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sexta-feira, 30 de março de 2018

Maior projeto de energia solar do mundo vai ser 100 vezes maior do que qualquer outro

Pelo site Engenharia é



200 GW de energia solar. US$ 200 bilhões. 100.000 empregos. Esses são os números ligados ao SoftBank Solar Project, que está prestes a se tornar a maior fazenda de energia solar do mundo, graças a um acordo assinado pela Arábia Saudita e pelo conglomerado japonês SoftBank.
Os sauditas e SoftBank fizeram a assinatura do memorando de entendimento, e agora estão avançando no desenvolvimento de energia solar maciça que podem ver centenas de gigawatts instalados até 2030. O fundador da SoftBank, Masayoshi Son e príncipe saudita Mohammed Bin Salman apresentaram o plano no início desta semana; o príncipe disse: “É um grande passo na história da humanidade. É corajoso, arriscado e esperamos ter sucesso no que estamos fazendo.”
O projeto está previsto para ser implementado no deserto da Arábia, disse o site Bloomberg. De acordo com dados da Bloomberg New Energy Finance, que poderá ser em torno de 100 vezes maior que qualquer outra fazenda de energia solar do planeta e poderia gerar mais do que o dobro do que toda a indústria mundial de fotovoltaica gerou no ano passado.  ”O investimento de US$ 200 bilhões irão para a painéis solares, baterias de armazenamento, e instalação de uma fábrica de painel solar na Arábia Saudita”, de acordo com a Reuters. Fase inicial do projeto será de 7,2 gigawatts e custou US$ 5 bilhões.
O SoftBank Solar Project poderá marcar um enorme passo para a geração de energia limpa na Arábia Saudita; Bloomberg disse que o país tem apenas projetos de energia solar em pequena escala operando no momento e Reuters disse geograficamente será vantajoso, pois não um dos países mais ensolarados do mundo.

