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domingo, 30 de abril de 2017

Caroço de açaí pode virar fonte de energia renovável no Pará

Pelo site Pensamentoverde


Iniciativa impedirá que mais de 200 mil toneladas métricas de dióxido de carbono 
sejam lançados na atmosfera




Até então, os caroços da fruta era despejados nas ruas e esgotos e prejudicavam o meio ambiente.


O Banco Interamericano de Desenvolvimento (IDB) está contribuindo financeiramente com as famílias de baixa renda do Estado do Pará, na busca de estimular a produção de materiais utilizados pelas usinas de biomassa. Do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), cerca de dois milhões de dólares serão aplicados no processamento do açaí, com o intuito de tornar essas famílias fornecedoras do material.
Tipicamente da região, o açaí é um dos principais ingredientes na mesa dos paraenses. Pelo fato da grande incidência local, o caroço da fruta é costumeiramente descartado nas ruas, esgotos e rios, o que acaba resultando em uma série de consequências negativas para o meio ambiente.
Contando com os recursos do Fumin, a ideia é que uma rede de produtos de polpa de açaí e catadores de lixo, criada justamente para o projeto, seja responsável pela coleta desses caroços, aproveitando-os como matéria-prima para geração de energia renovável. “Essa abordagem inovadora vai transformar um crescente problema ambiental em uma oportunidade de negócio verde”, afirma a líder da equipe do projeto, Lorena Mejicanos Ríos.
Em conjunto da criação da nova rede, está em desenvolvimento um plano logístico para criação de estações de coleta e transporte do material para a responsável pelo processamento dos caroços em biomassa. A estimativa é de que o projeto gere novas formas de renda para 2400 produtores de polpa e 360 catadores de resíduos, além de 65 novos postos de trabalho.
“Esperamos que este projeto inspire a cultura da reciclagem e ofereça lições importantes para iniciativas semelhantes em toda a América Latina e no Caribe”, explana Lorena. Vale destacar ainda o auxílio do projeto na luta contra a emissão de gases de efeito estufa, já que, através da iniciativa, cerca de 234 mil toneladas métricas de dióxido de carbono deixarão de ser soltos na atmosfera.

Planeta ultrapassa marca de 410 ppm de CO2 na atmosfera

Por ONE2030

Com 410 partes por milhão (ppm) o nível de concentração de 
dióxido de carbono é o mais alto em milhões de anos.

Planeta ultrapassa marca de 410 ppm de CO2 na atmosfera
Anualmente, os índices de CO2 vêm batendo recorde após recorde.
O Observatório Mauna Loa, situado em uma das ilhas do Havaí, registrou que o dióxido de carbono na atmosfera terrestre alcançou um índice maior que 410 partes por milhão (ppm) na semana passada. Segundo cientistas, já se passaram milhões de anos desde que o planeta atingiu números parecidos. Segundo eles, esta será uma nova atmosfera que a humanidade terá que lidar, cada vez mais quente.
Ppm é a medida de concentração usada quando as soluções são muito diluídas. Dizer que atingirmos 410 ppm de CO2 significa que em cada milhão de moléculas de ar no planeta há 410 do principal gás de efeito estufa.
Anualmente, os índices de CO2 vêm batendo recorde após recorde. Em 1958, quando começaram as medições na estação de Mauna Loa, o índice era de 280 ppm. Em 2013, alcançou 400 ppm. Apenas quatro anos depois, a marca de 400 ppm já foi quebrada.
“Esses marcos são apenas números, mas eles nos dão a oportunidade de fazer uma pausa, fazer um balanço e agir sobre os dados para comparações com o registro geológico,” disse Gavin Foster, pesquisador de paleoclima na Universidade de Southampton ao site Climate Central.
As concentrações de dióxido de carbono têm disparado ao longo dos últimos dois anos também devido a fatores naturais, como El Niño, mas, segundo cientistas, é principalmente impulsionado pelas quantidades recordes de dióxido de carbono que os seres humanos estão lançando com a queima de combustíveis fósseis.
“A taxa de aumento irá reduzir quando as emissões diminuírem”, disse Pieter Tans, cientista atmosférico da National Oceanic and Atmospheric Administration, também ao Climate Central. “Mas o dióxido de carbono ainda vai subir, embora mais lentamente. Somente quando as emissões forem cortadas pela metade que o nível de dióxido de carbono atmosférico irá começar a regredir.”
Mesmo quando as concentrações de dióxido de carbono recuarem, os impactos das mudanças no clima continuarão a se estender para o futuro. O planeta já aqueceu 1° C em uma sequência de 627 meses de calor acima do normal. Os níveis do mar aumentaram cerca de 30 cm e os oceanos acidificaram. O calor extremo tornou-se mais comum.
Uma das 17 metas que a ONU estabeleceu para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, é tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos. A ONU destacou a urgência de tomar medidas para poder conter o aquecimento da Terra em 2° C até 2030, meta pouco provável de ser alcançada caso a economia mundial continue baseada na queima de combustíveis fósseis.

