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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Designer cria painéis solares de vitral para a Expo 2020

Pelo site PensamentoVerde


Além de trazer claridade e beleza, os painéis também transformam a luz solar em eletricidade

A designer holandesa Marjan van Aubel criou painéis solares para o pavilhão da Holanda na Expo 2020, que mais parecem vitrais.
O pavilhão holandês apresentará neste evento – que foi transferido para outubro de 2021 devido à pandemia do coronavírus – algumas soluções sustentáveis, como coleta de água da chuva, soluções para a geração de energia e para a produção de alimentos.
Com um clima naturalmente controlado, a estrutura será construída com materiais de origem local que serão reciclados após a Expo, minimizando ainda mais a sua pegada ecológica.
Neste pavilhão, os visitantes poderão vivenciar uma experiência sensorialmente rica, através das inovações apresentadas – incluindo uma fazenda vertical em forma de cone e a descoberta de formas naturais para o controle do clima.


O painel vitral

O telhado de vitral trará ao ambiente a sensação de estar em uma igreja moderna e gigantesca, com seus belos reflexos de luz em diferentes cores. Os painéis foram feitos em plástico do tipo PET (Polietileno tereftalato), por ser um material leve, e revestidos com adesivos totalmente coloridos, para dar a aparência de vitrais. Esses painéis produzem energia solar por meio de um nanomaterial de dióxido de titânio, que transforma a luz solar em eletricidade. Os adesivos do vitral foram feitos com corantes orgânicos, que absorvem a luz e cobrem as nanopartículas.
Marjan prioriza em seu trabalho as soluções sustentáveis, por isso escolheu trabalhar com o PET, que é o plástico mais reciclado do mundo. Além disso, é um material que funciona bem como uma base duradoura para os painéis solares.



exposição será uma chance de mostrar o potencial dessa tecnologia para os milhões de visitantes previstos para o evento. O pavilhão holandês foi projetado pelas empresas: V8 architecten, Kossmann.dejong, ExpoMobilia en Witteveen + Bos, a cargo do Ministério das Relações Exteriores da Holanda.

domingo, 30 de agosto de 2020

O edifício de madeira mais alto do mundo foi concluído na Noruega

Pelo site Engenharia É


Em março de 2019, a Torre Mjösa tornou-se o edifício de madeira mais alto do mundo. São 18 andares (com um total de 85,4 metros), seguido de perto pelo edifício HoHo Wien na Áustria (84 metros) e pelo Mosteiro Peri-Săpânţa na Roménia ( 75 metros). Porque foi feito em parte com a madeira Kerto LVL que é sustentável e verde, o prédio também é ecologicamente correto.
Enquanto o esqueleto e a fachada do edifício são feitos de madeira, os apartamentos utilizam concreto para evitar o balanço. Os 10 andares inferiores contêm a maior parte da madeira Kerto LVL e são compostos por instalações e escritórios do hotel. Como a madeira é de alta qualidade e leve, a construção é mais rápida e, por sua vez, utiliza menos recursos.

A madeira Kerto LVL é uma madeira de folheado laminado, fabricada com madeira macia descascada e rotativa, colada para formar um pedaço contínuo de madeira. É super forte, durável e não deforma, tornando a madeira ideal para adicionar força substancial a pisos e vigas.
Além disso, a empresa finlandesa Metsä Wood produz o material usando 100% de bioenergia com pouco ou nenhum desperdício. Os segmentos inutilizáveis ​​da madeira deixados após o processo de fabricação são usados ​​para produção de celulose ou para bioenergia para operar a fábrica. 