Este estranho material supercondutor não pode ser explicado pela teorias atuais

Pelo site Engenharia é




Em baixas temperaturas, o titanato de estrôncio (SrTiO 3 ) é capaz de conduzir eletricidade sem qualquer resistência. O fato de não ser um metal e ainda poder realizar isso há muito tempo é um mistério. Agora os físicos têm suas primeiras pistas sobre por que desafia as teorias atuais sobre materiais supercondutores, e isso pode apenas preparar o terreno para uma revolução na eletrônica.
A nova pesquisa foi conduzida pelo Laboratório Nacional de Aceleradores SLAC do Departamento de Energia dos Estados Unidos e pela Universidade de Stanford, eles descobriram que o titanato de estrôncio se comporta de maneira estranhamente oposta aos metais supercondutores.
Ironicamente, isso ajuda a explicar por que é um supercondutor em si. “Este é um sistema em que tudo está de cabeça para baixo”, diz o físico de Stanford, Harold Hwang .
Para entender essa natureza confusa dessa substância cristalina, precisamos dar um passo atrás e ver o que convencionalmente faz um material conduzir eletricidade com praticamente zero esforço.
Para os elétrons chegarem do ponto A ao ponto B, eles geralmente precisam pular através de uma multidão de átomos empurrando sob a força de duas tensões diferentes.
Mesmo se você resfriar os átomos, a maioria dos materiais ainda vai puxar o fluxo de elétrons até certo ponto, exigindo energia para empurrá-los.
Supercondutores são diferentes. Em uma temperatura baixa o suficiente, a natureza dos arranjos dos átomos permite que eles balancem de tal maneira que seus elétrons superem sua repulsão usual uns com os outros para se unirem em pares conhecidos como Cooper.
Como parceiros, os dois elétrons compartilham o mesmo estado quântico. É essa conexão unilateral que os ajuda a encontrar o caminho mais fácil através da selva de átomos, permitindo que eles deslizem sem esforço através de seus arredores.
Graças à sua capacidade de jogar solto e rápido com seus elétrons, os metais compõem a maior parte dos materiais supercondutores. De fato, por várias décadas após sua descoberta em 1911 , não havia supercondutores não metálicos conhecidos.
O titanato de estrôncio mudou isso. Na década de 1960 esse óxido estranho foi encontrado para ter propriedades supercondutoras quando, por todas as contas, não deveria.
“É um dos muitos materiais que chamamos de supercondutores ‘não convencionais’, porque não podem ser explicados pelas teorias atuais”, diz o principal autor, Adrian Swartz, do Instituto Stanford de Materiais e Ciência da Energia.
“Ao estudar seu comportamento extremo, esperamos obter informações sobre os ingredientes que levam à supercondutividade nesses materiais não convencionais, incluindo aqueles que operam em temperaturas mais altas”.
Ser capaz de conduzir eletricidade livre de resistência sem a necessidade de desperdiçar energia na queda da temperatura seria um grande impulso para a eletrônica.
Então, para melhor entender exatamente como o titanato de estrôncio funcionava, os pesquisadores analisaram o comportamento de seus átomos usando a espectroscopia de tunelamento. Este método determina a energia dos componentes discretos de um material – quase como se um dedo minúsculo detectasse as posições e energias das partículas em um material.
Embora pareça simples, em princípio, a investigação exigiu que a tecnologia e os processos de investigação se atualizassem.
“O desejo de fazer este experimento existe há décadas, mas tem sido um desafio técnico”, diz Hwang .
Vale a pena a espera, parece. O minúsculo ‘dedo’ detectou algo notável na estrutura do titanato de estrôncio.
Onde metais supercondutores têm átomos que zumbem fracamente, e abundância de elétrons para emparelhar e deslizar através da multidão agitada, o titanato de estrôncio é o oposto.
Pode não ter tantos elétrons livres, mas sua rede de átomos tem uma vibração muito mais forte – e o resultado final ainda se alinha perfeitamente com a teoria supercondutora.
“Assim, o titanato de estrôncio parece ser um supercondutor não convencional que age como um convencional em alguns aspectos”, diz Hwang.
Recentemente, o grafeno tem sido o material maravilhoso que capturou a atenção de físicos que estudam supercondutores não-metálicos. Claramente, há muito espaço para mais pesquisas sobre esse campo excitante.
Com sua tecnologia de espectroscopia de tunelamento no jogo, a equipe planeja continuar a investigar as propriedades incomuns do titanato de estrôncio ainda mais, com base em idéias que poderiam um dia levar a um novo tipo de condução.

