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sábado, 28 de julho de 2018

Bateria Matusalém armazena energia verde por décadas

Redação do Site Inovação Tecnológica



Bateria Matusalém armazena energia verde por décadas
A bateria de fluxo orgânica está funcionando em escala de laboratório, mas a intenção é que ela atinja dimensões gigantescas, com tanques semelhantes aos usados em refinarias. [Imagem: Eliza Grinnell]









Bateria Matusalém
Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, sintetizaram uma nova substância orgânica com um tempo de vida que supera de longe suas predecessoras, permitindo criar a bateria de fluxo orgânica de alto desempenho mais duradoura até hoje.
Apelidada de "quinona Matusalém", essa molécula pode armazenar e liberar energia dezenas de milhares de vezes ao longo de vários anos.
Para isso, ela é utilizada em uma bateria de fluxo, também conhecida como bateria estacionária ou bateria líquida.
Nelas, a energia é guardada não na própria bateria, mas em tanques, o que elimina o limite máximo de carga que a bateria pode armazenar. Isso permitirá armazenar qualquer quantidade de energia geradas pelas fontes renováveis, como solar e eólica, eliminando as oscilações naturais destas fontes e garantindo que a rede de distribuição receba sempre um suprimento constante de eletricidade.
"Nós projetamos e construímos um novo composto orgânico que pode armazenar energia elétrica e também tem uma vida muito longa antes de se decompor. Descobrimos os processos de degradação das moléculas que usamos anteriormente em nossas baterias de fluxo. Então criamos moléculas novas e mais estáveis que evitam esses problemas," disse o professor Roy Gordon, que vem trabalhando em suas baterias de fluxo orgânicas há vários anos.
A molécula Matusalém é uma quinona modificada, uma molécula natural abundante que integra processos biológicos como a fotossíntese e a respiração celular.
Os experimentos mostraram uma degradação menor do que 0,01% por dia e menos do que 0,001% de degradação por ciclo de carga e descarga da energia. Extrapolando esses dados, a equipe garante que sua bateria perderia menos de 3% da capacidade de carga por ano - quando ela chegar a um nível inaceitável, bastará trocar a substância nos tanques.

Bibliografia:

Alkaline Quinone Flow Battery with Long Lifetime at pH 12
David G. Kwabi, Kaixiang Lin, Yunlong Ji, Emily F. Kerr, Marc-Antoni Goulet, Diana De Porcellinis, Daniel P. Tabor, Daniel A. Pollack, Alán Aspuru-Guzik, Roy G. Gordon, Michael J. Aziz
Joule
DOI: 10.1016/j.joule.2018.07.005

Celular torna-se principal forma de acesso à internet no Brasil

Com informações da Agência Brasil


Celular-net
A conexão à internet somente pelo celular se tornou a forma mais comum de navegar na web no Brasil.
A conclusão é da pesquisa TIC Domicílios 2017, produzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.Br), vinculado às Nações Unidas e ao Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Em 2017, 49% dos lares brasileiros dependiam de um celular para acessar a rede mundial de computadores.
O índice foi pela primeira vez superior aos domicílios que usam tanto dispositivos móveis quanto computadores de mesa (os chamados desktops) para se conectarem.
Dos lares pesquisados, 19% acessavam a internet mas não possuíam computador.
A exclusividade da conexão móvel está mais presente nas classes de menor renda. Enquanto na classe A o índice de domicílios com acesso à web e computador é de 98%, nas classes D e E esse índice é de apenas 7%. Entre os usuários deste segmento, 80% dependem de um celular pra navegar. Essa prevalência se manifesta também nas áreas rurais (72%) e no recorte de gênero, estando presente mais entre mulheres (53%) do que entre homens (45%).

O fator socioeconômico foi confirmado pelos entrevistados como barreira. A dificuldade de pagar pelo serviço foi apontada como principal obstáculo à conexão, mencionado por 27% dos entrevistados. Os dados revelam desigualdade no acesso à internet em geral com índice na casa dos 30% nas classes D e E e em 99% na classe A.