10 razões para amar Engenharia

Pelo site Engenharia é





Muitas pessoas estão com medo da carreira de engenheiro pensando que vai ser uma vida estressante e de muito trabalhando duro. Embora,  certamente não é um caminho só de alegria, mas apresentamos 10 razões para você amar a engenharia:
Amar seu trabalho e ser capaz de viver a vida – Engenharia é uma profissão gratificante,  emocionante e também deixa-lhe tempo para os projetos de fim de semana ou planos de viagem que você tem.
Ser criativo – Os engenheiros têm de evocar soluções criativas para problemas complexos. É também a maneira de levar idéias criativas e torná-las realidade.
Trabalhar com pessoas excelentes – Para ser um engenheiro você precisa de uma compreensão do pensamento lógico e crítico. Como engenheiro você estará sempre cercado por pessoas bem-sucedidas e inspiradoras, sejam eles engenheiros, arquitetos, médicos ou empresários.
Resolver problemas – É um dever do engenheiro resolver os problemas que ainda precisam ser resolvidos, tornando o mundo um lugar melhor para todos.
Nunca ficará entediado – Um engenheiro irá sempre ser contestado em seu papel e a diferença de habilidades para resolver problemas de seus colegas abrirá novas maneiras de pensar.


O dinheiro – Mesmo o salário inicial de um engenheiro não ser as vezes satisfatório, mas é certo com o tempo e experiência garantir um salário bem generoso.
Flexibilidade do trabalho – Ser engenheiro, é ser considerado uma pessoa inteligente e resolvedor de problemas. Isso abre muitas portas fora do escopo de engenharia, tais como papéis de negócio, design, medicina, direito e empregos públicos.
Viagens – Engenheiros de campo encontram-se viajando para numerosos lugares para implementar suas soluções. Muitas vezes as viagens são internacionais. Ou também dependendo da empresa, você tem que participar de muitas feiras e eventos, tanto nacionais quanto internacionais.
Faça a diferença – A maioria dos artigos/produtos/soluções em torno de você agora, foram concebidos e produzidos por engenheiros. O mundo está se tornando um lugar mais seguro e melhor para se viver graças aos engenheiros.
Mude o mundo – Os engenheiros estão salvando vidas, ajudando na prevenção de doenças,  na redução da pobreza e também da poluição do dia a dia. É também dever do engenheiro, fazer o futuro melhor para o nosso planeta.