Conheça as técnicas de dessalinização usadas no Brasil

Pelo site Engenharia é



Todos sabemos que a dessalinização é o caminho para ampliar a oferta de água ao mundo todo. Afinal, 97,5% da água do planeta azul está no mar. Antes as técnicas de dessalinização eram absurdamente caras, mas agora estão evoluindo e a redução de custos já viabiliza a ampliação do uso.
A consultoria norte-americana Pike Research, especializada em análises de mercado de tecnologias limpas, estimou que, até 2016, seriam aplicados US$ 87,8 bilhões em plantas de dessalinização no mundo todo. Atualmente, existem 13,8 mil instalações e a previsão está próxima de se confirmar.
Ainda que os custos estejam caindo, tornar potável a água do mar ainda é caro: a energia necessária para produzir mil litros é, em média, de 8 quilowatts-hora, equivalente ao consumo diário de uma casa de três quartos no Brasil. Sem falar nos investimentos para construção das plantas.
Porém, à falta de fontes disponíveis — casos na Austrália, em ilhas do Caribe ou no Oriente Médio (que produz 75% da água dessalinizada do mundo) —, o processo não só compensa como é a melhor opção.
Alternativa brasileira
No Brasil, o Programa Água Doce (PAD), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), investe em sistemas de dessalinização para oferecer água com qualidade a populações de baixa renda em comunidades do semiárido.
O PAD atende todo o Nordeste e o norte de Minas Gerais, onde a disponibilidade hídrica é baixa e a salinidade das águas subterrâneas é elevada. Iniciado como Programa Água Boa, em 1997, para desenvolver técnicas de dessalinização, atualmente o PAD concentra-se na manutenção e no aproveitamento da estrutura de dessalinizadores instalados na década de 90.
A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, tem trabalhado com o MMA em sistemas de dessalinização. A técnica utilizada pelo Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes), do Departamento de Engenharia Química da instituição, é a osmose inversa — passagem da água por membranas filtrantes. O processo é responsável, por exemplo, pelo abastecimento de água no Arquipélago de Fernando de Noronha há uma década.
O professor Kepler Borges França, coordenador do Labdes, esteve à frente do programa do ministério desde o início e explica que a osmose inversa é responsável por retirar não somente os sais da água, mas também microorganismos, bactérias e fungos, deixando a água potável para o uso humano. Ele também ressalta a viabilidade econômica da técnica utilizada no Brasil.
“Entre os outros processos térmicos de dessalinização, a destilação tem um custo de 10 a 15 vezes superior ao de técnicas com membranas. Com a osmose inversa, é possível gastar apenas R$ 1 para dessalinizar mil litros de água salobra e entre R$ 1,50 e R$ 2 de água do mar”, expõe França.
O especialista afirma que atualmente o esforço do Labdes é levar a dessalinização para todas as capitais do litoral brasileiro a fim de minimizar a escassez de água provocada pelo grande consumo em condomínios à beira-mar. Segundo ele, a dessalinização é viável para evitar situações de desabastecimento, como a que ocorre em São Paulo, e tem um custo menor do que a construção de canais para levar água aos grandes centros urbanos.

China está construindo um sistema que vai produzir chuva que é três vezes maior que a Espanha

Pelo site Engenharia é



AChina está planejando a construção de um projeto de mudança climática em larga escala para garantir uma oferta de chuva consistente. O sistema é criado a partir de uma rede de câmaras de queima de combustível sólido que produzem iodeto de prata, um composto com uma estrutura muito semelhante ao gelo que pode ser usado para “fazer chover”.
Uma vez instalado, o sistema tem o potencial de aumentar as chuvas na região em até 10 bilhões de metros cúbicos por ano. Dezenas de milhares de pequenas câmaras serão instaladas em todo o planalto tibetano, numa tentativa de aumentar as chuvas em uma área três vezes maior do que a da Espanha.
Este é o maior projeto de mudança climática do mundo. Quando o vento vem da montanha, as partículas são arrastadas para o ar, onde formam nuvens de chuva. O sistema foi desenvolvido pela Empresa Estatal de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China .
As câmaras de combustão foram projetadas por cientistas espaciais que precisavam encontrar uma maneira de queimar eficientemente o combustível sólido de alta densidade em um ambiente com escassez de oxigênio a uma altitude de mais de 5.000 metros.
O projeto atual das câmaras é tão preciso que pode queimar durante meses sem manutenção e emite apenas vapores e dióxido de carbono, o que permite que eles sejam usados ​​até mesmo em áreas ambientalmente sensíveis.