Espelho da Personalidade ressalta riscos da inteligência artificial

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Espelho da Personalidade ressalta riscos da inteligência artificial
Já pensou ser julgado irresponsável, esquisito e emocionalmente instável por uma única expressão?[Imagem: Niels Wouters]
Psicólogo eletrônico
Pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, projetaram um sistema de inteligência artificial para detectar e exibir os traços de personalidade e atratividade física das pessoas, com base unicamente em uma foto de seu rosto.
Quando alguém fica à frente do "Espelho Biométrico", o sistema detecta uma série de características faciais em segundos. Em seguida, ele compara os dados do usuário com o de milhares de fotos faciais que foram avaliadas por psicometria por um grupo de voluntários.
O Espelho Biométrico apresenta 14 características, de gênero, idade e etnia à atratividade, estranheza e estabilidade emocional. Quanto mais tempo uma pessoa for analisada pelo sistema, mais pessoais se tornam as características traçadas.
Alerta para a artificialidade
Mas o professor Niels Wouters diz que o objetivo da sua equipe é justamente destacar as preocupações que essa tecnologia gera em torno da privacidade, do consentimento, do armazenamento de dados pessoais e, sobretudo, do "viés algorítmico" que esses sistemas de inteligência artificial estão criando na sociedade.
O aparelho está sendo usado como um exercício, em que as pessoas podem fazer diversas poses, e até macaquear, para ver como a máquina as vê de forma diferente a cada momento.
Wouters salienta que, além da possibilidade de uso sem consentimento, a aparente inteligência desses programas é sempre baseada em "dados de treinamento" - análises que podem não ter um nível de precisão adequada, podem usar amostragens não representativas e uma série de outras questões. Em outras palavras, apesar de ensejar anúncios do tipo "Inteligência Artificial interpreta sua personalidade", o programa na verdade usa uma visão popular - os voluntários que analisam as imagens - para interpretar as feições, não sendo capaz de "ver a personalidade real" da pessoa.
Mais do que isso, como já há demonstrações de que os programas de inteligência artificial vão se programar sozinhos, sistemas assim poderão perpetuar seus vieses.
Riscos da inteligência artificial
Quem explica as preocupações e as limitações da tecnologia é o próprio pesquisador.
"Com o surgimento da inteligência artificial e dos megadados, os governos e as empresas usarão cada vez mais câmeras de vigilância e publicidade interativapara detectar emoções, idade, gênero e dados demográficos dos transeuntes.
"Nosso estudo tem como objetivo provocar questões desafiadoras sobre as fronteiras da IA (inteligência artificial). Isso mostra aos usuários como é fácil implementar IA que discrimina de maneiras antiéticas ou problemáticas que poderiam ter consequências sociais. Ao encorajar o debate sobre privacidade e vigilância em massa, nós esperamos contribuir para uma melhor compreensão da ética por trás da IA.
"Embora coletar informações pessoais sobre suas preferências de compras para adaptar um serviço individual possa parecer inofensivo, a captura dessas informações sem o consentimento torna impossível saber se uma previsão é baseada em dados corretos.
"O uso da IA é uma pista escorregadia que se estende para além do reino das compras e da publicidade. Imagine não ter controle sobre um algoritmo que o considera inadequado para cargos de gerência, inelegível para admissão na universidade ou compartilha sua foto publicamente sem o seu consentimento.

"Uma das suas características é escolhida - digamos, seu nível de responsabilidade - e o Espelho Biométrico pede que você imagine que esta informação está sendo compartilhada com sua seguradora ou com um futuro empregador. Este projeto é uma demonstração transparente das potenciais consequências para os indivíduos," disse o professor Wouters.

