No ano passado, foram 477 conexões de sistemas fotovoltaicos.
O Brasil possui apenas pouco mais de oito mil sistemas de microgeração solar em operação.
Desde 2012, quando foi aprovada a regulamentação de microgeração distribuída no Brasil, o estado do Rio de Janeiro vem se destacando no número de instalações de energia solar. No ano passado, foram 477 conexões de sistemas fotovoltaicos, um aumento de 220% em relação ao ano de 2015. Atualmente, de acordo com a ANEEL, já são mais de 800 unidades consumidoras no estado gerando sua própria energia. A queda nos preços, o maior conhecimento sobre a tecnologia e a opção por uma energia renovável são alguns dos fatores para essa expansão.
Uma dessas instalações fotovoltaicas é a do engenheiro civil Luís Otávio Araújo, em Niterói. “Aqui no estado, onde faz muito calor e gastamos demais com ar condicionado, é um ótimo investimento. Minhas contas de energia chegavam a mais de R$ 500 e hoje pago apenas R$ 80. Além disso, sinto que minha propriedade ficou mais valorizada.”
“No verão recebo muitas visitas e mesmo assim estou gerando mais energia do que consumindo. É uma grande satisfação poder contar que minha casa hoje produz energia de forma sustentável e que sou auto-suficiente”, completou.
Segundo Rodolfo Sousa Pinto, presidente da ENGIE Solar, subsidiária da ENGIE Brasil especializada na venda e instalação de sistemas fotovoltaicos, a massificação da energia solar no Brasil segue a tendência mundial.
“Em países como Alemanha, Austrália e Estados Unidos já existem mais de um milhão de sistemas de microgeração solar em operação. O Brasil possui apenas pouco mais de oito mil, mas o crescimento tem sido exponencial. O conhecimento sobre a tecnologia no país tem aumentado e com isso mais e mais pessoas estão investindo em sistemas solares. A ANEEL espera que até 2024 já serão 1,2 milhão de brasileiros gerando sua própria energia”, afirmou Sousa Pinto.
Reinaldo Silva, funcionário público aposentado, é outro consumidor que optou em gerar a própria energia solar. “Sempre ouvi dizer que era caro, mas o preço não é tão elevado se você avaliar a economia que será gerada. Minha conta de energia era em torno de R$622,00. Atualmente está R$278,00. Em períodos de inverno paguei R$132,00.”
A queda no preço nos últimos anos devido à disseminação da tecnologia também abre a possibilidade de melhores formas de pagamento. Atualmente existe, por exemplo, a opção de financiamento em até 72 vezes, o que na prática significa que o investimento no sistema fotovoltaico pode ser abatido pela própria economia na conta de energia elétrica gerada pelo equipamento no decorrer do tempo.
“É uma lógica semelhante com a questão de alugar um imóvel ou comprá-lo. Em vez de pagar um aluguel, muitas vezes é mais interessante financiar o imóvel e pagar as parcelas. No caso da energia, ao adquirir um sistema fotovoltaico de forma parcelada, a pessoa pode usar a economia que esse sistema gerará na conta de energia para pagar pelo equipamento”, explicou Sousa Pinto.
Por exemplo, em uma residência de classe média é possível instalar um sistema fotovoltaico a partir de R$ 17.000,00, gerando uma economia mensal na conta de energia de aproximadamente R$ 185. Essa quantia pode então ser direcionada para o pagamento de boa parte da parcela do equipamento.
Como funciona a tecnologia
Um sistema de energia solar fotovoltaico, também chamado de sistema de energia solar ou, ainda, sistema fotovoltaico, gera energia elétrica por meio da radiação solar. Normalmente instalado nos telhados, é a tecnologia mais popular no planeta para a microgeração distribuída de energia limpa e renovável.
As residências e empresas que possuem esses sistemas produzem a própria energia que consomem, sendo que qualquer excedente é jogado na rede elétrica e se transforma em créditos junto à distribuidora. Esses créditos, que possuem uma validade de cinco anos, são utilizados nos momentos em que a unidade estiver consumindo mais energia do que gerando, como dias de chuva ou à noite.
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