Chip dedicado promete disseminar inteligência artificial

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Chip dedicado promete disseminar inteligência artificial
O chip torna possível rodar redes neurais potentes em aparelhos portáteis, como celulares. [Imagem: Chelsea Turner/MIT]
Redes neurais
Os avanços mais recentes nos sistemas de inteligência artificial, como programas de reconhecimento de fala e de faces, nasceram graças às redes neurais, densas malhas interligadas de processadores simples que aprendem a realizar tarefas analisando grandes conjuntos de dados, em um processo chamado treinamento.
Mas as redes neurais são grandes e seus cálculos são intensivos em energia, de forma que essa tecnologia ainda não é prática para aparelhos portáteis - a maioria dos aplicativos de smartphones que dependem de redes neurais simplesmente manda os dados para servidores de internet, que os processam e enviam os resultados de volta para o celular.
Agora, Avishek Biswas e Anantha Chandrakasan, do MIT, desenvolveram um processador dedicado que aumenta a velocidade dos cálculos de uma rede neural de três a sete vezes em relação aos seus predecessores, reduzindo o consumo de energia de 94 a 95%.
Isso torna mais prático executar redes neurais localmente em celulares ou mesmo incorporá-las em eletrodomésticos que não dependam de conexões contínuas, como ocorre com os gadgets tocadores de música e reconhecimento de voz que vêm ganhando mercado.
Processador dedicado para redes neurais
A grande demanda das redes neurais está no movimento dos dados entre o processador e a memória. Como os algoritmos de aprendizagem de máquina fazem cálculos intensamente, essa transferência de dados é responsável pela maior parte do consumo de energia.
Biswas e Chandrakasan trabalharam justamente na simplificação da computação nesses algoritmos. No seu processador, os valores de entrada de cada nó da rede neural são convertidos em tensões elétricas e depois multiplicados pelos pesos apropriados. Somente as tensões combinadas são convertidas de volta em uma representação digital e armazenadas para processamento posterior.
O chip pode então calcular os produtos para múltiplos nós - 16 de cada vez, no protótipo - em um único passo, em vez de deslocá-los entre o processador e a memória para cada computação.
Uma das inovações chave do sistema é que todos os pesos são 1 ou -1. Isso significa que eles podem ser implementados dentro da própria memória como chaves simples, que fecham um circuito ou o deixam aberto.

Os cálculos teóricos sugerem que redes neurais treinadas desta forma, com apenas dois pesos, devem perder pouca precisão - algo entre 1 e 2 por cento.

Interface cerebral magnética permite que pacientes movam-se livremente

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Interface cerebral magnética permite que pacientes movam-se livremente
A pesquisadora joga pingue-pongue enquanto o aparelho lê seus sinais neurais com precisão de milissegundos. A "decoração" na parede são as bobinas de isolamento (ver texto). [Imagem: Wellcome Trust]
Interfaces neurais
Os aparelhos "controlados pela mente", com interfaces cujas entradas são sinais neurais, têm ganho bastante espaço na mídia, mas, em termos práticos, a tecnologia ainda está engatinhando.
Os conhecidos capacetes com eletrodos, por exemplo, são baseados em exames de eletroencefalografia, mas não conseguem ir além de alguns sinais mais fortes porque o ruído é grande demais - isso exige, por exemplo, que a pessoa fique parada como uma estátua.
Uma alternativa é a leitura não de sinais elétricos, mas magnéticos.
As células cerebrais funcionam e se comunicam produzindo correntes elétricas. Essas correntes geram minúsculos campos magnéticos detectáveis fora da cabeça. Esta é a base da magnetoencefalografia, que mapeia a função cerebral medindo esses campos magnéticos, o que permite fazer uma imagem milissegundo por milissegundo de quais partes do cérebro estão envolvidas quando realizamos tarefas diferentes, como falar ou nos movermos.
Os inconvenientes são que um aparelho de magnetoencefalografia pesa meia tonelada, já que a tecnologia exige que os sensores magnéticos estejam resfriados a -269º C, e o paciente deve igualmente ficar imóvel.
Sensor neural magnético
Agora, uma equipe da Universidade College de Londres criou o primeiro capacete de magnetoencefalografia que permite que a pessoa mova-se naturalmente, além de melhorar a qualidade dos sinais lidos.
O aparelho conseguiu medir a atividade cerebral enquanto os voluntários faziam movimentos naturais, incluindo balançar a cabeça, alongar-se, beber chá e até jogar pingue-pongue.
Para isso foram usados sensores que não precisam ser resfriados porque não dependem de materiais supercondutores, funcionando a temperatura ambiente. Esses dispositivos, que a equipe chama de "sensores quânticos", são magnetômetros atômicos conhecidos como SERF (spin exchange relaxation-free).
Como são pequenos e operam a temperatura ambiente, os sensores podem ser postos em contato direto com o crânio. Essa proximidade muito maior do cérebro, em comparação com os magnetômetros SQUID usados nos equipamentos médicos atuais, tornou possível alcançar uma sensibilidade inédita até agora.
Os pesquisadores esperam que este novo scanner melhore a pesquisa e o tratamento de pacientes que não podem usar os scanners de magnetoencefalografia tradicionais, como crianças com epilepsia ou pacientes com distúrbios neurodegenerativos, como a doença de Parkinson.
Os aparelhos controlados pelo pensamento vão ter que esperar um pouco porque os sensores quânticos somente funcionam a temperatura ambiente quando o campo magnético da Terra é reduzido em um fator de cerca de 50.000. Para isso, a equipe desenvolveu bobinas eletromagnéticas especiais, que ajudam a reduzir o campo da Terra ao redor do capacete neural. Essas bobinas - vistas à direita na foto acima - foram projetadas especificamente para alojar-se em ambos os lados do paciente e perto das paredes da sala, para garantir que o ambiente do scanner não se torne claustrofóbico demais.

