energia limpa, água e alimentos localmente. A ReGen Villages acrescenta não apenas valor ambiental e financeiro, mas também valor social, criando um quadro para capacitar as famílias e desenvolver um sentido de comunidade, onde as pessoas se tornam parte de um ecossistema local compartilhado, reconectando as pessoas com a natureza e o consumo com a produção”, explica o site do escritório de arquitetura.

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Acordos também estão sendo feitos para que outras vilas, seguindo o mesmo modelo, sejam construídas em outros países como na Suécia, Dinamarca, Noruega, Alemanha, Bélgica, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
O ReGen Villages já recebeu mais de 10 mil e-mails de todo o mundo de pessoas interessadas no modelo, querendo investir, morar ou replicar o projeto. É possível fazer um cadastro no site caso haja interesse em morar em uma das futuras vilas, acesse o site http://www.regenvillages.com/ para mais informações.
Veja abaixo mais informações de estudo do ReGen Villages:

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Empresa britânica desenvolve usinas eólicas voadoras

Pelo site Pensamentoverde


Elaborados pela New Wave Energy, os drones são sustentáveis, pois funcionam a partir da energia que produzem, contam com painéis solares e podem abastecer um bairro inteiro



New Wave Energy


Voando a 15 mil metros de altitude, ou seja, altura na qual os ventos são mais confiáveis e propícios para a produção energética, os drones serão projetados para gerar eletricidade e, através da transmissão de micro-ondas, enviá-la para antenas na superfície terrestre. Tais estruturas de recepção terão o objetivo de converter micro-ondas em energia elétrica convencional, tornando possível a utilização deste serviço pela população.
Embora pareça algo futurista, a utilização de drones (aeronaves não tripuladas) já é realidade para militares e civis em mais de 75 países, conforme um relatório de 2012 do Congresso dos EUA. Seja para fins bélicos, vigilância, entretenimento ou entrega de produtos, como testa a loja virtual Amazon, os robôs estão sendo empregados atualmente. Contudo, a empresa britânica New Wave Energy pretende usar a tecnologia de uma forma diferente, isto é, a partir do desenvolvimento de “usinas voadoras” a companhia irá fornecer energia eólica e solar.
Entretanto, o projeto da New Wave Energy ainda não saiu do papel e, em breve, deverá ter campanha lançada no site Kickstarter, que divulga ideias inovadoras para atrair financiamento, buscando atingir a meta de investimentos de 500 mil dólares. Caso o desenvolvimento alcance o valor estimado e seja posto em prática, os drones poderão voar e fornecer energia em apenas seis meses.
Equipados com painéis solares e turbinas eólicas, os “Vants” (veículos aéreos não tripulados), são sustentáveis, pois usam uma pequena parcela da eletricidade que produzem para continuarem funcionando e assim permanecerem nos céus. Além disso, os drones podem auxiliar áreas afetadas por desastres naturais, devido à mobilidade desses equipamentos e sua capacidade para abastecer até um bairro inteiro.
New Wave Energy

domingo, 30 de julho de 2017

Foi aprovada a construção do transporte ultrarrápido movido por turbinas de ar

Pelo site Ciclovivo

Trecho de Nova York a Washington será realizado em apenas 29 minutos.


Foi aprovada a construção do transporte ultrarrápido movido por turbinas de ar

O incrível transporte supersônico do Ceo da Tesla, Elon Musk, vai sair do papel. Quem confirmou a informação foi o próprio bilionário em seu Twitter. Musk recebeu uma aprovação verbal para a The Boring Company (uma de suas empresas) construir os túneis por onde o veículo passará.
Batizado de Hyperloop, trata-se de um meio de transporte onde os passageiros entram em cápsulas de alumínio movidas por turbinas de ar e energia solar em tubos acima do solo. Isso vai permitir que de Nova York a Washington (nos Estados Unidos) gaste-se apenas 29 minutos -, para se ter uma ideia, hoje, gasta-se 55 minutos para fazer este mesmo trajeto de avião.
O trecho de NY a Washington ainda terá como parada as cidades da Filadélfia e Baltimore. Entretanto, parece que as partes mais interessadas no tema não estão por dentro desses planos. O próprio secretário de imprensa da prefeitura de Nova York, Ben Sarle, se pronunciou afirmando que ninguém da gestão havia sido contado pelo empresário ou qualquer representante.
Além disso, especialistas no assunto lembram que será preciso enfrentar muita burocracia de orgãos federais, estaduais e de distritos para que o sonho do transporte se torne realidade. “Ainda será necessário muito trabalho antes de recebermos a aprovação formal, mas estou otimista de que irá ocorrer rapidamente”, afirmou Elon Musk.
Os planos do dono da Tesla são grandiosos. Ele já afirmou que planeja construir o Hyperloop no Texas e na costa oeste dos Estados Unidos. A longo prazo, os planos são estender para outras partes do mundo, como Dubai (que se destaca não só pela sua riqueza, mas também pelo grande congestionamento) e cidades europeias.