Drone resistente a impactos dobra-se para não cair

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Drone resistente a impactos dobra-se para não cair
Os braços do quadricóptero são totalmente funcionais, mas podem se dobrar para absorver um impacto. [Imagem: Alain Herzog/EPFL]
Drone flexível
Stefano Mintchev, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, vem-se dedicando há algum tempo a construir drones mais flexíveis, com asas móveis.
Agora ele voltou essa flexibilidade para outro aspecto: permitir que o drone choque-se contra um obstáculo sem se quebrar ou cair, retornando ao voo imediatamente.
O segredo está na técnica do origami, que vem sendo usada em vários projetos na robótica, incluindo drones com braços, robôs voadores com asas que se abrem e fecham e robôs que passam embaixo da porta.
Esses esforços haviam levado até agora a dois tipos de estruturas inspiradas no origami: estruturas rígidas, que têm uma certa capacidade de suportar peso, mas que quebram se essa capacidade for excedida, e estruturas flexíveis, porém resilientes, mas que não podem carregar muito peso.
Mintchev desenvolveu uma estrutura híbrida que pode ser rígida ou flexível dependendo das circunstâncias.
Quando no ar, a estrutura é rígida o suficiente para suportar seu próprio peso e suportar o impulso das hélices do drone. Mas, se o drone se aproximar de algo, ele se torna flexível para absorver o impacto e, assim, minimizar qualquer dano.
A resiliência da estrutura híbrida vem de uma combinação de camadas rígidas e elásticas. Uma membrana de elastômero é esticada e depois colocada entre placas rígidas. Quando o sistema está em repouso, as placas se unem e dão rigidez à estrutura. Quando uma força suficiente é aplicada - durante um impacto, por exemplo - as placas se separam e a estrutura pode se curvar, retornando à posição original assim que a força é retirada.

Bibliografia:

Bioinspired dual-stiffness origami
Stefano Mintchev, Jun Shintake, Dario Floreano
Science Robotics
DOI: 10.1126/scirobotics.aau0275

Marte pode ter lago subterrâneo com água em estado líquido

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Lago subterrâneo em Marte
O hipotético lago subterrâneo em Marte está demarcado pela cor azul, que corresponde às reflexões de radar mais fortes, que foram interpretadas como mostrando a presença de água. [Imagem: USGS Astrogeology Science Center/Arizona State University/INAF]
Lago subterrâneo em Marte
Prosseguindo com a busca incansável por sinais de água em Marte, cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) agora obtiveram um dos sinais mais interessantes das hipotéticas águas marcianas em décadas.
Para isso, Roberto Orosei e seus colegas usaram um radar a bordo da sonda espacial Mars Express, da ESA, que orbita Marte há mais de 15 anos. O instrumento é o MARSIS (Mars Advanced Radar for Subsurface and Ionosphere Sounding, ou radar avançado de Marte para sondagem de supersuperfície e da ionosfera, em tradução livre).
O MARSIS envia pulsos de radar que penetram a superfície e as calotas de gelo nos polos do planeta, depois mede como as ondas de rádio se propagam e refletem de volta para a espaçonave. Os reflexos subsuperficiais, especificamente, fornecem informações sobre o que está abaixo da superfície.
Lago subglacial
Entre maio de 2012 e dezembro de 2015, Orosei e seus colegas usaram o rodar para pesquisar uma região chamada Planum Australe, localizada Polo Sul de Marte.
Eles obtiveram 29 conjuntos de amostragens de radar, mapeando uma área que apresenta uma mudança muito acentuada nos sinais refletidos. A área está cerca de 1,5 km abaixo da superfície do gelo e estende-se lateralmente por cerca de 20 quilômetros.
O perfil de radar dessa área é semelhante ao dos lagos de água líquida encontrados sob os lençóis de gelo da Antártida e da Groenlândia na Terra, sugerindo que há um lago subglacial nesse local em Marte.
Lago subterrâneo em Marte
Radargrama da região do Polo Sul de Marte - um radargrama é uma seção formada por uma sequência de ecos, onde o eixo horizontal é a distância ao longo da trilha horizontal da sonda espacial, o eixo vertical representa o caminho do eco e o brilho é uma função da intensidade do eco. [Imagem: R. Orosei et al. - 10.1126/science.aar7268]
O problema do frio
Embora se espere que a temperatura esteja bem abaixo do ponto de congelamento da água pura mesma nessa profundidade, a equipe salienta que sais dissolvidos de magnésio, cálcio e sódio - que se sabe estarem presentes em rochas marcianas - podem ser dissolvidos na água para formar uma salmoura.
Juntamente com a pressão da camada de gelo superficial, isso reduziria o ponto de fusão, abrindo uma possibilidade real de que o lago permaneça líquido, como acontece na Terra.
A possibilidade de lençóis freáticos marcianos é interessante porque no subsolo pode não se aplicar o chamado Paradoxo de Marte, que contrapõe os sinais superficiais aparentemente feitos por água com o fato de que o planeta nunca parece ter tido temperatura alta o suficiente para ter água líquida.
Recentemente, outra equipe defendeu que os canais de Marte podem ser cicatrizes de impacto, e não sinais de água.