Quase metade do abastecimento de água do mundo está sendo roubado, revela um relatório preocupante

Publicada na Nature Sustainability


Oabastecimento de água do nosso planeta é um recurso incrivelmente valioso que precisamos proteger, e novos números preocupantes mostram que entre 30-50% dele está sendo roubado – o que significa que a água não é paga nem contada.
Esse roubo ocorre quando pessoas e empresas obtêm água ilegalmente – geralmente para fins agrícolas. Isso pode significar obter água tratada que deveria ser paga gratuitamente ou obter água de formas que vão contra as diretrizes ambientais.
O problema em si não é novo, mas a maioria de nós não tem ideia de que está acontecendo. Este relatório examina o problema pouco pesquisado e oferece algumas idéias para corrigir o problema sistêmico.

A conclusão? Enquanto indivíduos e empresas estão roubando, o estudo recém-publicado aponta o dedo para as estruturas políticas, legais e institucionais que não estão devidamente configuradas para proteger a preciosa água da qual todos nós dependemos.
As raízes do furto de água não estão sendo tratadas corretamente, dizem os pesquisadores, o valor da água não está sendo avaliado e as ações ilegais não estão sendo devidamente punidas – tudo isso significa que uma grande quantidade de água é perdida com o roubo a cada ano.
“A contínua escassez de água ocorre em todos os continentes, cada vez mais agravada pela mudança climática”, escrevem os pesquisadores em seu artigo publicado.
“Ao abordar os prováveis ​​fatores de roubo em uma escala individual, podemos evitar danos irreversíveis a todos os usuários de água.”
Há algum debate sobre o que pode ser considerado roubo de água – ou mesmo se existe, já que a água é um recurso natural ao qual todos temos acesso. Mas a equipe analisou três estudos de caso separados envolvendo o uso impróprio de água: cultivo de maconha na Califórnia, morangos na Espanha e algodão na Austrália.
Embora esses casos variassem amplamente em tudo, desde normas sociais até regulamentações locais, eles destacaram alguns temas comuns.
Todas as três atividades são intensivas em água e todos os três estudos de caso mostram os efeitos das demandas do mercado sobre o roubo de água – roubar água é simplesmente muito lucrativo, na maioria das vezes, e certamente mais lucrativo do que seguir as regulamentações ambientais (no estudo de caso espanhol, regulamentos em vigor para proteger um local de aves migratórias).
A incerteza sobre o abastecimento de água, causada tanto por ações humanas quanto por variações naturais nas chuvas, também é uma das principais causas do roubo de água, sugere o estudo.
A falta de um verdadeiro policiamento também é um fator – se não houver chance de serem pegos, as pessoas vão roubar água mesmo quando não precisam dela.
Por outro lado, o monitoramento eficaz e uma suposição generalizada de alta conformidade em uma sociedade (onde todos acreditam que todos estão sendo honestos) ajudam a reduzir o roubo de água, apontam os autores do estudo – além de ter um suprimento de água abundante no primeiro lugar, é claro.
Uma das grandes mudanças que podemos fazer, de acordo com a pesquisa, é garantir que as penalidades por roubo de água sejam significativas e aplicadas de maneira adequada – especialmente em áreas remotas e rurais.
Expor publicamente o furto também pode ajudar em algumas situações. Esse reequilíbrio financeiro e social torna o roubo de água menos econômico e menos aceito nas comunidades, sugere o novo relatório.
Detectar o roubo de água deve ficar mais fácil à medida que sistemas de monitoramento e sensores mais avançados são desenvolvidos, mas por enquanto um esforço coordenado de governos, reguladores e comunidades é necessário para pôr fim ao escândalo de roubo de metade da água do mundo, dizem os pesquisadores.
“Consistente com pesquisas anteriores, os estudos de caso apoiam claramente a importância da fiscalização com bons recursos (financeiros e humanos) e monitoramento de conformidade, especialmente nas partes mais remotas dos sistemas de entrega, para aumentar a probabilidade de detecção e processo como um importante impulsionador da redução de roubos,” concluem os autores do estudo.