Materiais que morrem degradam-se após tempo de vida definido

Redação do Site Inovação Tecnológica 

Criados materiais que
Esse gel pode ser usado para manter alguma coisa - física ou química - em um determinado local ou posição, e depois se degradar naturalmente, liberando sua carga. [Imagem: Benedikt Rieb/TUM]









Natural versus sintético
Você já parou para pensar que a natureza não possui lixões, que tudo se degrada naturalmente com o passar do tempo - e um tempo geralmente muito curto?
E, em contraposição, que os materiais fabricados pelo homem tendem a durar o suficiente para se amontoarem e interferirem com a natureza?
Esta é uma das principais diferenças entre os materiais biológicos, ou vivos, e as substâncias artificiais, ou sintéticas. Em termos físicos, tudo é uma questão de diferença na "gestão de energia": os materiais feitos pelo homem estão em equilíbrio com o ambiente, o que significa que eles não trocam moléculas e energia, permanecendo como são por um tempo indefinido.
"Até agora, a maioria das substâncias artificiais são quimicamente muito estáveis: para decompô-las novamente em seus componentes é preciso gastar muita energia," explica o professor Job Boekhoven, da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, ressaltando que a reciclagem é a única opção que nos resta, mas que ela é energeticamente muito cara.
A natureza funciona de acordo com outro princípio: os materiais biológicos, desde as células, não estão energeticamente em equilíbrio com o meio ambiente. Eles exigem uma entrada constante de energia, na forma de alimento, água, luz do Sol etc, para sua construção, manutenção e reparo.
"A natureza não produz depósitos de lixo. Em vez disso, as células biológicas estão constantemente sintetizando novas moléculas a partir de moléculas recicladas. Algumas dessas moléculas se reúnem em estruturas maiores, os chamados conjuntos supramoleculares, que formam os componentes estruturais da célula. Esse conjunto dinâmico nos inspirou a desenvolver materiais que se descartam a si mesmos quando não são mais necessários," disse Boekhoven.
Materiais com tempo de vida
A boa notícia é que já está pronto o primeiro lote dessa nova classe de materiais supramoleculares, que se desintegram em um tempo predeterminado - uma característica que deverá ser usada em inúmeras aplicações.
Reunindo uma equipe de químicos, físicos e engenheiros, o trabalho baseou-se no modelo natural: os blocos de construção molecular são inicialmente livres para se movimentar, mas se for adicionada energia - na forma de moléculas - as estruturas supramoleculares se formam. Tão logo a energia se esgota, as estruturas supramoleculares se desintegram de forma autônoma, sem a necessidade de nenhuma ação externa.
Assim, a vida útil do material pode ser predefinida pela quantidade de combustível adicionada. As primeiras versões do material podem ser configuradas para se degradar de forma autônoma de alguns minutos até várias horas. Além disso, após um ciclo, o material degradado pode ser reutilizado simplesmente adicionando mais "alimento" - outro lote de moléculas de energia.
Estas primeiras versões das estruturas supramoleculares feitas pelo homem são diferentes tipos de anidridos que se juntam em coloides, hidrogéis ou tintas supramoleculares. Uma reação química em cadeia converte dicarboxilatos em anidridos metaestáveis graças ao consumo irreversível de carbodi-imida como combustível. Devido ao seu caráter metaestável, os anidridos hidrolizam para seus dicarboxilatos originais, com meias-vidas na faixa de segundos até vários minutos.
Materiais supramoleculares
A equipe fabricou tintas com tempo de vida - elas se apagam quando sua vida termina, mas podem voltar a mostrar sua mensagem se receberem mais "alimento". [Imagem: Marta Tena-Solsona et al. - 10.1038/ncomms15895]
Fim do lixo?
Com base nesses avanços, será que já dá para pensar em construir máquinas supramoleculares ou telefones celulares que simplesmente desaparecerão quando não forem mais necessários?
"Isso pode não ser completamente impossível, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Agora estamos trabalhando no básico," ressalta o professor Boekhoven.