Bibliografia:

Radar evidence of subglacial liquid water on Mars
R. Orosei, S. E. Lauro, E. Pettinelli, A. Cicchetti, M. Coradini, B. Cosciotti, F. Di Paolo, E. Flamini, E.Mattei, M. Pajola, F. Soldovieri, M. Cartacci, F. Cassenti, A. Frigeri, S. Giuppi, R. Martufi, A. Masdea, G.Mitri, C. Nenna, R. Noschese, M. Restano, R. Seu
Science
DOI: 10.1126/science.aar7268

Liquid water on Mars
Anja Diez
Science
DOI: 10.1126/science.aau1829

terça-feira, 24 de julho de 2018

Navio de pesquisa será alimentado por células a combustível de hidrogênio

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Navio de pesquisa será alimentado por células a combustível de hidrogênio
Este poderá ser o primeiro navio de pesquisas científicas totalmente verde e ambientalmente correto. [Imagem: Glosten/Divulgação]
Navio verde e limpo
Engenheiros dos Laboratórios Sandia, nos EUA, afirmam ter demonstrado que é viável construir barcos e navios de pequeno porte totalmente elétricos, nos quais a eletricidade é gerada por células a combustívela hidrogênio.
Células a combustível de hidrogênio existem há décadas, e sempre houve interesse em usá-las - em vez de motores a diesel - principalmente para alimentar navios de pesquisa.
Esses geradores sem partes móveis são uma tecnologia de emissão zero, por isso não contaminam amostras de ar ou água coletadas em áreas ecologicamente sensíveis. Eles virtualmente não fazem barulho, por isso não perturbam a vida marinha e nem interferem com os muitos sensores que os cientistas usam. E não há riscos de vazamentos de óleo.
Já existem pequenos barcos elétricos a hidrogênio, mas a equipe dos professores Lennie Klebanoff e Joe Pratt, dos Laboratórios Sandia, já foi além, construindo uma balsa para 150 passageiros que opera na baía de São Francisco.
Com esta experiência, eles acreditam estar prontos para partir para aventuras mais desafiadoras, construindo um barco de pesquisas capaz de ir da Califórnia ao Havaí sem precisar abastecer.
Zero-V
O projeto do novo barco, batizado de Zero-V, é uma evolução daquela balsa. Mas fazer um barco de pesquisas exigiu rever praticamente tudo, do desenho do casco e da distribuição de peso até os mecanismos de reabastecimento.
"Em vez de ir rápido por curtos períodos e transportar muita gente, o navio de pesquisa vai mais devagar por distâncias muito maiores, transporta menos pessoas e deve permitir a operação de instrumentação científica sensível," justificou Klebanoff.
Enquanto a balsa tem uma autonomia de 160 quilômetros, o Zero-V precisará viajar pelo menos 3.800 quilômetros, o que representa 15 dias de viagem, antes de precisar encher os dois enormes tanques. O abastecimento será feito por caminhões de empresas que já fornecem o hidrogênio para uso industrial, facilitando o recarregamento em qualquer porto.
Os tanques, aliás, foram o grande limitador do projeto, porque ocupam espaço demais. Parte da solução foi adotar um projeto de barco trimarã. Um trimarã tem três cascos paralelos e geralmente é usado para barcos de alta velocidade. O design oferece uma grande quantidade de espaço acima do convés para os tanques e um espaço adequado abaixo dele para outros instrumentos e maquinaria científicos.
Isso permitirá acomodar 18 cientistas e 11 membros da tripulação, além de três laboratórios.
Navio de pesquisa será alimentado por células a combustível de hidrogênio
Detalhe do projeto do navio a hidrogênio. [Imagem: Glosten/Divulgação]
Caro, mas vale a pena
Com o projeto todo pronto e o estudo de viabilidade técnica e econômica finalizado, a equipe agora está procurando financiamento para construir o primeiro protótipo do Zero-V.