Bibliografia:

Moving magnetoencephalography towards real-world applications with a wearable system
Elena Boto, Niall Holmes, James Leggett, Gillian Roberts, Vishal Shah, Sofie S. Meyer, Leonardo Duque Muñoz, Karen J. Mullinger, Tim M. Tierney, Sven Bestmann, Gareth R. Barnes, Richard Bowtell, Matthew J. Brookes
Nature Physics
DOI: 10.1038/nature26147

Borracha inteligente endurece quando torcida

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Borracha inteligente endurece quando torcida
Amostra do compósito (da esquerda para a direita): uma fita flexível; uma fita similar já endurecida; e uma fita endurecida suportando um peso 50 vezes maior que o seu sem se deformar. [Imagem: Iowa State]
Músculo artificial
Um novo material inteligente e responsivo é macio o suficiente para ser moldado, podendo a seguir ser comandado para endurecer e ficar rijo.
Assim como você pode endurecer seus músculos por meio de um treinamento, se o material, que originalmente tem a textura de uma borracha, for submetido a um estresse mecânico, como uma torção, ele aumenta sua rigidez em até 300 por cento.
Nos testes de demonstração, uma tira flexível do material transformou-se em uma barra rígida capaz de suportar 50 vezes seu próprio peso.
Este compósito tem a vantagem de não precisar de fontes de energia externas - como calor, luz ou eletricidade - para alterar suas propriedades - basta "massageá-lo".
E ele pode ser usado de várias maneiras, incluindo aplicações em medicina e indústria, garantem Boyce Chang e seus colegas da Universidade do Estado de Iowa, criadores do novo material - a mesma equipe já havia usado uma técnica semelhante para criar uma solda que une metais sem usar calor.
Borracha com metal líquido
O material composto é fabricado combinando micropartículas de metal líquido com materiais macios selecionados de acordo com a aplicação que se tem em mente, como borrachas, plásticos ou géis.
As micropartículas são criadas expondo gotículas do metal fundido a uma atmosfera de oxigênio, o que cria uma camada de oxidação que recobre as gotículas e impede que o metal líquido se solidifique. Chang então desenvolveu uma técnica para misturar essas partículas de forma homogênea com um material elástico, sem quebrar as partículas.
Quando o material híbrido é submetido a tensões mecânicas - apertar, torcer, dobrar, espremer etc. - as partículas de metal líquido se abrem, o metal líquido flui para fora da cobertura de óxido, se funde e solidifica.
O resultado é a formação de uma malha metálica no interior do material, fazendo com que ele endureça como um todo.

Chang afirma que o novo material poderá ser usado em medicina, para servir como suporte para tecidos delicados, na indústria, para proteger sensores valiosos, em robótica mole e bioinspirada ou em eletrônicos reconfiguráveis e de vestir.