Bibliografia:

Far-from-equilibrium supramolecular materials with a tunable lifetime
Marta Tena-Solsona, Benedikt Rieb, Raphael K. Grötsch, Franziska C. Löhrer, Caren Wanzke, Benjamin Käsdorf, Andreas R. Bausch, Peter Müller-Buschbaum, Oliver Lieleg, Job Boekhoven
Nature Communications
Vol.: 8, 15895
DOI: 10.1038/ncomms15895

Astrônomos preveem explosão que mudará o céu em 2022

Redação do Site Inovação Tecnológica 




Astrônomos preveem explosão que mudará o céu em 2022
Os dados mostram que o binário já está parecido com um amendoim, prestes a se fundir, o que deverá gerar uma explosão espetacular. [Imagem: Larry Molnar/Calvin College]
Previsão astronômica
Embora a previsão de fenômenos astronômicos - os eclipses, por exemplo - tenha uma história milenar, não é comum ouvir falar de previsões de eventos cósmicos não repetitivos.
Assim, não deixa de ser corajosa a alegação feita por uma equipe coordenada por Larry Molnar (Universidade Calvin), Karen Kinemuchi (Observatório Apache) e Henry Kobulnicky (Universidade de Wyoming).
Eles estão prevendo que, em 2022, ocorrerá uma explosão que deverá mudar o céu noturno por várias semanas. Segundo eles, o que será essencialmente o nascimento de uma nova estrela, poderá ser visto a olho nu.
"É uma chance de uma em um milhão de você poder prever uma explosão. É algo que nunca foi feito antes," disse Molnar.
A previsão é que um sistema binário - duas estrelas orbitando uma à outra - irá se fundir e explodir em 2022, com uma margem de erro de um ano para mais ou para menos.
No momento em que as duas estrelas finalmente colidirem, o sistema terá um aumento de brilho de 10 vezes, tornando-se uma das estrelas mais brilhantes no céu. Ela então se tornará visível a olho nu, na Constelação do Cisne, adicionando uma estrela à estrutura conhecida como "Cruzeiro do Norte" - maior, mas bem menos famosa do que o Cruzeiro do Sul.
Astrônomos preveem explosão que mudará o céu em 2022
Astrônomos preveem o nascimento de uma nova estrela na Constelação do Cisne - o local está marcado pelo ponto vermelho. Por um breve período ela ficará visível a olho nu. [Imagem: Larry Molnar/Calvin College]
Nascimento de uma estrela
A equipe vem monitorando o sistema binário, chamado KIC 9832227, desde 2013. Os dados mostram que o período orbital do par vem diminuindo de forma consistente, mostrando que as duas estrelas caminham para um choque inevitável.
Este fenômeno de fusão estelar é relativamente comum no Universo, mas até hoje ninguém conseguiu prever um - eles são detectados justamente pelo aumento do brilho de uma estrela, sendo que nem sempre os astrônomos sabiam anteriormente que se tratava de um binário.
"O período orbital pode ser checado por astrônomos amadores. Eles podem medir as variações de brilho em relação ao tempo desta estrela de 12ª magnitude à medida que ela eclipsa, e verem por si mesmos se ela continua na programação que estamos prevendo ou não," disse Molnar.
Observações desse tipo deverão refinar os cálculos e permitir que a equipe reduza a margem de erro - atualmente de um ano -, eventualmente permitindo que a humanidade sente-se calmamente para esperar o momento em que uma nova estrela surgirá no céu.

Bibliografia:

Prediction of a Red Nova Outburst in KIC 9832227
Lawrence A. Molnar, Daniel M. Van Noord, Karen Kinemuchi, Jason P. Smolinski, Cara E. Alexander, Evan M. Cook, Byoungchan Jang, Henry A. Kobulnicky, Christopher J. Spedden, Steven D. Steenwyk
The Astrophysical Journal

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Os quatro pilares da primeira cidade inteligente do Brasil