Inventada técnica para reciclar roupas de algodão

Redação do Site Inovação Tecnológica



Sustentabilidade na moda: Inventada técnica de reciclar roupas de algodão
Enrolado em uma bobina, o fio de filamento de viscose foi fiado de algodão reciclado, previamente transformado em folhas de celulose.
[Imagem: Fraunhofer IAP]

Reciclagem de roupas
Todo o mundo já ouviu falar - e muitos já o fizeram - em doar roupas não mais usadas, mas poucos se dão conta de que, um dia, as roupas não têm mais condições de uso, e devem ser descartadas.
Esse problema ganhou uma nova dimensão recentemente, quando cientistas descobriram que o que está poluindo os oceanos são principalmente fibras de roupas, e não plásticos.
Ante essa notícia, uma equipe da Alemanha e da Suécia correu para contar que tinham acabado de desenvolver uma tecnologia que, pela primeira vez, permite reciclar roupas velhas de algodão.
André Lehmann e seus colegas conseguiram converter a polpa resultante da trituração de roupas velhas em fibras de viscose feitas de pura celulose. "Os têxteis raramente consistem em algodão puro. Os jeans, por exemplo, sempre contêm uma certa quantidade de fibras químicas, como poliéster ou elastano," justifica o pesquisador.
Roupas velhas em lugar de madeira
A indústria têxtil geralmente usa celulose como matéria-prima para a produção de fibras celulósicas regeneradas, como viscose rayon, modal e liocel. Essa polpa não derrete, então ela precisa ser dissolvida em uma solução e passada por uma fieira, para ser transformada em fibras celulósicas. A matéria-prima para essa polpa geralmente é a madeira.
O que a equipe fez foi substituir a madeira por roupas velhas.
"Conseguimos extrair as fibras estranhas da polpa definindo os parâmetros corretos para os processos de dissolução e fiação, por exemplo, com estágios de filtração eficazes," contou Lehmann.
O resultado é um fio de filamento, ou seja, um fio contínuo de fibra, de vários quilômetros de comprimento, constituído por 100% de celulose, cuja qualidade é comparável à da fibra celulósica regenerada a partir da madeira.
"As roupas de algodão costumam ser incineradas ou vão parar no aterro. Agora, elas podem ser recicladas várias vezes para contribuir com uma maior sustentabilidade na moda," afirmou Lehmann. "O material inicial para as fibras de viscose de rayon tem sido a celulose à base de madeira. Otimizando os processos de separação e intensificando a filtração das fibras estranhas no processo de fiação, seremos eventualmente capazes de estabelecer a fibra de algodão natural reciclado como uma fonte alternativa séria de celulose e matéria-prima básica. "

Bateria de lixo nuclear promete durar 28.000 anos sem recargas



Redação do Site Inovação Tecnológica 


Bateria nuclear
As baterias atômicas - ou baterias nucleares - estão no horizonte há décadas, com promessas como uma bateria que não precisa ser recarregada e mesmo baterias nucleares de diamante que duram milhares de anos.
Contudo, assim como a indústria nuclear, depois de vários acidentes catastróficos, vem passando por um longo vale, nunca houve muito apelo em usar baterias nucleares dentro de casa ou junto ao corpo, em aparelhos portáteis, por exemplo.
Agora, uma empresa emergente dos EUA, a NDB, está chamando novamente a atenção da mídia ao buscar recursos no mercado para viabilizar suas baterias nucleares de nanodiamante. A empresa foi selecionada em um certame para auxiliar empresas emergentes a levantar fundos para o empreendimento, e agora está pedindo que as pessoas comprem suas ações ou façam doações.
As letras miúdas, contudo, não escondem o fato de que os empreendedores reconhecem que "é uma tecnologia emergente, portanto, existem alguns desafios técnicos especializados que precisam ser resolvidos. Felizmente, a equipe técnica do NDB tem vários nanotecnologistas de diamante com a experiência certa para trazer a NDB à vida. Existem três marcos principais, [1] uma prova de conceito, onde mostramos que a NDB funciona, [2] o dimensionamento, que aumentará a produção do dispositivo em uma especificação comercialmente útil, o que nos permitirá [3] abrir uma fábrica para produção em massa, criando empregos e riqueza."
A empresa promete baterias com vários tipos de formato, incluindo os formatos das pilhas tradicionais.