35 citações de grandes inventores que irão inspirá-lo

Pelo site Engenharia é




Uma frase pode inspirar muitas pessoas e é por isso que neste artigo separei 30 citações de notáveis inventores, engenheiros e cientistas para lhe inspirar a começar bem essa semana. As seguintes frases não estão em nenhuma ordem particular, não tem um “melhor” ou “top” da lista! Confira:
Alexander Graham Bell
Ele era um cientista, inventor e engenheiro nascido na Escócia, muitas vezes citado como o criador do primeiro telefone utilizável. Ele foi o fundador da companhia telefônica Bell.
Seus prêmios: Medalha John Fritz (1907), Medalha Elliott Cresson (1912), Medalha Hughes (1913) e Medalha Edison IEEE (1914).
1 – “Concentre todos seus pensamentos na tarefa que está realizando. Os raios de sol não queimam até que sejam colocados em foco.”
2 – “Nunca ande por trilhas, pois assim só irá até onde outros já foram.”
Freeman Dyson
Freeman Dyson é um físico e matemático teórico americano de origem inglesa cujo trabalho centrou-se em grande parte na eletrodinâmica quântica, física de estado sólido, astronomia e engenharia nuclear.
3 – “Sempre foi verdadeiro, e agora mais do que nunca,  que o caminho da sabedoria para um jovem cientista de talento medíocre, é seguir a moda dominante.”
Thomas Edison
As próximas citações são de Thomas Edison. Para alguns, ele é mais um homem de negócios do que um inventor, mas ele registrou mais de 2 mil patentes e uma delas foi o fonografo uma de suas principais invenções.
4 – “Eu não falhei, encontrei 10 mil soluções que não davam certo.”
5 – “Boa sorte é o que acontece quando a oportunidade encontra o planejamento.”
6 – “Nossa maior fraqueza é a desistência. O caminho mais certeiro para o sucesso é sempre tentar apenas uma vez mais.”
7 – “As pessoas não são lembradas pelo número de vezes que fracassam, mas sim pelo número de vezes que têm sucesso.”
8 – “O gênio é um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de suor.”
9 – “Há uma forma de fazer isso melhor – encontre-a.”
10 – “Uma experiência nunca é um fracasso, pois sempre vem demonstrar algo.”
11 – “Os três grandes fundamentos para se conseguir qualquer coisa são, primeiro, trabalho árduo; segundo, perseverança; terceiro, senso comum.”
12 – “Nunca fiz nada dar certo por acidente; nem nenhuma das minhas invenções surgiu por acidente; elas vieram do meu trabalho.”
Albert Einstein
Bem, o que mais precisamos dizer? Albert Einstein, foi, simplesmente o mais célebre cientista do século 20. Entre seus principais trabalhos desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física moderna.
13 – “Lembre-se que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu conhecimento.”
14 – “O segredo da criatividade está em dormir bem e abrir a mente às possibilidades infinitas. O que é um homem sem sonhos?”
15 – “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”
Richard Feynman
Richard Feynman foi um físico americano mais conhecido por seu trabalho em mecânica quântica e física de partículas. Ele era parte integrante do projeto de Manhattan.
16 – “Para uma tecnologia de sucesso, a realidade deve ter prioridade sobre as relações públicas, pois a Natureza não pode ser enganada.”
Benjamin Franklin
Benjamin Franklin foi um inventor e um dos líderes da Revolução Americana. Talvez valha a pena seguir os conselhos deste homem, não acha?
 17 – “Trabalha com gosto e terás o gosto do trabalho.”
18 – “Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimo de poucos, amigo de um e inimigo de nenhum.”
19 – “Aquele que tem uma profissão tem um bem; aquele que tem uma vocação tem um cargo de proveito e honra.”
20 – “Não esconda os seus talentos. Para o uso eles foram feitos. O que é um relógio de sol na sombra?”
21 – “Não antecipe os problemas, nem se preocupe com o que talvez nunca aconteça. Aproveite a luz do sol.”
Henry Ford
Talvez mais de um “organizador” do que um inventor, mas seus trabalhos ajudaram a revolucionar processos industriais para sempre.
22 – “O passado serve para evidenciar as nossas falhas e dar-nos indicações para o progresso do futuro.”
23 – “Não aponte falhas, aponte soluções.”
24 – “Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele.”
25 – “Obstáculos são aquelas coisas assustadoras que vemos quando desviamos o foco do nosso objetivo.”
26 – “Nossos fracassos são, às vezes, mais frutíferos que nossos êxitos.”
Steve Jobs
Como co-fundador da Apple, sua gestão e visão ajudaram a fazer a empresa na gigante que é hoje.
27 – “Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção.”
28 – “Ser o mais rico do cemitério não é o que mais importa para mim. Ir para a cama à noite e pensar que foi feito alguma coisa grande. Isso é o que mais importa para mim.”
29 – “Cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.”
30 – “Seja um padrão de qualidade. As pessoas não estão acostumadas a um ambiente onde o melhor é o esperado.”
J. Robert Oppenheimer
“Pai da bomba atômica” e líder do projeto de Manhattan. Os trabalhos de Oppenheimer certamente definiram grande parte do século 20 e mais além.
31 – “O gênio vê a resposta antes da pergunta.”
Louis Pasteur
Você pode agradecer a Louis Pasteur por várias vacinas e processos de preservação de leite, vinho e cerveja.
32 – “A diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana.”
33 – “O acaso só favorece a mente preparada.”
Nikola Tesla
Você já sabe sobre ele, então apenas irei citar as suas belas frases abaixo:
34 – “O mundo não está preparado para isso. É algo muito além do nosso tempo, mas as leis vão prevalecer, e um dia farão um sucesso triunfante.”
35 – “Eu não creio que exista algo mais emocionante para o coração humano do que a emoção sentida pelo inventor quando ele vê alguma criação da mente se tornando algo de sucesso. Essas emoções fazem o homem esquecer comida, sono, amigos, amor, tudo.”

Cientista brasileira está entre as cem pessoas mais influentes do mundo

Pelo site Engenharia é




Entre as 100 pessoas mais influentes do mundo escolhidas este ano pela revista norte-americana Time figuram dois brasileiros. Um deles é o mundialmente conhecido jogador de futebol Neymar Jr. A outra é a médica epidemiologista Celina Turchi, de 64 anos, cientista brasileira nascida em Goiás que atua como pesquisadora convidada na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco.
Citada na categoria Pioneiros, Celina, é professora aposentada da Universidade Federal de Goiás (UFG) e ganhou o título de influenciadora mundial pelo papel que desenvolveu na investigação dos casos de microcefalia e a relação com o vírus Zika.

Ela foi a responsável por formar uma rede, com cerca de 30 de profissionais de diversas especialidades e instituições, reunidos no Merg – Microcephaly Epidemic Research Group (Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia). O grupo de pesquisadores conseguiu identificar como o vírus Zika e a microcefalia estavam associados em apenas três meses – em janeiro de 2016 os estudos começaram e em abril já havia fortes indícios da relação.
No fim do ano passado, Celina Turchi foi citada na lista dos dez cientistas mais importantes de 2016 da revista Nature (uma das publicações científicas mais importantes do mundo), pelo mesmo motivo.
Apesar da notoriedade no meio científico, a pesquisadora se considera apenas uma “representante” do setor, que até hoje trabalha em conjunto para responder as tantas questões ainda em aberto sobre o vírus Zika e suas consequências.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

MG terá 1ª usina do Brasil capaz de gerar eletricidade a partir do lixo, sem incineração!