Robô assistente de astronautas levará inteligência artificial ao espaço

Redação do Site Inovação Tecnológica



Robô assistente de astronautas levará inteligência artificial ao espaço
A cara e a voz do robô podem ser configuradas para serem masculinas, femininas ou neutras. [Imagem: DLR/T.Bourry/ESA]
Companheiro interativo
Há anos as agências espaciais tentam criar assistentes virtuais para os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional, ajudantes que possam deixar sempre à mão os intermináveis manuais dos milhares de equipamentos diferentes que devem ser manipulados em cada missão.
A agência espacial DLR, da Alemanha, apresentou agora sua primeira versão funcional do CIMON (pronuncia-se "saimon"), sigla em inglês para "companheiro móvel interativo da tripulação".
A esfera de 32 centímetros de diâmetro e 5 quilogramas de peso será testada a bordo da Estação Espacial em Junho deste ano pelo astronauta alemão Alexander Gerst - missão CRS-15 -, depois de ter passado com sucesso pelos testes nas simulações de microgravidade em voos parabólicos em um avião especial da DLR.
Estão planejados três experimentos iniciais durante os quais o astronauta Gerst irá interagir com seu colega artificial: um experimento com cristais, outro em que o assistente robótico deverá guiar o astronauta humano para completar um cubo de Rubik, e um experimento médico no qual o CIMON será usado como uma câmera voadora.
"Nós implementamos este experimento em um tempo muito curto. O objetivo é demonstrar em que medida o trabalho dos astronautas pode ser apoiado no módulo europeu Columbus na ISS e aliviá-los particularmente das tarefas de rotina. Em uma situação ideal, os astronautas poderão usar melhor e mais eficientemente o seu tempo. Com o CIMON, estamos entrando em um novo território e operando no limiar da viabilidade tecnológica," disse Christian Karrasch, gerente do projeto.
Robô assistente
A estrutura do CIMON foi construída inteiramente por impressão 3D, usando metal e plástico. Sua "cara" é uma tela que deverá pairar ao nível dos olhos do astronauta, podendo apresentar e explicar informações e instruções para experimentos científicos e consertos. Seus "olhos" são duas câmeras, com uma câmera adicional para reconhecimento facial. Duas câmeras laterais são usadas para documentação em vídeo ou dando suporte a funções adicionais geradas por computador (realidade aumentada).
Robô assistente de astronautas levará inteligência artificial ao espaço
O robô assistente movimenta-se impulsionado por ventiladores. [Imagem: DLR/T.Bourry/ESA]
As distâncias para detecção de colisão são medidas por sensores ultrassônicos. Sete microfones funcionam como "ouvidos" para detectar a origem precisa dos sons, com um microfone direcional para que a esfera robótica consiga se "concentrar" no reconhecimento da voz do astronauta que está comandando as operações. Sua "boca" é um alto-falante que pode ser usado para falar ou tocar música.
Finalmente, 14 ventiladores internos permitem que o assistente mova-se livremente e gire em todas as direções, podendo voltar-se para o astronauta quando é chamado, fazer acenos do tipo "sim" e "não" e seguir o astronauta - de forma autônoma ou sob comando. Na microgravidade da ISS, o assistente tem autonomia de duas horas.
As dimensões do rosto do CIMON foram modeladas nas proporções de um rosto humano. Gestos e expressões faciais também são possíveis, assim como a aparência e voz femininas, masculinas ou neutras.
Inteligência robótica
Toda a confiança no sucesso desse assistente robótico está depositada não tanto na infinidade de câmeras e demais sensores, mas principalmente nos programas de inteligência artificial projetados para tornar a interação com os astronautas o mais natural possível.

O sistema de inteligência artificial para ouvir e falar foi desenvolvido em parceria com o sistema Watson, da IBM. A inteligência artificial para navegação autônoma foi desenvolvida pela Airbus. Contudo, o CIMON é incapaz de aprender de forma independente, devendo ser treinado ativamente por um ser humano.