Escudo de diamante
Bateria atômica feita com nanodiamante promete durar para sempre
O nome da empresa, NDB, é uma sigla para sua tecnologia, chamada NanoDiamond Battery, ou bateria de nanodiamantes.
Os nanodiamantes são essenciais para restringir a radiação ao interior da bateria, mantendo-a segura.
O princípio de funcionamento é conhecido como betavoltaico, utilizando um isótopo radioativo, neste caso o carbono-14.
A proposta da empresa é usar o rejeito radioativo das usinas nucleares, mais precisamente, as barras de grafite que são usadas para controlar a fissão nuclear nos reatores, e que por isso se tornam altamente radioativos, virando lixo nuclear, que precisa ser armazenado virtualmente "para sempre".
O grafite é carbono, cuja composição passa a ser rica no radioisótopo carbono-14 depois de seu uso no reator nuclear. O carbono-14 não é muito estável, sofrendo um decaimento beta - daí o nome betavoltaico -, liberando um elétron e um antineutrino e gerando nitrogênio.
A ideia da empresa é purificar o grafite do lixo nuclear e usá-lo para, sob pressão, criar nanodiamantes de carbono-14. O diamante funciona como semicondutor, coletando os elétrons liberados no decaimento beta e transportando-o para o exterior da bateria, onde pode alimentar um circuito. Enquanto isso, nanodiamantes de carbono-12, criados no mesmo processo de pressão, funcionam como escudo contra a radiação.
Os cálculos indicam que uma bateria nuclear com esta tecnologia poderá produzir 3,48 vezes mais energia do que uma pilha AA comum, mesmo sendo 53% menor.
E, estima a empresa, a bateria atômica poderá lhe fornecer carga por 28.000 anos, sem precisar recarregar - desde que a bateria não vaze, claro, como tem acontecido com inúmeros supertambores desenvolvidos para guardar o lixo nuclear. Nesse caso, a falta de energia para seu aparelho será o menor dos seus problemas.Bateria nuclear
As baterias atômicas - ou baterias nucleares - estão no horizonte há décadas, com promessas como uma bateria que não precisa ser recarregada e mesmo baterias nucleares de diamante que duram milhares de anos.
Contudo, assim como a indústria nuclear, depois de vários acidentes catastróficos, vem passando por um longo vale, nunca houve muito apelo em usar baterias nucleares dentro de casa ou junto ao corpo, em aparelhos portáteis, por exemplo.
Agora, uma empresa emergente dos EUA, a NDB, está chamando novamente a atenção da mídia ao buscar recursos no mercado para viabilizar suas baterias nucleares de nanodiamante. A empresa foi selecionada em um certame para auxiliar empresas emergentes a levantar fundos para o empreendimento, e agora está pedindo que as pessoas comprem suas ações ou façam doações.
As letras miúdas, contudo, não escondem o fato de que os empreendedores reconhecem que "é uma tecnologia emergente, portanto, existem alguns desafios técnicos especializados que precisam ser resolvidos. Felizmente, a equipe técnica do NDB tem vários nanotecnologistas de diamante com a experiência certa para trazer a NDB à vida. Existem três marcos principais, [1] uma prova de conceito, onde mostramos que a NDB funciona, [2] o dimensionamento, que aumentará a produção do dispositivo em uma especificação comercialmente útil, o que nos permitirá [3] abrir uma fábrica para produção em massa, criando empregos e riqueza.