Pelo site Engenharia é




No sul de Minas Gerais, a cidade de Boa Esperança está prestes a fazer história. O município terá a primeira usina do Brasil a gerar eletricidade a partir de resíduos sólidos – tudo isso sem incineração!
Isso mesmo! O grande diferencial do empreendimento é que ele não vai queimar o lixo – ou seja, processo convencional que iria gerar uma grande quantidade de emissões para atmosfera. Invés disso, a usina produzirá energia elétrica a partir da gaseificação dos resíduos sólidos, uma tecnologia brasileira que, de acordo com a empresa responsável, tem taxa de emissão de poluentes baixíssima.
A empresa será comandada pela Furnas Centrais Elétricas e a obra deve ser entregue ainda em 2017, para que a usina entre em operação já em 2019.
Os primeiros testes já foram feitos e obtiveram sucesso em uma planta menor no município de Mauá, localizada no interior de São Paulo.

A ideia é que a nova usina seja conectada à rede da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), a fim de garantir o fornecimento de energia elétrica às instalações públicas da cidade. Ainda de acordo com Furnas, o empreendimento tem capacidade para gerar 1 MW de eletricidade por mês, podendo assim suprir até 25% da demanda energética do município.
Além de reduzir os gastos com energia elétrica, a prefeitura vai resolver um outro grande problema da cidade: a geração de lixo, uma vez que toda a produção de resíduos sólidos vai ser destinada à usina.
Nós do Engenharia é: torcemos para que o projeto tenha êxito quanto esperam os envolvidos e que tenham a intenção é expandi-lo para outras cidades do país.
Cá entre nós, será o fim da necessidade de aterros sanitários?

Topo de maior centro comercial de Pequim terá “floresta urbana” e alimentos orgânicos

Pelo site Ciclovivo



Durante os meses mais frios, uma colina inclinada do prédio servirá de pista de esqui.

Topo de maior centro comercial de Pequim terá “floresta urbana” e alimentos orgânicos
No verão, o espaço será coberto por flores de cerejeira e pinheiros ao longo das passarelas.

Um espaço construído na base da eficiência energética e que valoriza a agricultua orgânica. Assim será a cobertura de um imenso centro financeiro que em breve será inaugurado em Pequim, capital da China.
Prevista para ser lançada daqui a três anos, a última fase do China World Trade Center agrega belas formas esculturais e amplos espaços verdes que destacam o edifício. Em seu topo, serão equipados assentos, grandes árvores, fazenda orgânica e áreas para atividades ao ar livre.
Para reduzir o consumo de energia, o edifício é quase todo revestido por vidro, facilitando a entrada de luz natural. No verão, o espaço será coberto por flores de cerejeira e pinheiros ao longo das passarelas. As árvores ajudarão a reduzir o efeito das chamadas “ilhas de calor” da cidade. As espécies serão escolhidas a dedo para atender as necessidades do local. E, por fim, os equipamentos de água serão de baixo consumo, tendo a certificação Wels – considerado o selo de economia de água mais rigoroso do mundo.
Já dentro do espaço, o centro reunirá anfiteatro, estúdios de arte, áreas de exposição, instalações culturais e educacionais, uma parede de escalada e uma área de lazer que, com uso de neve artificial, pode ser convertida em uma pista de patinação ao ar livre no inverno. Inclusive, durante os meses mais frios, uma colina inclinada do prédio servirá de pista de esqui.
Este é a quinta e última fase do China World Trade Center. O projeto é do arquiteto Andrew Bromberg do escritório Aedas e começa a ser construído em agosto deste ano.