Pelo site Engenharia é





Ao conceber a Cidade Inteligente Social, diversos pontos foram classificados como pilares, possibilitando uma melhor compreensão do campo de atuação da PLANET The Smart City. Dentre os pilares, selecionou-se os que melhor se encaixam para esclarecer os alicerces da PLANET The Smart City. Eles situam as pessoas quanto ao conceito e impedem que a essência do projeto seja esquecida. Os quatro elementos classificados como pilares são: PESSOAS E INCLUSÃO SOCIAL; PLANEJAMENTO URBANO E ARQUITETURA; TECNOLOGIA E SERVIÇOS e MEIO AMBIENTE.
PLANEJAMENTO URBANO E ARQUITETURA – para se alcançar a sustentabilidade deve haver planejamento. Nisso, o mix funcional de áreas residenciais, comerciais e empresariais tecnológicas favorece o curto deslocamento para obtenção de serviços e lazer. A boa distribuição das áreas verdes também estimula uma maior integração.
TECNOLOGIA E SERVIÇOS – a tecnologia possibilita a expansão urbana equilibrada, sustentável e democrática. Para incentivar a conexão, diminui-se as barreiras entre a população e a administração da cidade por meio do suporte tecnológico, para a obtenção de informação e serviços. Esses avanços tecnológicos serão implementados conforme a cidade cresce.

PESSOAS E INCLUSÃO SOCIAL – uma cidade definida pelo foco nas pessoas que e a aplicação das medidas fundamentais para seu pleno funcionamento é o que conduz o conceito de Cidade Inteligente Social. Ambientes urbanos tendo como base a interação é essencial para se promover a inclusão social.
MEIO AMBIENTE – cooperando com a natureza, a cidade traça como um de seus princípios a atenção voltada para a ecologia e o desenvolvimento ecossustentável. A preocupação em diminuir as ilhas de calor e distribuir as áreas verdes funcionais acentua a visão de natureza como protagonista, responsável pela qualidade dos espaços, das formas e dos tempos.

Sete soluções inteligentes para deixar as cidades mais eficientes

Pelo site Engenharia é

Com o aumento da população, as cidades devem estar preparadas, com integração inteligente, para atuarem de forma eficiente em qualquer operação, melhorando a coleta de dados e tomada de decisões em tempo real.
O avanço da tecnologia permite hoje soluções mais inteligentes que, antes impossíveis, tornaram-se fundamentais para o desenvolvimento mais eficiente de uma cidade.
Reunimos, então, sete maneiras de melhorar a eficiência da sua cidade, com o auxílio da Schneider Electric, que fornece soluções integradas que tornam a infraestrutura crítica das cidades mais eficiente.
  • Energia inteligente
A conexão com uma rede elétrica inteligente permite o acompanhamento em tempo real, que facilita o planejamento, projeto e operação eficientes, além de integração eficaz de fontes de energias renováveis.
  • Rede elétrica mais eficiente
Com soluções mais inteligentes, é possível administrar de forma mais eficiente as demandas de energia, possibilitando a redução de energia, as emissões e a perda de energia.
  • Menos trânsito
As principais cidades brasileiras sofrem com o temido trânsito. Em alguns dias, o congestionamento chega a mais de 10 km. O gerenciamento integrado a dados em tempo real, por exemplo, é uma solução inteligente para diminuir o congestionamento, além de oferecer preços justos e precisos em cobranças de pedágios.
  • Mobilidade mais sustentável
Uma infraestrutura de estacionamento para carros elétricos, sistema de coleta de tarifas para serviços públicos, como ônibus, trem, barcas, metrôs, etc.
  • Água inteligente
Não é de hoje que se ouve sobre racionamento de água. Para evitar perdas de água, a medição de dados e análise se tornam fundamentais e melhoram a satisfação do cliente.
  • Inundações
No Brasil, o índice de inundação em cidades é grande. Previna situações como essa com soluções que incluem previsão do tempo com informações em tempo real sobre chuva e coleta de água.
  • Segurança pública
Melhore o gerenciamento entre os órgãos de segurança pública, com monitoramento via vídeo e iluminação, aumentando a sensação de segurança.
Todas essas soluções são oferecidas pela Schneider Electric Brasil na campanha Quem vai pagar essa conta?

O primeiro navio autônomo e totalmente elétrico do mundo será lançado na Noruega em 2018

Pelo site Engenharia é





ANoruega será o primeiro país do mundo a construir um navio automatizado e sem tripulação, o veículo promete revolucionar o transporte marítimo, que é um dos grandes emissores de poluição ao mundo.
 Usando o sistema de posicionamento, radar, câmeras e sensores. A baterias são recarregadas quando o veículo está estacionado para carga e descarga.
Segundo o Wall Street Journal a embarcação custará US $ 25 milhões, cerca de três vezes mais do que um navio contêiner convencional de seu tamanho, mas os patrocinadores dizem que sem necessidade de combustível ou tripulação promete reduzir os custos operacionais anuais em até 90%.