Miniacelerador de partículas leva elétrons à beira da velocidade da luz

Redação do Site Inovação Tecnológica


Miniacelerador de partículas leva elétrons à beira da velocidade da luz
A ideia é, no futuro, substituir aceleradores gigantescos por equipamentos que caibam sobre uma mesa.
[Imagem: Universidade Manchester]

Miniacelerador de elétrons
Os miniaceleradores de partículas estão entre as áreas de maior avanço na física na última década, na tentativa de baratear os experimentos e torná-los disponíveis a todos os laboratórios - sem contar a viabilização de experimentos exclusivos.
Uma equipe da Universidade de Manchester alcançou agora um marco nesse campo: Morgan Hibberd e seus colegas conseguiram construir o primeiro miniacelerador capaz de acelerar elétrons até muito próximo da velocidade da luz, já no regime considerado relativístico.
Para alcançar este resultado, Hibberd teve que reduzir a velocidade da luz para que ela correspondesse à velocidade dos elétrons. Ele fez isso usando uma estrutura metálica especialmente projetada, revestida com camadas de quartzo mais finas do que um fio de cabelo humano.
Impulsionados por um laser, os elétrons chegam a 99,99% da velocidade da luz.
Miniacelerador de partículas leva elétrons à beira da velocidade da luz
Ilustração do mecanismo de reduzir a velocidade da luz para impulsionar os elétrons.
[Imagem: UoM-Morgan Hibberd]
Pesquisa de materiais e saúde
É um avanço significativo, que viabiliza medir e manipular grupos de partículas em escalas de tempo de menos de 10 femtossegundos (0,000.000.000.000.01 segundo, o tempo que a luz leva para viajar 1/100 de milímetro). Isso permitirá, por exemplo, criar fotografias estroboscópicas do movimento de átomos individuais.
Os físicos estão de olho no papel de longo prazo da miniaturização dos aceleradores, sobretudo em seu potencial para substituir aceleradores de pesquisa na escala de vários quilômetros por dispositivos de no máximo alguns metros de comprimento.
Antes disso, porém, miniaceleradores relativísticos deverão ocupar um espaço importante - e imediato - em áreas como a radioterapia e a caracterização de materiais.
Bibliografia:

Artigo: Acceleration of relativistic beams using laser-generated terahertz pulses
Autores: Morgan T. Hibberd, Alisa L. Healy, Daniel S. Lake, Vasileios Georgiadis, Elliott J. H. Smith, Oliver J. Finlay, Thomas H. Pacey, James K. Jones, Yuri Saveliev, David A. Walsh, Edward W. Snedden, Robert B. Appleby, Graeme Burt, Darren M. Graham, Steven P. Jamison
Revista: Nature Photonics
DOI: 10.1038/s41566-020-0674-1

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Engenheira brasileira bate recorde mundial de velocidade na internet

Redação do Site Inovação Tecnológica



Engenheira brasileira bate recorde mundial de velocidade na internet
A engenheira brasileira Lídia Galdino, formada pela Unicamp, liderou a equipe que bateu o novo recorde mundial de velocidade na internet.
[Imagem: UCL]

Velocidade máxima na internet
A taxa de transmissão de dados mais rápida do mundo foi alcançada por uma equipe da Universidade College de Londres, liderada pela engenheira brasileira Lídia Galdino.
O recorde atingiu uma velocidade um quinto mais rápida do que o recorde anterior, que pertencia a uma equipe japonesa.
A equipe da professora Lídia Galdino atingiu uma taxa de transmissão de dados de 178 terabits por segundo, uma velocidade na qual seria possível fazer o download de toda a biblioteca da Netflix em menos de um segundo.
O recorde, que é o dobro da capacidade de qualquer sistema implantado atualmente no mundo, foi alcançado pela transmissão de dados por meio de uma gama mais ampla de cores de luz - ou comprimentos de onda - do que normalmente é usado nos sistemas de fibra óptica.
A infraestrutura atual da internet usa uma largura de banda de 4,5THz, com sistemas de largura de banda comercial de 9THz entrando no mercado. Os pesquisadores usaram uma largura de banda de 16,8THz.
Facilidade de implantação
Para atingir um novo patamar de velocidade, a equipe combinou diferentes tecnologias de amplificação necessárias para aumentar a potência do sinal nessa largura de banda mais ampla.
O destaque vai para as novas constelações de Formatação Geométrica, padrões de combinações de sinais que fazem o melhor uso das propriedades de fase, brilho e polarização da luz, e para a manipulação das propriedades de cada comprimento de onda individualmente.
O benefício da técnica é que ela pode ser implantada na infraestrutura já existente, simplesmente atualizando os amplificadores localizados nas rotas de fibra óptica, normalmente em intervalos entre 40 e 100 km.
A equipe calcula que atualizar um amplificador custaria cerca de R$115.000,00, enquanto a instalação de novas fibras ópticas em áreas urbanas pode custar mais de R$3 milhões o quilômetro.
Bibliografia:

Artigo: Optical Fibre Capacity Optimisation via Continuous Bandwidth Amplification and Geometric Shaping
Autores: Lidia Galdino, Adrian Edwards, Wenting Yi, Eric Sillekens, Yuta Wakayama, Thomas Gerard, Wayne Sheldon Pelouch, Stuart Barnes, Takehiro Tsuritani, Robert I. Killey, Domaniç Lavery, Polina Bayvel
Revista: IEEE Photonics Technology Letters
Vol.: 32 Issue: 17
DOI: 10.1109/LPT.2020.3007591

Reator solar gera combustível limpo com luz solar, CO2 e água

Redação do Site Inovação Tecnológica



Reator solar gera combustível limpo com luz solar, CO2 e água
Protótipo do reator, que só precisa de luz solar, água e o CO2 do ar para produzir combustível limpo.
[Imagem: University of Cambridge]

Fotossíntese artificial
Pesquisadores desenvolveram um aparelho autônomo capaz de converter a luz solar, dióxido de carbono (CO2) e água em um combustível neutro em carbono, sem a necessidade de nenhum componente adicional, nem mesmo eletricidade.
O reator representa um passo significativo para chegar à fotossíntese artificial, um processo que imita a capacidade das plantas de converter a luz solar em energia.
Usar energia solar para converter dióxido de carbono em combustível é uma maneira promissora de reduzir as emissões de carbono e substituir os combustíveis fósseis. No entanto, tem-se mostrado difícil produzir esses combustíveis limpos sem subprodutos indesejados.
Quem descobriu um caminho para isso foi a pesquisadora Qian Wang, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Wang construiu uma espécie de "folha artificial", uma pequena placa que coleta a energia solar e a utiliza para converter CO2 e água em oxigênio e ácido fórmico - um combustível armazenável que pode ser usado diretamente ou convertido em hidrogênio.
É uma técnica nova e que, segundo a equipe, tem potencial para ser escalonada, podendo ser usada em "fazendas de energia" semelhantes às fazendas solares, produzindo combustível limpo.