Plásticos: Para produzir ou dar sumiço, chame as bactérias

Redação do Site Inovação Tecnológica



Bactéria que produz plástico e bactéria que come plástico
Rotas biotecnológicas podem fabricar bioplásticos - e depois sumir com eles, degradando-os completamente. [Imagem: RCGI]
Bactéria que produz plástico
Pesquisadores da USP encontraram uma bactéria capaz de produzir um biopolímero - um polímero, ou plástico, produzido por um processo biotecnológico.
Methylobacterium rhodesianum, que transforma o metano em um tipo de polímero ainda não caracterizado, foi identificada nas águas turvas e poluídas do Sistema Estuarino de Santos, no litoral de São Paulo.
A equipe também encontrou a Methylobacterium extorquens, que já se sabia ser produtora de PHB, ou polihidroxibutirato, um polímero da família dos polihidroxialcanoatos (PHA) com características físicas e mecânicas semelhantes às de resinas sintéticas como o polipropileno.
"Ainda não caracterizamos o polímero produzido pela bactéria, mas nossas análises indicam que é bem diferente dos relatados na literatura científica," disse Elen Aquino Perpétuo, coordenadora do projeto. "A ideia da nossa pesquisa é utilizar um substrato mais barato do que o açúcar - neste caso, o metano e o metanol - para produzir o PHB e viabilizar comercialmente sua produção por uma rota biológica."
Os pesquisadores também constataram que essas bactérias isoladas de sistemas naturais produzem mais polímero que as cepas comerciais, cultivadas em laboratório, como as dos gêneros Methylobacter sp. e Methylocystis sp. Sem controlar parâmetros como temperatura, pH e agitação, a Methylobacterium extorquens isolada do ambiente marinho, por exemplo, acumula 30% de seu peso seco em polímero.
Além de caracterizar o polímero produzido pela Methylobacterium rhodesianum, os pesquisadores pretendem avaliar agora se ela é economicamente viável para produzir um biopolímero. Para que a rota biológica seja viável economicamente, a bactéria tem que ser capaz de acumular 60% de seu peso seco em polímero. Esse cálculo é feito levando-se em conta a produção de PHB a partir do açúcar, explicou Elen.
Bactéria que produz plástico e bactéria que come plástico
Em apenas 10 minutos, a bactéria se alimenta do plástico como se ele fosse uma folha. [Imagem: Bombelli/Howe/Bertocchini]
Bactéria que come plástico
Uma equipe da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, por sua vez, fez uma descoberta na rota contrária: a degradação dos plásticos.
Eles descobriram um processo de degradação natural de polímeros associado com a lagarta da mariposa Galleria mellonella, mas tudo indica que são as bactérias presentes na lagarta que são as responsáveis pelo mecanismo.
Tudo ocorreu por acaso, quando Federica Bertocchini estava retirando as lagartas, que atacam colmeias de abelhas melíferas, comendo a cera produzida pelos insetos - a cera é um tipo de biopolímero. Depois de reuni-las em um saco plástico, a pesquisadora notou que elas logo começaram a escapar simplesmente destruindo a sacola plástica.
Os furos começaram a aparecer em 40 minutos. Ao realizar experimentos cuidadosos, a equipe constatou que, em 12 horas, houve uma redução da massa do plástico de 92 miligramas (mg) - muito mais do que os 0,13 mg já constatados por pesquisas anteriores envolvendo a ação de bactérias.
"A lagarta produz algo que quebra as ligações químicas, talvez em suas glândulas salivares ou uma bactéria simbiótica em seu intestino. O próximo passo para nós será tentar identificar os processos moleculares nesta reação e ver se podemos isolar a enzima responsável," disse o professor Paolo Bombelli.
No ano passado, pesquisadores brasileiros já haviam identificado uma bactéria que come PET.

Bibliografia:

Polyethylene bio-degradation by caterpillars of the wax moth Galleria mellonella
Paolo Bombelli, Christopher J. Howe, Federica Bertocchini
Current Biology
Vol.: 27, Issue 8, pR292-R293
DOI: 10.1016/j.cub.2017.02.060

Bateria solar híbrida recarrega sem precisar de painel solar

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Bateria solar híbrida recarrega sem precisar de painel solar
O conceito ainda depende de desenvolvimentos para chegar à aplicação prática, mas é bastante promissor. [Imagem: Andrea Paolella et al. - 10.1038/ncomms14643]
Bateria solar
Usar pequenos painéis solares para recarregar baterias de celulares e outros aparelhos é uma ideia que não pegou porque a coisa toda fica grande e desajeitada - você conseguiria carregar tudo sem problemas, mas provavelmente não iria querer.
Andrea Paolella, da Universidade McGill, no Canadá, resolveu então apostar em uma tecnologia alternativa: uma bateria que se autorecarrega usando energia solar.
Ele descobriu que o catodo - o polo positivo - das baterias comuns de íons de lítio pode se tornar sensível à luz se forem incorporados nele os corantes que são a base das células solares orgânicas, do tipo DSC (sigla em inglês de "células solares sensibilizadas por corantes").
"Em outras palavras, nossa equipe foi capaz de simular o processo de recarregamento usando luz como fonte de energia," disse ele.
Sistema híbrido solar-bateria
Tendo construído um eletrodo que absorve a luz e produz as cargas, a equipe agora precisa fazer a outra metade do trabalho - construir um anodo compatível, o polo negativo, que seja capaz de armazenar essas cargas.
"Eu estou otimista e acredito que teremos um dispositivo totalmente funcional," disse Paolella. "Falando teoricamente, nosso objetivo é desenvolver um novo sistema híbrido solar-bateria, mas dependendo da potência que ele possa gerar quando o miniaturizarmos, nós podemos imaginar aplicações práticas para aparelhos portáteis, como celulares."
O pesquisador não é o único que está entusiasmado com a possibilidade. Para realizar a parte que falta do trabalho, a equipe recebeu um financiamento de 564 mil dólares do conselho de pesquisas do Canadá (NSERC) e já aceitou uma parceria da estatal de energia Instituto Hydro-Québec.
Outras equipes já desenvolveram baterias solares, mas com tecnologias mais difíceis de miniaturizar.