A empresa responsável pelo projeto planeja começar os testes na metade de 2018, a partir de 2019 passe para operação remota e, em 2020 esteja completamente pronto para o uso.
O Yara Birkeland, como foi apelidado, está sendo desenvolvido pela empresa Yara International e pelo fabricante de sistemas de orientação Kongsberg.
Um executivo de Yara disse ao Wall Street Journal que, uma vez que os regulamentos forem alcançados, a empresa planeja construir navios maiores que possam trabalhar rotas mais longas. Se pudermos conseguir economias de custo semelhantes, podemos mudar o mercado marítimo.

Vírus quase indestrutível revela segredo para novos materiais

Redação do Site Inovação Tecnológica



Vírus quase indestrutível revela segredo para novos materiais
As proteínas da cápside do supervírus assumem a forma de pequenas ferraduras, dando-lhe uma resistência extrema. [Imagem: Peter Kasson et al. - 10.7554/eLife.26268]
Supervírus
Ele é como o Super-Homem dos vírus, surpreendentemente resistente e capaz de sobreviver em um ambiente que dissolveria carne e ossos.
Agora, uma equipe da Universidade da Virgínia, nos EUA, desvendou os segredos desse vírus quase indestrutível, o que permitirá imitar seus notáveis superpoderes para criar materiais mais duráveis e tratar doenças.
A descoberta revelou algo nunca antes visto no mundo natural.
Os usos potenciais incluem desde a entrega pontual de medicamentos contra o câncer, de modo que eles apenas ataquem os tumores, até materiais de construção que possam suportar melhor os terremotos.
Membrana fina e durável
O vírus, Acidianus hospitalis Filamentous Virus 1, vive em fontes termais no Parque Nacional de Yellowstone, fontes de ácido borbulhantes nas quais a temperatura geralmente ultrapassa os 175º C. O supervírus foi isolado em 2002 pela equipe do professor David Prangishvili, do Instituto Pasteur, na França.
Agora, Peter Kasson e seus colegas determinaram que o que torna o vírus quase indestrutível é uma proteção feita de um tipo de membrana que a ciência nunca encontrara antes. Surpreendentemente, esse revestimento externo tem apenas metade da espessura das membranas celulares conhecidas, mas é incrivelmente estável.
A resistência da membrana deve-se a um arranjo incomum de suas moléculas, que se dispõem em uma formato de ferradura - além de diminuir o tamanho da estrutura, ela fica notavelmente durável.
É esse arranjo que a equipe diz ser possível duplicar para muitos outros propósitos. Por exemplo, para estabilizar as partículas microscópicas dos medicamentos e vacinas, para que eles não precisem de refrigeração.
Vírus quase indestrutível revela segredo para novos materiais
A equipe agora pretende fabricar uma versão sintética da membrana do supervírus. [Imagem: Peter Kasson et al. - 10.7554/eLife.26268]
Nanomedicina
Uma das aplicações mais prováveis da descoberta está no campo da nanomedicina, que poderá usar a técnica para criar invólucros superfortes para moléculas de medicamentos, de forma que elas possam ser entregues exatamente onde são necessárias, por exemplo, diretamente em um tumor - os fortes efeitos colaterais da quimioterapia ocorrem porque o medicamento vai para o corpo todo, e não apenas para o ponto onde ele é necessário.
Mas há muitas outras possibilidades.
"Existem todos os tipos de aplicações potenciais em ciência dos materiais, fabricação de objetos, medicamentos. Nós podemos usar produtos naturais, proteínas celulares, etcétera, para projetar muitas coisas novas e úteis. Veja a lã, que é essencialmente um pelo e é usada extensivamente para fazer tecidos. Isto é uma proteína, portanto, há muitas possibilidades de usá-la para construir novos materiais," disse o professor Edward Egelman.

Bibliografia:

Model for a novel membrane envelope in a filamentous hyperthermophilic virus
Peter Kasson, Frank DiMaio, Xiong Yu, Soizick Lucas-Staat, Mart Krupovic, Stefan Schouten, David Prangishvili, Edward H Egelman
eLife
Vol.: 6:e26268
DOI: 10.7554/eLife.26268

USP investiga potencial de uso de resíduos agroindustriais

Com informações da Agência Fapesp 



USP investiga potencial de uso de resíduos agroindustriais
Pesquisadores da USP investigam o potencial de uso dos resíduos agroindustriais focados no emprego de materiais não tóxicos e na produção sustentável.[Imagem: Eduardo César/Revista Pesquisa FAPESP]