O que se sabe sobre iminente queda na Terra de estação espacial chinesa descontrolada

Pela BBC - Brasil
Imagem de radar de TiangongDireito de imagemFRAUNHOFER
Image captionFoto mostra nave espacial chinesa perdida em queda no caminho de volta à Terra
A estação espacial chinesa descontrolada Tiangong-1 deve cair na Terra neste fim de semana. A estação está desocupada desde 2013, e a China perdeu toda comunicação com ela em 2016. Por isso, não se sabe onde ela deve cair.
Com mais de 10 metros de comprimento e pesando oito toneladas, Tiangong é bem maior que a maioria dos satélites e outros objetos feitos pelo homem que retornam à atmosfera terrestre. Mas especialistas acreditam que o risco de que partes que não se desintegrarem durante a descida atinjam áreas habitadas é muito pequeno.
Ainda não é possível prever o horário exato da reentrada na atmosfera da Terra, mas em algum momento ela estará, literalmente, nos radares - e aí poderão ser divulgados detalhes sobre o local de sua queda, poucas horas antes dela ocorrer.
"Considerando que Tiangong-1 tem uma massa maior e é mais robusta que muitos outros objetos espaciais que já voltaram do espaço de forma descontrolada, à medida que for sendo pressurizada, vai ser alvo de rastreamento de radares", explica Richard Crowther, engenheiro-chefe a Agência Espacial do Reino Unido.
Segundo ele, a expectativa é que a maior parte da estrutura queime e se desintegre no caminho de volta ao planeta. "Qualquer fragmento que sobreviva ao superaquecimento registrado na reentrada deve cair no mar", diz Crowther.
Lançada em 2011 e visitada por seis astronautas chineses, Tiangong deveria ser tirada de órbita de forma planejada. O plano era usar seus propulsores para conduzir a estação espacial em direção a uma zona remota no Oceano Antártico. Mas todas as conexões de comando foram abruptamente perdidas em 2016 e agora nada pode ser feito para direcionar a queda.
Treze agências espaciais, sob a coordenação da Agência Espacial Europeia, estão monitorando a trajetória de Tiangong à medida que ela se aproxima da Terra. Juntos, tentam estimar o dia e horário mais provável de entrada na atmosfera.
Segundo a Agência Espacial Europeia, isso deve ocorrer em algum momento entre a manhã do dia 31 de março e a madrugada do dia 2 de abril. Mas qualquer estimativa mais precisa só poderá ser feita quando o voo de Tiangong estiver a algumas horas do fim.
"Um horário preciso só será alcançado com cerca de quatro horas de antecedência. E uma hora significa quase o tempo de rotação de um objeto ao redor da Terra", disse Holger Krag, chefe do escritório de detritos espaciais da Agência Espacial Europeia.
O que no momento é possível afirmar, segundo especialistas, é que nenhum fragmento cairá para além de 43 graus da linha do Equador, para o sul ou norte.
O Brasil, portanto, está dentro da área que poderá receber fragmentos da estação espacial.
A China não tem uma estrutura de rastreamento ampla e, por isso, manteve a espaçonave em uma rota equatorial considerada estreita.
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Curiosidades sobre a estação espacial chinesa