Bibliografia:

Light-assisted delithiation of lithium iron phosphate nanocrystals towards photo-rechargeable lithium ion batteries.
Andrea Paolella, Cyril Faure, Giovanni Bertoni, Sergio Marras, Abdelbast Guerfi, Ali Darwiche, Pierre Hovington, Basile Commarieu, Zhuoran Wang, Mirko Prato, Massimo Colombo, Simone Monaco, Wen Zhu, Zimin Feng, Ashok Vijh, Chandramohan George, George P. Demopoulos, Michel Armand, Karim Zaghib.
Nature Communications
Vol.: 8: 14643
DOI: 10.1038/ncomms14643

Gerador recarregável de papel - feito de origami

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Origami transforma papel em gerador recarregável
Ficar pressionando o dispositivo por alguns minutos carrega o nanogerador com até 1 volt. [Imagem: American Chemical Society]
Gerador de origami
Este é o protótipo mais recente no campo dos nanogeradores triboelétricos, e vem com uma vantagem significativa em relação aos seus antecessores: ele consegue recarregar rapidamente, com algumas dezenas de ciclos de "bombeamento".
Com uma estrutura totalmente em papel e com um projeto baseado na técnica de origami, o nanogerador foi criado por Hengyu Guo e seus colegas do Instituto de Nanoenergia e Nanossistemas de Pequim, na China.
O objetivo é usar a energia mecânica que nos circunda a todo momento - dos nossos passos, dos batimentos do nosso coração ou mesmo de uma brisa leve - para flexionar o gerador e produzir eletricidade suficiente para alimentar equipamentos de baixo consumo, como relógios e sensores.
A ideia do papel e de sua dobradura em origami surgiu porque a maioria dos nanogeradores ainda é pesada, incompatível com os usos que se tem em mente, e demoram muito para recarregar.
Eletricidade a preço de ouro
Depois de escolher um projeto de origami fácil de flexionar, Guo recobriu o papel com diferentes materiais. As superfícies internas são revestidas com ouro e um filme de etileno-propileno fluorado, compondo o nanogerador propriamente dito. Os quatro lados externos são recobertos com nanopartículas de ouro e grafite, formando o elemento supercapacitor que armazena a eletricidade.
Ficar pressionando o dispositivo por alguns minutos carrega o nanogerador com até 1 volt, suficiente para operar um controle remoto, um sensor de temperatura ou um relógio.
Ou seja, ao menos por enquanto, é apenas eletricidade a preço de ouro, mas a comunidade científica vem apostando em peso de que o futuro de dispositivos como os que comporão a Internet das Coisas e os sensores ambientais, cada vez mais utilizados, serão alimentados com alguma versão aprimorada de um nanogerador, dispensando a troca de baterias ou as fiações.

Bibliografia:

Ultralight Cut-Paper-Based Self-Charging Power Unit for Self-Powered Portable Electronic and Medical Systems
Hengyu Guo, Min-Hsin Yeh, Yunlong Zi, Zhen Wen, Jie Chen, Guanlin Liu, Chenguo Hu, Zhong Lin Wang
ACS Nano
DOI: 10.1021/acsnano.7b00866

Água é manipulada e limpa apenas com luz

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Água é manipulada apenas com luz solar
Tudo funciona a temperatura ambiente e usando materiais de baixo custo. [Imagem: Jose-Luis Olivares/MIT]
Separação de emulsão
Uma técnica simples, baseada no ingrediente comumente usados nos protetores solares, permite controlar a forma como a água se move sobre uma superfície usando apenas luz visível.
Isso abre as portas para diversos tipos de tecnologia, da separação da água e do petróleo nas plataformas de perfuração e válvulas que podem ser reprogramadas na hora, nas indústrias químicas e refinarias, até dispositivos microfluídicos, como os biochips de diagnóstico médico, cujos canais e válvulas poderão ser controlados com precisão e sem hardwares adicionais para diferentes tipos de exames.
Separar uma emulsão - óleo misturado em água, por exemplo - é tão mais difícil quanto mais os líquidos estiverem misturados - quanto mais finas forem as gotículas de cada um deles. Algumas vezes se utilizam técnicas eletrostáticas, mas elas consomem muita energia e não funcionam quando a água é altamente salina, como é frequentemente o caso envolvendo a indústria petrolífera.
Por isso, Gibum Kwon, do MIT, decidiu pesquisar o uso de superfícies fotorresponsivas, ou seja, cujas reações à água podem ser alteradas pela exposição à luz.
Ao criar superfícies cujas interações com a água - uma propriedade conhecida como molhabilidade - podem ser ativadas pela luz, Kwon e seus colegas descobriram que é possível separar diretamente a emulsão óleo-água fazendo com que gotículas individuais coalesçam e se espalhem pela superfície - quanto mais as gotas de água se fundem, mais elas se separam do óleo.
Materiais fotorresponsivos
Materiais fotorresponsivos têm sido amplamente estudados e utilizados. Um exemplo é o ingrediente ativo na maioria dos filtros solares, o dióxido de titânio, também conhecido como titânia. Mas a maioria destes materiais, incluindo a titânia, responde principalmente à luz ultravioleta, e dificilmente à luz visível. E apenas cerca de 5% da luz solar está na faixa ultravioleta.
Então os pesquisadores desenvolveram uma maneira de tratar a superfície de titânia para torná-la sensível à luz visível. Eles fizeram isso usando primeiro uma técnica de deposição camada por camada para construir uma película de partículas de titânia ligadas a um polímero, tudo sobre uma camada de vidro. Em seguida, eles recobriram o material com um corante orgânico simples por imersão, o mesmo tipo de corante usado nas células solares orgânicas.
A superfície resultante mostrou ser altamente responsiva à luz visível, produzindo uma mudança na molhabilidade quando exposta à luz solar que é muito maior do que a da própria titânia. Quando ativado pela luz solar, o material torna-se muito efetivo em "desmulsificar" a mistura óleo-água - fazer com que a água e o óleo se separem um do outro.
"Nós fomos inspirados pelo trabalho em fotovoltaica, onde a sensibilização por corante foi usada para melhorar a eficiência da absorção da radiação solar," disse o professor Kripa Varansi. "O acoplamento do corante às partículas de óxido de titânio permite a geração de portadores de carga sob iluminação, o que cria uma diferença de potencial elétrico entre a superfície e o líquido e leva a uma alteração nas propriedades molhantes."
Água é manipulada apenas com luz solar
A emulsão água-óleo é quebrada em poucos minutos. [Imagem: Gibum Kwon et al. - 10.1038/ncomms14968]
Autolimpante
Como o efeito fotorresponsivo é baseado no revestimento de corante, ele pode ser precisamente ajustado escolhendo entre os milhares de corantes orgânicos disponíveis. De acordo com a equipe, todos os materiais envolvidos no processo são disponíveis comercialmente e de baixo custo.
E a molhabilidade controlável do material tem outro benefício: a superfície se torna autolimpante. Quando o material é forçado a passar de atrator de água (hidrófilo) para repelente de água (hidrofóbico), toda a água na superfície é expulsa, levando com ela quaisquer contaminantes que possam ter-se acumulado.