"Tal como outras ideias que mudam o jogo, essa abordagem inicialmente parece cara. Mas a energia solar era muito cara há não muito tempo atrás, e agora é acessível e amplamente adotada. As células a combustível de hidrogênio são igualmente uma tecnologia transformadora. Eles produzem energia limpa, silenciosa e não poluente nos navios, ao mesmo tempo em que permitem capacidades científicas superiores," justificou o engenheiro e ambientalista Bruce Appelgate.

Físicos querem encontrar quinta dimensão estudando a gravidade

Com informações da BBC 




Físicos querem encontrar quinta dimensão estudando a gravidade
Já há algumas ideias sobre como "ver" dimensões extras do espaço - alguns físicos acreditam que a matéria escura pode ser extradimensional.[Imagem: Andrew J. Hanson/Indiana University]
Dimensão perdida
"Qual é a 5ª dimensão? Eu sei que a primeira é a altura, a segunda é a largura, a terceira é a profundidade e a quarta, o tempo. Mas ninguém parece saber o que é a quinta!".
Esta pergunta foi enviada por Lena Komaier-Peeters, uma menina de 12 anos, a um programa de divulgação científica da emissora britânica BBC.
Os organizadores do programa foram tentar encontrar alguma pista para responder às perguntas da garota no LHC, o maior experimento científico já construído, onde físicos do mundo todo tentam desvendar os segredos da matéria.
E foram para lá por uma boa razão: algumas teorias indicam que o LHC pode dar pistas sobre os grávitons, hipotéticas partículas que explicariam a força da gravidade e, ao dar essa explicação, poderiam comprovar a existência de dimensões adicionais do Universo.
Físicos querem encontrar quinta dimensão estudando a gravidade
O que sabemos sobre a força da gravidade? Bem pouco. [Imagem: Sandbox Studio/Ana Kova]
Gravidade e múltiplas dimensões
Mas como é que uma explicação para a força da gravidade pode dar pistas sobre a quinta dimensão - e a sexta, e a sétima etc.
"Uma razão muito convincente é que realmente não entendemos por que a força da gravidade é muito mais fraca do que as outras forças fundamentais que experimentamos. Se eu te der um ímã de geladeira e uma chave qualquer, o ímã levantará a chave com muita facilidade. A força magnética desse pequeno ímã supera a força da gravidade da Terra, que é enorme, que puxa a chave na direção oposta.
"A hipótese é que a gravidade pode experimentar dimensões adicionais, enquanto nós não temos essa capacidade. E ela se dissipa nessas outras dimensões e é por isso que sentimos que ela é muito fraca," explicou a física Rakhi Mahbubani, do LHC.
Se essa teoria estiver correta, há uma pequena probabilidade de que uma das partículas subatômicas produzidas nas colisões do LHC seja um gráviton. A física atual estabelece que cada força tem uma partícula relacionada que a transporta - a luz é transportada por fótons e, do mesmo modo, a gravidade deveria teoricamente ser transportada por grávitons. Só que ninguém nunca capturou um deles.
Se, e quando, os grávitons puderem ser capturados, então será possível observar seu comportamento e seus níveis de energia e verificar se eles de fato parecem estar perdendo potência ao mergulhar em dimensões extras do Universo que fogem à nossa percepção.
Físicos querem encontrar quinta dimensão estudando a gravidade
Nas teorias da gravidade quântica, as dimensões podem se evaporar. [Imagem: Ambjørn/Jurkiewicz/Loll]
Gráviton no LHC? Muito difícil
Infelizmente, muitos físicos não são nem um pouco otimistas com um eventual sucesso do LHC em capturar os grávitons
"Temos certeza de que os grávitons existem, o que não temos certeza é que eles podem ser descobertos com o Grande Colisor de Hádrons. Na verdade, é o oposto: você tem que ser muito, muito, muito sortudo para poder encontrar grávitons nessa máquina. Existem teorias e as estamos testando, mas, se os grávitons estivessem lá, poderíamos tê-los visto facilmente e não os vimos, então as probabilidades são mínimas," defende o professor Sean Carroll, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, que também contraria muitos dos seus colegas defendendo que o tempo é mesmo real, e não uma ilusão.
Mesmo assim, acrescenta Carroll, vale a pena continuar procurando por outras dimensões porque, se elas forem encontradas, "tudo o que pensamos sobre as leis fundamentais da natureza mudará: seria uma descoberta transcendental. Se nós não as vemos [as partículas grávitons], isso não significa que elas não estão lá, mas que nossos experimentos ainda não são bons o suficiente. Se continuarmos tentando, vamos achar algum dia."
Físicos querem encontrar quinta dimensão estudando a gravidade
As ondas gravitacionais também poderão mostrar o desaparecimento de dimensões. [Imagem: NASA]
Dimensões escondidas
E então, quando finalmente tivermos sucesso em comprovar a existência de outras dimensões, poderemos "acessá-las"?
"Nós tendemos a acreditar que uma outra dimensão é um lugar aonde você vai e é possuído por criaturas estranhas. E uma dimensão é simplesmente uma direção no espaço. Neste momento, nós conhecemos três, que poderíamos chamar de 'para cima-para baixo', 'para a esquerda e para a direita' e 'para a frente e para trás'," explica Carroll.
Assim, não faz sentido perguntar "Onde está a dimensão para cima-para baixo?" porque ela está em todo o lugar, assim como todas as outras.
"O que sabemos com certeza é que elas estão escondidas de alguma forma, então podem ser muito, muito, muito pequenas, tanto que nunca as veremos - essa é a maneira mais fácil de se esconderem," afirmou o físico.
Mas também há outras possibilidades - os físicos já conseguiram pensar em pelo menos duas.
"Uma é que [as dimensões] são apenas um pouco pequenas, com um milímetro ou um décimo de milímetro. E a outra é que as dimensões são infinitamente grandes, mas não podemos alcançá-las porque estamos presos em um subespaço da dimensão inferior do Universo," disse Carroll.
Isso é algo que os físicos chamam de Teoria das Cordas, ou Teoria das Branas, uma referência a membranas, que limitariam nosso Universo de quatro dimensões dentro de um espaço de dimensionalidade superior.
"Se isso for verdade, pode haver múltiplas branas, múltiplos subespaços de bi, tri, tetra e penta dimensionais paralelos. Nesse sentido, poderia haver mundos paralelos incorporados nessas outras dimensões," disse Carroll.