Lixo agrícola
Transformar resíduos em recursos, substituir matérias-primas tóxicas por insumos saudáveis, migrar de processos impactantes para produção sustentável: estas são algumas das metas que norteiam as reflexões mais avançadas no campo da atividade agroindustrial.
São também diretrizes do Projeto Agrowaste - lixo agropecuário, em tradução livre, coordenado pelo engenheiro Holmer Savastano Júnior, da USP em Pirassununga (SP) em parceria com a Agência Nacional de Pesquisas (ANR) da França.
"Desenvolvemos duas linhas de pesquisa: uma com compósitos de matriz inorgânica, explorando o acréscimo de cinzas de queima de biomassa e de fibras de biomassa em matriz de cimento Portland, para a produção de placas planas ou onduladas de fibrocimento; outra com compósitos de matriz orgânica, explorando a utilização de fibras e partículas de biomassa aglomeradas por resina vegetal, para a produção de placas destinadas à fabricação de embalagens, paletes e mobiliário", disse Savastano.
Amianto e resinas fenólicas
Na "linha inorgânica", a solução pesquisada visa obter um produto alternativo ao cimento-amianto. E, na "linha orgânica", o objetivo é buscar alternativa aos aglomerados baseados em resinas fenólicas.
Ambas as matérias-primas - o amianto e as resinas fenólicas - são consideradas cancerígenas. Especialmente no caso da fibra de amianto, existe hoje uma tendência mundial à proibição, já acatada por 69 países, em atendimento a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, vários estados e municípios vetaram o uso, mas o processo de proibição em todo o território nacional se arrasta no Supremo Tribunal Federal (STF).
Proibidas em diversos países, mas ainda não no Brasil, as resinas fenólicas também estão, por assim dizer, com seus dias contados. E, neste caso, deve-se considerar, além da toxicidade do produto, também a insustentabilidade da produção, petróleo-dependente.
Fibrocimento verde
Para produzir as placas de fibrocimento, foi empregada uma mistura de cimento, fibras plásticas e polpas vegetais. "Nossa perspectiva é utilizar cada vez mais cinzas de biomassa em substituição ao cimento Portland convencional e fibras vegetais em substituição às fibras plásticas", sublinhou Savastano.
Isso configuraria um produto de terceira geração. A primeira geração foi constituída pelo cimento reforçado com fibras minerais. A segunda geração, já viável, é esta com cimento, fibras plásticas e polpas vegetais. A terceira, a ser alcançada passo a passo, com ajustes incrementais, é substituir progressivamente o cimento e as fibras plásticas por cinzas da queima de biomassa e fibras vegetais, tornando o material menos impactante e mais sustentável, de acordo com expectativas ambientais que começam a se disseminar na sociedade.
"Quanto mais vegetal, mais sustentável", definiu Savastano. "Por isso, um próximo passo, como sequência do projeto atual que está em fase de encerramento, é exatamente fazer análises de sustentabilidade, calculando como o uso progressivo de fibras vegetais influiria em variáveis como consumo de energia na produção e durabilidade do produto final".
Por enquanto, devido à disponibilidade comercial, as fibras vegetais utilizadas na pesquisa ainda são constituídas por polpa de celulose. "Mas, em um país como o Brasil, temos perfeitas condições de utilizar diversos vegetais fibrosos como fonte de polpa. Uma alternativa, importante no Estado de São Paulo, que é o maior produtor de cana-de-açúcar, poderia ser, por exemplo, o bagaço e a palha da cana, utilizável tanto como fonte de fibras quanto como fonte de cinzas. Se considerarmos o território nacional como um todo, há muitas outras alternativas de biomassa não madeireira: sisal, banana e bambu, para mencionar apenas alguns exemplos", lembrou o pesquisador.

A substituição da polpa de celulose pelo bagaço de cana, por exemplo, atenderia à diretriz de transformar resíduo em recurso, contribuindo para a otimização do processo agroindustrial. "O que chamamos hoje de rejeitos não podem, de fato, receber essa definição. São matérias-primas mal aproveitadas. Um dos objetivos de nosso projeto é levar este tipo de consideração ao segmento empresarial", comentou Savastano.

Quais serão os últimos sobreviventes da Terra?