Bibliografia:

Visible light guided manipulation of liquid wettability on photoresponsive surfaces
Gibum Kwon, Divya Panchanathan, Seyed Reza Mahmoudi, Mohammed A. Gondal, Gareth H. McKinley, Kripa K. Varanasi
Nature Communications
Vol.: 8, Article number: 14968
DOI: 10.1038/ncomms14968

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Projeto instala 369 telhados solares em 22 cidades

Pelo site Ciclovivo


Os três estados com o maior número de telhados instalados foram Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul
Projeto instala 369 telhados solares em 22 cidades
O Projeto 50 Telhados foi executado localmente nas cidades por 15 instaladores.

Ao longo de 2014 e 2015, o projeto 50 Telhados, uma iniciativa do Instituto Ideal para a instalação 50 sistemas fotovoltaicos de 2 kWp ou 100 kWp de potência total por cidade participante, registrou a instalação de 369 telhados FV no Brasil. O Projeto, realizado em parceria com empresas instaladoras em 22 cidades do país, somou aproximadamente 2,38 MWp de potência instalada com uma geração estimada de 3,62 GWh por ano.
Para o presidente do Instituto Ideal, Mauro Passos, o Projeto gerou uma competição do bem, com resultados que comprovam a disseminação do uso da tecnologia FV, urbana por definição. “50 Telhados foi uma ferramenta de alavancagem e de ajuda na tomada de decisão pelo consumidor.”
Das 22 cidades participantes, nove (9) alcançaram a meta estipulada, sendo que a maior parte delas o fez a partir da potência total instalada. Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ) instalaram mais de 50 telhados efetivamente. Outros municípios que alcançaram a meta foram: Florianópolis (SC), Salvador (BA), Santa Cruz do Sul (RS), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Luis Eduardo Magalhães (BA) e Recife (PE).
Os três estados com o maior número de telhados instalados foram Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, cada um deles alcançando mais de 60 instalações FV.  Em termos de potência instalada, além desses três estados, vale destacar a Bahia, que ficou em segundo lugar seguido do Ceará.
O Projeto 50 Telhados foi executado localmente nas cidades por 15 instaladores, sendo que as empresas com o maior número de cidades foram Solar Energy do Brasil, participando em cinco cidades de diferentes estados, e Enersol Brasil, em quatro cidades da Bahia.  O maior número de instalações FV em uma única cidade foi realizado pela Satrix, com 63 telhados solares em Fortaleza, seguido da Solar Energy do Brasil (37 em Campo Grande e 33 no Rio de Janeiro), Solled Eficiência Energética, (28 em Santa Cruz do Sul) e Araxá Energia Solar (22 em Florianópolis).
O Projeto 50 telhados foi lançado pelo Instituto Ideal em dezembro de 2013 com o intuito de divulgar a geração distribuída a partir da fonte fotovoltaica, dando assim publicidade à REN 482/2012 – Regulação Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que cria o sistema de compensação de energia ou net metering, do inglês.  A meta de 50 telhados fotovoltaicos de 2 kWp ou 100 kWp de potência total instalada por cidade, poderia ser alcançada individualmente pela empresa instaladora ou em conjunto com outras,  em um prazo de até dois anos.
O projeto teve o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Mercedes começa a vender bateria para armazenar energia solar em casa

Pelo site Ciclovivo



Companhia está concorrendo diretamente com a Tesla.

Mercedes começa a vender bateria para armazenar energia solar em casa

As unidades são feitas com a mesma tecnologia de bateria de íons-lítio.


