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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Brasileiro cria aplicativo que pode ajudar milhões de pessoas e ganha prêmio da ONU

Pelo site Engenharia é






Para quem tem dificuldades de locomoção, fazer comprar em um shopping, buscar doce em uma doceria ou pão em uma padaria, ou ir a qualquer outro lugar pode ser um grande problema.
E vendo essa dificuldade, Bruno Mahfuz, de 33 anos e cadeirante há 16 anos criou o guiaderodas, um aplicativo colaborativo onde qualquer usuário pode fazer rápidas avaliações sobre a acessibilidade em qualquer estabelecimento.
O aplicativo, foi criado em 2015, e funciona do seguinte modo: é mostrado ao usuário quais estabelecimentos são acessíveis às pessoas que têm dificuldade de locomoção.
Sobre o porque de criar o aplicativo, Bruno disse: “O aplicativo nasceu da minha história de vida. A falta de acessibilidade é clara, mas a falta de informação é o que aumenta a exclusão”.
É muito fácil usar o aplicativo, as avaliações não são nada técnicas. “O app faz perguntas como ‘a entrada é boa?’, ‘tem vaga para deficiente?’, ‘dá pra circular dentro do local?’. A ideia é que todo mundo, mesmo pessoas sem restrição de mobilidade, consiga responder de forma rápida e eficiente”, acrescentou Bruno.

Mais de 70% dos usuários são pessoas que não possuem dificuldade de locomoção, segundo Bruno. “Vejo uma consciência nas pessoas hoje em dia, algo que antes não tinha. Elas querem ajudar.”
Pelo seu grande impacto social e criativo, o aplicativo foi um dos vencedores do World Summit Awards – WSA Mobile, premiação global organizada pela cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas).
Foi escolhido entre as 451 iniciativas de todo o mundo, e um detalhe, foi o único aplicativo brasileiro selecionado. Ele ganhou na categoria “Inclusão e Empoderamento”.
“Esse reconhecimento dá mais combustível para continuar alcançando mais pessoas. A gente engaja a sociedade de uma forma leve, sem apontar problemas, mas como a acessibilidade traz vantagens na vida de qualquer um”, disse Bruno.
Ele ainda acrescenta: “As pessoas acham que acessibilidade é coisa de deficiente. Ela beneficia todo mundo em diversas fases da vida, seja um idoso, alguém com uma contusão, ou uma grávida. Nosso mote é ‘uma ideia quando é boa, é boa para todos’”.

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