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Quais serão os últimos sobreviventes da Terra?
A extinção do ser humano não significará a extinção da vida na Terra. [Imagem: Vicky Madden/Bob Goldstein/UNC Chapel Hil]









Fim da vida na Terra
Ao discutir cataclismas cósmicos e armagedons de diversos tipos, incluindo a morte natural do Sol, que deverá virtualmente "engolir" a Terra, é comum se falar sobre a extinção da vida humana no planeta.
Mas a extinção do ser humano não significará a extinção da vida na Terra.
Isto porque há muitos animais mais resistentes do que nós.
Mas então, se - ou quando - tivermos a infelicidade de sermos atingidos por esses cataclismas, qual será o limite da vida no planeta?
Ou, em outras palavras, qual será a última forma de vida a resistir para ver o apagar definitivo das luzes, ou para morrer junto com a Terra?
É claro que isso é muito mais do que uma mera curiosidade. Definir a resiliência das formas de vida conhecidas pode estipular limites mais amplos para a busca de vida em outros planetas - em Marte, por exemplo, por mais improvável que hoje pareça qualquer possibilidade de vida no planeta vermelho.
Animal mais resistente da Terra
Para chegar a uma resposta para essa questão, o brasileiro Rafael Alves Batista, atualmente fazendo um curso de pós-doutorado no Departamento de Física da Universidade de Oxford, pegou os eventos cósmicos catastróficos mais prováveis e partiu da forma de vida mais resistente que conhecemos.
O animal mais resistente que se conhece é o tardígrado, um microanimal de oito patas, também conhecido como urso d'água, que já sobreviveu por 18 meses no vácuo do espaço.
Outros estudos mostraram que o tardígrado é capaz de sobreviver por até 30 anos sem comida ou água, suportar temperaturas de até 150 graus Celsius e sobreviver nas imensas pressões do fundo dos oceanos. Dificuldades à parte, o microanimal pode viver até 60 anos e crescer até um tamanho máximo de 0,5 mm.
Rafael e seus colegas listaram então os principais eventos cósmicos que podem ameaçar a vida na Terra: o impacto de um grande asteroide, a explosão de uma estrela na forma de uma supernova ou uma explosão de raios gama. E, no final de tudo, a esperada morte do Sol, quando ele se transformará em uma gigante vermelha, expelindo para o espaço ao seu redor quase metade de sua massa na forma de nuvens de poeira e gás - o Sol crescerá tanto que muitos cálculos indicam que ele poderá engolir Mercúrio, Vênus e a Terra.
Quais serão os últimos sobreviventes da Terra?
Os ursos d'água podem viver até 60 anos - e podem viver 30 anos sem comida ou água. [Imagem: Willow Gabriel/Bio/UNC Chapel Hil]
Riscos à vida na Terra
No caso dos asteroides, há apenas uma dúzia de asteroides e planetas anões conhecidos com massa suficiente para, em caso de choque, fazer os oceanos da Terra ferverem e evaporarem (2x1018 kg), criando o que os pesquisadores chamam de "esfera de esterilização". Isso inclui Vesta (2x1020 kg) e Plutão (1022 kg), mas nenhum desses objetos cruzará a órbita terrestre, portanto não representam uma ameaça para nós e nem para os tardígrados.
No caso de uma supernova, para ferver os oceanos da Terra a estrela que explodiria precisaria estar a 0,14 anos-luz de distância. A estrela mais próxima do Sol está a quatro anos-luz de distância e a probabilidade de uma estrela maciça explodir próximo o suficiente da Terra para matar todas as formas de vida dentro da faixa de expectativa de vida do Sol é insignificante.
As rajadas de raios gama têm mais energia, mas também são mais raras do que as supernovas. Tais como as supernovas, as explosões de raios gama estão muito distantes da Terra para serem consideradas uma ameaça viável. Para poder ferver os oceanos do planeta, a explosão não deve estar a mais de 40 anos-luz de distância, e a probabilidade de uma explosão tão próxima é igualmente insignificante.
Assim, mesmo que os humanos desapareçam da face da Terra, qualquer que seja a razão, os tardígrados provavelmente sobreviverão até a morte do Sol.
"Sem a nossa tecnologia para nos proteger, os seres humanos são uma espécie muito sensível. Mudanças sutis em nosso ambiente nos impactam dramaticamente. Existem muitas espécies mais resilientes na Terra. A vida neste planeta pode continuar muito depois que os humanos se forem.
"Os tardígrados estão próximos da indestrutibilidade em termos da vida na Terra, mas é possível que existam outros exemplos de espécies resilientes em outros lugares do Universo. Neste contexto, é factível procurar vida em Marte e em outras áreas do Sistema Solar em geral. Se os tardígrados são a espécie mais resiliente da Terra, quem sabe o que mais existe?" comentou Rafael.