No fim das contas, algo que parece estar bem comprovado é que os físicos gostam muito de uma dimensão maravilhosa: a da imaginação, o ponto de partida de tantas grandes descobertas.

Meio ambiente: Quando mudar pode deixar as coisas piores que estão

Com informações da New Scientist 



Faca de muitos gumes
Todos conhecem as questões ambientais e sua urgência, e muitos já concordam em fazer sua parte.
Infelizmente, aderir à última moda no movimento ambientalista nem sempre é o caminho adequado para salvar o planeta.
Por exemplo, cortar a carne e os laticínios da sua dieta é uma abordagem válida para reduzir sua pegada ambiental, mas afastar-se do mundo animal não parece ser a melhor opção quando se trata do seu guarda-roupa.
Acontece que as alternativas para as peles e o couro podem simplesmente redirecionar os danos para as criaturas marinhas, porque essas alternativas são feitas de outro ecovilão: o plástico. Os indícios ainda são iniciais, mas apontam que, para o vestuário, alguns tecidos animais podem ser a escolha menos prejudicial para o meio ambiente.
Já se demonstrou também que trocar as sacolas plásticas descartáveis por uma sacola de algodão reutilizável só passa a fazer diferença depois que você a usar 131 vezes. Isso se deve à grande carga ambiental do algodão, que também é o grande responsável pela pegada ambiental das roupas, sem contar seu histórico devastador no uso de agrotóxicos.
Os biocombustíveis também têm sido largamente aclamados como uma alternativa ambientalmente correta aos derivados do petróleo, mas os dados mostram que cultivar plantas para transformá-las em combustível para carros leva ao desmatamento e ao aumento das emissões de carbono.
Trocamos as lâmpadas incandescentes, que gastavam muita energia, por lâmpadas fluorescentes compactas, mas nunca houve um estudo sobre o ciclo de vida dessa substituição, o que deveria ter incluído reciclar seu material eletrônico - o que já sabemos é que "democratizamos" o perigoso mercúrio por todo o planeta.
Também tentamos eliminar os gases usados em geladeiras e ar-condicionados que destroem a camada de ozônio, mas a emenda saiu pior do que o soneto, e os gases que salvaram camada de ozônio agora são acusados de ameaçar o clima, sem contar que também provocam chuva ácida.
Apenas análises iniciais sobre as propostas de geoengenharia, por sua vez, mostram que a geoengenharia climática vai afetar sobretudo os países mais pobres e pode ser um beco sem saída, já que não poderia ser interrompida.