Na corrida pela popularização da energia solar em residências, a Daimler, dona da Mercedes-Benz, não quer ficar de fora. Concorrendo com a Tesla, a montadora começou a vender suas primeiras unidades de baterias solares na Alemanha.
De acordo com o Treehugger, as unidades são feitas com a mesma tecnologia de bateria de íons-lítio que é usada em carros híbridos da companhia. Cada bateria pode armazenar 2,5 kWh de energia e os dispositivos podem ser ampliados e conter até oito baterias para uma capacidade de 20 kWh.
Segundo a fabricante, o uso de energia solar pode aumentar em até 65% com as baterias. Para clientes de menor porte, a companhia oferece um pacote de serviços que inclui a instalação de painéis solares, mais a bateria para armazená-la, um inversor de bateria e sistema de gerenciamento de energia. O custo total é cerca de 10 mil dólares.
Além da Alemanha, a Mercedes pretende vender as unidades na Europa e Estados Unidos. Não há ainda previsão de quando chegará ao Brasil. 





Montanha submarina no Atlântico tem tesouro de terras raras

Com informações da BBC 




Montanha submarina no Oceano Atlântico tem tesouro de terras raras
O monte submarino Tropic, próximo às Ilhas Canárias, tem 3 mil metros de altura e apenas um terço dele se destaca na superfície do Atlântico.[Imagem: NOC]
Montanha de terras raras
Em uma montanha submarina, nas águas do Oceano Atlântico, está um tesouro em minerais de alto valor econômico - os chamados minerais de terras raras.
Uma equipe do Centro Nacional de Oceanografia (NOC, na sigla em inglês) do Reino Unido identificou uma crosta de rochas extremamente rica nesses minerais raros nas paredes desse monte, a 500 quilômetros das Ilhas Canárias.
Amostras trazidas à superfície detectaram a presença de uma substância rara conhecida como telúrio em concentrações 50 mil vezes mais elevadas que as já identificadas em terra. O telúrio, comum em ligas metálicas, é usado também em um tipo avançado de painel solar.
A montanha também contém minerais de terras-raras usados na fabricação de turbinas eólicas e em dispositivos eletrônicos.
A descoberta levanta uma questão delicada: se a busca por recursos alternativos de energia pode impulsionar a exploração mineral no fundo do mar.
Montanha submarina no Oceano Atlântico tem tesouro de terras raras
Estima-se que o Monte Tropic tenha 2.670 toneladas de telúrio, mineral usado como semicondutor e comum em placas de energia solar. [Imagem: NOC]
Riqueza inesperada
O monte submarino, cujo nome é Tropic, tem três mil metros de altitude a partir do solo oceânico e seu cume fica a 1 mil metros acima da superfície do Atlântico.
Robôs submarinos foram usados para investigar a crosta de grãos finos que cobre toda a superfície da montanha e tem espessura de quatro centímetros.
Bram Murton, líder da expedição que explora a Tropic, afirmou que esperava encontrar minerais em abundância no local, mas jamais imaginou que as concentrações dos mesmos seriam tão elevadas.
"Esta crosta é incrivelmente rica e é isso que faz com que essas rochas sejam incrivelmente especiais e valiosas do ponto de vista de recursos", explicou. Ele calcula que as 2.670 toneladas de telúrio da montanha equivalem a um duodécimo de todo o consumo mundial.
Montanha submarina no Oceano Atlântico tem tesouro de terras raras
A descoberta do Mont Tropic levanta o debate sobre vantagens e riscos da mineração no fundo do mar . [Imagem: NOC]
Mineração submarina
A prática da mineração no mar foi recentemente regulamentada pela ONU. Ainda assim, Burton afirma querer que a descoberta de sua equipe - parte de um projeto mais amplo chamado Marine E-Tech - provoque um debate sobre de onde devem vir os recursos vitais.
"Se precisamos de energia verde, precisamos de materiais para construir dispositivos capazes de gerar esse tipo de energia. E esses materiais têm de vir de algum lugar", disse. "Ou os tiramos da terra e fazemos um buraco lá, ou os tiramos do fundo do mar e fazemos ali um buraco comparativamente menor. Tudo o que fazemos tem um custo".
De forma geral, a mineração em terra implica em desmatar, remanejar povoados e construir vias de acesso para remover rochas com concentrações relativamente baixas de minerais (ou de minério).
No mar, por sua vez, os minérios são muito mais ricos, ocupam uma área menor e não existe impacto imediato sobre populações. Uma das principais preocupações é o efeito da poeira produzida ao se cavar o fundo do mar, que pode viajar longas distâncias e afetar organismos vivos pelo caminho.
Para entender as possíveis implicações, a expedição britânica realizou um experimento no qual tentou reproduzir os efeitos da mineração para medir a quantidade de pó produzido.

Os resultados preliminares, disse Murton, mostram que a poeira não é facilmente detectada a um quilômetro de distância além da fonte. Isso indica que o impacto da mineração submarina poderia ser mais localizado do que o inicialmente previsto.