Bibliografia:

The Resilience of Life to Astrophysical Events
David Sloan, Rafael Alves Batista, Abraham Loeb
Nature Scientific Reports
Vol.: 7, Article number: 5419
DOI: 10.1038/s41598-017-05796-x

Um mapa dos sons que circulam pelo espaço em volta da Terra

Com informações da NASA



Sons do espaço ajudam a proteger satélites de comunicação
Este mapa mostra como as ondas sonoras preenchem o espaço em torno da Terra. [Imagem: NASA Goddard Space Flight Center/Brian Monroe]
A plenitude e o ruído do espaço
Embora seja poética, a expressão "No vazio e no silêncio do espaço" está longe de ser correta: O espaço não é vazio e nem está em silêncio.
Embora seja tecnicamente considerado um vácuo, o espaço contém partículas carregadas de alta energia, governadas por campos magnéticos e elétricos, que se comportam de forma diferente de qualquer coisa que vivenciamos na Terra.
Em regiões dominadas por campos magnéticos, como o ambiente espacial que circunda nosso planeta, as partículas são continuamente jogadas de um lado para o outro pelo movimento de várias ondas eletromagnéticas conhecidas como ondas de plasma. Essas ondas de plasma, como o rugido contínuo do oceano, criam uma cacofonia rítmica que - com as ferramentas certas - podem ser gravadas.
Cientistas da NASA estão usando as sondas gêmeas da missão Van Allen - as mesmas que descobriram um novo cinturão de radiação ao redor da Terra - para entender a dinâmica dessas ondas de plasma.
Agora, eles apresentaram um novo mapa dessas interações, que deverá permitir melhorar as previsões do tempo espacial, que pode ter efeitos prejudiciais nos satélites e nos sinais de telecomunicações. As observações das duas sondas permitiram registrar esses estranhos sons do espaço, feitos por diferentes ondas de plasma na sinfonia de partículas em torno da Terra.
Ao entender como as ondas e as partículas interagem no espaço, é possível começar a compreender como os elétrons são acelerados ou escapam dos cinturões de radiação - os cinturões de Van Allen -, o que por sua vez poderá ajudar a proteger nossos satélites e telecomunicações no espaço.
Sons do espaço ajudam a proteger satélites de comunicação
Diferentes tipos de ondas de plasma desencadeadas por vários mecanismos ocupam diferentes regiões do espaço em torno da Terra. [Imagem: NASA Goddard Space Flight Center/Mary Pat Hrybyk-Keith]
Sons do espaço
As duas sondas Van Allen usam um aparelho chamado EMFISIS - abreviação em inglês para "Conjunto de Instrumentos para Medição de Campo Elétrico e Magnético e Ciência Integrada" - para medir as ondas elétricas e magnéticas que circulam em volta da Terra. Quando as naves encontram uma onda, os sensores gravam as mudanças na frequência dos campos elétricos e magnéticos. Basta então mudar as frequências para a faixa audível para que seja possível literalmente ouvir os sons do espaço.
Um tipo de onda de plasma fundamental para moldar o ambiente espacial próximo da Terra são as chamadas ondas de modo assovio. Elas criam sons distintos dependendo do plasma em que viajam. Por exemplo, a região bem próxima à superfície da Terra, chamada plasmasfera, é relativamente densa de plasma frio, o que torna as ondas muito diferentes daquelas que viajam por regiões mais afastadas. Embora diferentes ondas em modo assovio "cantem" melodias diferentes, todas movem-se da mesma maneira, com as mesmas propriedades eletromagnéticas.
Essas ondas também são geradas quando um raio atinge a Terra. A descarga elétrica desencadeia ondas de plasma, algumas das quais escapam da atmosfera e chocam-se com as linhas do campo magnético da Terra. Como um raio cria uma gama de frequências, e como as frequências mais altas viajam mais rapidamente, a onda gera um apito que começa alto e vai decaindo - um autêntico assovio.

Para além da plasmasfera, onde o plasma é tênue e relativamente quente, as ondas se parecem mais com o chilrear de um bando de pássaros barulhentos. Esse tipo de onda é chamado de coro e é criado quando os elétrons são empurrados para o lado noturno da Terra - o que, em alguns casos, pode ser causado pela reconexão magnética, uma explosão dinâmica de linhas de campo magnético emaranhadas no lado escuro da Terra. Quando esses elétrons de baixa energia atingem o plasma, eles interagem com partículas, transmitindo energia e criando um tom ascendente único.