- Tiangong significa "Palácio Paradisíaco"
- Lançada em 2011 para a prática de manobras de acoplagem
- Duas tripulações de astronautas visitaram as cápsulas de Shenzhou, em 2012 e 2013
- Entre elas, estavam as primeiras astronautas chinesas, Liu Yang e Wang Yaping
- A China tem plano de construir uma estação especial mais permanente na próxima década
- Para isso, os chineses já desenvolveram um foguete de carga pesada, o Long March 5
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Cerca de 5,2 bilhões de pessoas vivem na área de reentrada estimada pelos especialistas. A maior parte dessa área é coberta pelo oceano, o que explica a alta probabilidade que eventuais fragmentos caiam na água.
Holger Krag, da Agência Espacial Europeia, diz que reentradas anteriores indicam que cerca de 20% a 40% da massa dos objetos têm chance de sobreviver ao aquecimento gerado com a queda. "Eu acredito que poderíamos aplicar essa regra geral também à Tiangong porque, normalmente, a mesma quantidade de material resistente ao calor em termos relativos está a bordo de todas as espaçonaves", diz Krag.
"Então, isso significa que de 1,5 a 3,5 toneladas devem sobreviver".
Os tanques são os componentes que normalmente não se desintegram ao entrarem na atmosfera. Eles ficam no interior da espaçonave e, por isso, estão protegidos na maior parte da descida.
Asronauta em Tiangong-1 e crianças numa escola chinesaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAstronauta Wang Yaping fez uma palestra para crianças de uma escola chinesa direto de Tiangong-1
Mas eles também são feitos de aço, titânio ou plásticos reforçados com carbono, materiais geralmente mais resistentes quando submetidos a elevadas temperaturas.
Tiangong entra na lista de objetos que voltam à Terra de forma descontrolada, mas é apenas o 50º em termos de massa. - segundo o catalogador de atividade espacial Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.
O Skylab, laboratório da Nasa, tinha massa de quase 80 toneladas quando retornou à atmosfera terrestre de forma parcialmente descontrolada em 1979. Fragmentos atingiram o oeste da Austrália, mas ninguém foi atingido.
O ônibus espacial Columbia, da Nasa, também voltou ao planeta de forma descontrolada. Quando fez o trágico retorno da órbita, tinha massa maior que 100 toneladas. O acidente, em 2003, que ocorreu quando faltavam 16 minutos para o ônibus tocar o solo, causou a destruição total do Columbia e a morte de toda a tripulação, composta por sete astronautas.
O Columbia caiu numa área entre os Estados do Texas e da Louisiana, nos EUA, mas também não atingiu ninguém.
A China mantém operante em órbita uma segunda estação espacial, a Tiangong-2, que no ano passado recebeu cargueiro de reabastecimento, o Tianzhou-1.
As duas estações Tiangong foram instaladas como palco de testes de encontros orbitais e acoplagem tendo em vista a construção da estação espacial mais permanente que a China está desenvolvendo.
Essa nova instalação deve incluir um grande módulo central e dois módulos auxiliares menores, e estará em serviço no início da próxima década, segundo os chineses.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Brasil alcança 8ª posição em maior capacidade de energia eólica do mundo

Pelo site Pensamentoverde


O Brasil conta com mais de 500 parques eólicos distribuídos por todo território nacional.
De acordo com dados analisados pelo Global World Energy Council (GWEC), o Brasil superou o Canadá e subiu uma posição no ranking de capacidade instalada de energia eólica e agora tem a 8ª maior capacidade do mundo inteiro. Foram adicionados cerca de 52,57 gigawatts (GW) de potência eólica à produção global, sendo 12,76 GW instalados no País, totalizando 539,58 GW de capacidade instalada em todo o planeta.
Em nota oficial em seu site, Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), por meio de seu presidente, Elbia Gannoum, explicou que “o Brasil vem galgando posições no Ranking Mundial de Capacidade Instalada Total de Energia Eólica de forma consistente. Em 2015, nós entramos no Ranking em 10º lugar e, desde então, subimos uma posição por ano”.
Já no levantamento de nova capacidade instalada no ano, o Brasil está na 6ª posição, com 2,02 GW de nova capacidade. A posição é uma menos que a edição anterior, já que o Reino Unido subiu da 9ª para a 4ª em 2017, tendo instalado 4,27 GW de capacidade de energia eólica em 2017.
“Neste ranking, o que conta é o resultado específico do ano, então há bastante variação. Em 2012, por exemplo, estivemos em oitavo lugar e em 2015, ano de instalação recorde até agora para nós, estivemos em quarto lugar. A tendência é que a gente ainda oscile mais, visto que em 2019 e 2020 nossas instalações previstas são menores porque ficamos sem leilão por quase dois anos no período 2016/2017, o que vai se refletir no resultado de 2019 e 2020”, explica Elbia, a respeito da segunda pesquisa.
No atual momento, o Brasil conta com mais de 500 parques eólicos distribuídos por todo o território nacional, sendo estes os responsáveis pelo abastecimento de cerca de 10% de toda energia consumida no País. De acordo com a expectativa dos especialistas, até 2020 estima-se que o Brasil tenha cerca de 18,63 GW instalados.