Folha fotocatalisadora
No ano passado, a mesma equipe desenvolveu um reator solar baseado em um projeto de folha artificial, que também usa luz solar, dióxido de carbono e água para produzir um combustível, conhecido como gás de síntese.
A nova tecnologia se parece e se comporta de maneira bastante semelhante à folha artificial, mas funciona de maneira diferente e gera um produto diferente - o ácido fórmico, em lugar do gás de síntese.
E, enquanto a folha artificial original usava componentes de células solares, o novo reator dispensa essas células, usando apenas fotocatalisadores - por isso Wang chama seu reator de "folha fotocatalisadora". Essas folhas são feitas de pós semicondutores, que podem ser preparados em grandes quantidades de forma fácil e econômica.
Além disso, essa nova tecnologia é mais robusta e produziu um combustível limpo, mais fácil de armazenar e com potencial para produção em larga escala.
Reator solar gera combustível limpo com luz solar, CO2 e água
Qian Wang mostra sua "folha fotocalisadora", que é o coração do reator.
[Imagem: University of Cambridge]
Eficiência e desafios
O protótipo tem apenas 20 centímetros quadrados, mas os pesquisadores afirmam que deve ser relativamente simples dimensioná-lo para vários metros quadrados. Além disso, o ácido fórmico pode ser acumulado em solução e quimicamente convertido em diferentes tipos de combustível.
"Ficamos surpresos como funcionou bem em termos de seletividade - quase não produziu subprodutos. Às vezes, as coisas não funcionam tão bem como você esperava, mas este foi um caso raro em que funcionou melhor," disse Wang.
O catalisador à base de cobalto usado para a conversão do dióxido de carbono é fácil de fabricar e relativamente estável, mas equipe precisará melhorar a eficiência da folha artificial - atualmente em 8% - para viabilizar qualquer implantação comercial. Além disso, seria recomendável livrar-se do tântalo e do ródio usados na catalisação - o primeiro por ser altamente tóxico, e o segundo por ser raro e caro.
A equipe afirmou que já está experimentando uma variedade de catalisadores diferentes para melhorar a estabilidade e a eficiência.
Bibliografia:

Artigo: Molecularly engineered photocatalyst sheet for scalable solar formate production from carbon dioxide and water
Autores: Qian Wang, Julien Warnan, Santiago Rodríguez-Jiménez, Jane J. Leung, Shafeer Kalathil, Virgil Andrei, Kazunari Domen, Erwin Reisner
Revista: Nature Energy
DOI: 10.1038/s41560-020-0678-6

sábado, 22 de agosto de 2020

Terra chega à sobrecarga de recursos naturais

Pelo site CicloVivo



A partir de sábado, 22 de agosto, passamos a demandar mais recursos e serviços ecossistêmicos do que o planeta é capaz de regenerar.

A conta da humanidade com a Terra entra no vermelho neste sábado, 22 de agosto. A partir desse dia, o planeta não consegue regenerar tudo o que os humanos consumirem até o final do ano. Isso marca o “Dia da Sobrecarga da Terra” (Overshoot Day), calculado anualmente pela organização Global Footprint Network.
Todos os anos, nós humanos, exigimos da natureza mais do que ela é capaz de suportar. Usamos atualmente 60% mais recursos do que aquilo que pode ser regenerado, ou seja, é como se tivéssemos disponíveis 1,6 planetas Terra. Mas, não temos. No cálculo, divide-se a biocapacidade do planeta pela pegada ecológica da humanidade multiplicada pelo número de dias do ano.
Overshoot Day
Imagem: Instituto Akatu
Global Footprint afirma que o “déficit ecológico global” teve início da década de 1970 e nossa dívida acumulada já é equivalente a 18 anos terrestres.
Os gráficos abaixo ajudam a visualizar a situação global:
Overshoot Day
sobrecarga da terra
sobrecarga da terra
pegada ecológica país
sobrecarga da terra
sobrecarga da terra
1,6 planetas Terra
1,6 planetas Terra
1,6 planetas Terra
O estrago é grande e, em breve, pode ser irreversível. Mas, ainda podemos virar esse jogo e tomar as rédeas na construção do planeta que queremos. 
Exemplo de que nosso caminho pode mudar é que, em 2020, por conta da pandemia, houve um adiamento desse limite em cerca de três semanas – em comparação com o ano passado quando ocorreu em 29 de julho. Os principais fatores para isso foram a diminuição da extração de madeira e das emissões de CO2
Para a Global Footprint, a retomada econômica é uma oportunidade única para irmos em direção ao futuro que desejamos. “Onde todos possam prosperar dentro dos limites do nosso planeta único”, diz a organização. 

Adiando a sobrecarga 

É neste sentido que foi criado o #MoveTheDate, movimento para adiar essa data 5 dias por ano. Fazendo isso, viveríamos dentro dos limites do planeta antes de 2050.
Existem diversas soluções que podem ser adotadas coletiva e individualmente, além, é claro, da pressão por mudanças estruturais. “A forma como produzimos os alimentos, como nos movemos, as fontes de energia que utilizamos, quantos filhos temos, e que área conservamos para a vida selvagem. A redução da pegada de carbono em 50% deslocaria a data em 93 dias”, elenca a Global Footprint.
Outro destaque fica por conta dos sistemas alimentares, que utilizam 50% da biocapacidade do nosso planeta. As políticas que visam reduzir a intensidade carbônica dos alimentos e o impacto na biodiversidade – ao mesmo tempo que melhoram a saúde pública – merecem atenção especial.

Bons exemplos

A plataforma Overshoot Day realça exemplos de estilos de vida sustentáveis. É uma inspiração por onde começar, sempre tendo em conta o que é possível dentro de sua realidade. Há também a Calculadora da Pegada Ecológica que ajuda a medir seu impacto no planeta. Tendo consciência de quais dos seus atos mais geram impactos negativos fica mais fácil visualizar o que é possível mudar. 
sobrecarga da terra
Foto: iStock
Empresas também são intimadas a fazerem parte desta mudança. A multinacional francesa Schneider Electric, em parceria com a Global Footprint, elaborou um ebook de estratégias empresariais para a prosperidade da Terra. Em um mundo em que a crise climática já é uma realidade e as restrições de recursos serão cada vez mais comuns, a publicação “encoraja os tomadores de decisão a darem uma pausa e se perguntarem: meu negócio apoia o sucesso de longo prazo da humanidade?”. Acesse o ebook “Strategies for One-Planet prosperity: how to build a lasting business success on a finite planet”. 
Também a Natura anunciou adesão ao #MoveTheDate. O grupo Natura &Co, formado pelas marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop, se comprometeu a acelerar a implementação de um modelo econômico de produção circular, capaz de regenerar mais do que é necessário para a produção garantir a circularidade de embalagens até 2030. O grupo também se compromete a usar 95% de ingredientes naturais ou renováveis e 95% de fórmulas biodegradáveis até 2030. Denise Hills, diretora de sustentabilidade da companhia, ainda afirma que pretende convocar mais empresas a participarem deste movimento.
nós o que podemos fazer? O Instituto Akatu  elenca algumas dicas para reduzirmos nossa pegada ambiental:
• Reduzir o consumo de carne vermelha: A pecuária global é responsável por pelo menos 9% das emissões de gases de efeito estufa derivadas de atividades humanas. Se toda a população mundial reduzir pela metade o consumo médio anual de carne, o Dia de Sobrecarga da Terra será adiado em 5 dias;
vegan
Foto: iStock
• Reduzir o desperdício de alimentos: Pelo menos ⅓ de toda a comida produzida no mundo é perdida ou desperdiçada, o que resulta em 9% da pegada ecológica global. Se reduzirmos pela metade a perda e o desperdício de alimentos no mundo, o Dia de Sobrecarga da Terra será adiado em 11 dias;
• Colaborar com a natureza: Mesmo em isolamento social, ainda dependemos de solo fértil, água limpa e ar puro. Então, para contribuir para a manutenção da biodiversidade, basta plantar uma árvore, cultivar um jardim ou ser voluntário em uma organização de conservação natural. Se reflorestarmos 350 milhões de hectares de floresta (área similar à Índia), o Dia de Sobrecarga da Terra será adiado em 8 dias;
plantio de ervas
Foto: iStock
• Investir em Energias Renováveis: A pegada de carbono compõe 57% da pegada ecológica da humanidade, portanto, é imprescindível eliminar os combustíveis fósseis, cuja queima é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa. Você pode contribuir pressionando governos e empresas para seguirem este caminho. Se reduzirmos pela metade as emissões de gases de efeito estufa da pegada ecológica da humanidade, o Dia de Sobrecarga da Terra será adiado em 93 dias.