Então o que devemos fazer? Continuar procurando alternativas. Dá trabalho, mas, a longo prazo, é a única escolha que vale a pena fazer.

LED de pontos quânticos vai cortar conta de luz pela metade

Redação do Site Inovação Tecnológica 




Lâmpada de LED de pontos quânticos vai cortar conta de luz pela metade
O processo de fabricação é compatível com as técnicas industriais e a luz branca emitida é de alta qualidade. [Imagem: Sadra Sadeghi et al. - 10.1364/OPTICA.5.000793]
LED líquido
Embora os pontos quânticosembutidos em um filme fino sejam usados atualmente em televisores de LED, a técnica usada para sua fabricação não é adequada para uso generalizado em aplicações de iluminação.
Sadra Sadeghi e seus colegas da Universidade de Koç, na Turquia, abriram caminho para superar esse inconveniente.
Eles desenvolveram uma técnica em meio líquido que permite transferir as partículas semicondutoras nanoscópicas - os pontos quânticos - para o interior de lentes flexíveis transparentes.
Para fabricar os novos QLEDs, Sadeghi preencheu o espaço entre uma lente de polímero e um chip de LED com uma solução de pontos quânticos que foram sintetizados pela mistura de cádmio, selênio, zinco e enxofre em altas temperaturas. A lente foi feita com um tipo de silicone porque sua elasticidade permite injetar as soluções sem vazamento, e a transparência do material permite a transmissão da luz.
Metade da conta de iluminação
Os LEDs brancos de base líquida alcançam uma eficiência duas vezes maior do que os LEDs similares que incorporam os pontos quânticos sobre películas sólidas, e podem ser projetados para emitir luz branca quente, o tipo mais agradável ao ser humano.
O protótipo emite luz branca com uma eficiência luminosa recorde de 105 lumens por watt - a eficiência luminosa é uma medida de quão bem uma fonte de luz usa a eletricidade para gerar luz. Mas a equipe já possui um embasamento teórico que, afirmam, garante que chegarão a um protótipo com 200 lumens por watt.
"Substituir as fontes de iluminação convencionais por LEDs com uma eficiência de 200 lumens por watt diminuiria o consumo global de eletricidade usada para iluminação em mais da metade. Essa redução é igual à eletricidade criada por 230 usinas de carvão típicas de 500 megawatts, e reduziria as emissões de gases de efeito estufa em 200 milhões de toneladas," disse o professor Sedat Nizamoglu, coordenador da equipe.

Bibliografia:

Quantum dot white LEDs with high luminous efficiency
Sadra Sadeghi, Baskaran Ganesh Kumar, Rustamzhon Melikov, Mohammad Mohammadi Aria, Houman Bahmani Jalali, Sedat Nizamoglu
Optica
Vol.: 5, Issue 7, pp. 793-802
DOI: 10.1364/OPTICA.5.000793

sábado, 21 de julho de 2018

China está construindo uma cidade gigante em quatro ilhas artificiais

Pelo site Engenharia é




AChina está construindo uma cidade gigante em quatro ilhas artificiais na Malásia. O desenvolvedor, Country Garden, conta a nova metrópole como “um paraíso dos sonhos para toda a humanidade”.  A cidade será chamada de Forest City  e acomodará mais de 700 mil cidadãos.
A construção das ilhas terá um custo de US $ 100 bilhões, e teve o inicio em 2016. A cidade não deve estar pronta até 2040. Mas uma vez terminada, a cidade estará totalmente equipada com escritórios , parques, rede de transportes públicos, hotéis, restaurantes, lojas, escolas e 250 mil unidades habitacionais.
Existe a preocupação de que a cidade vá ao caminho de muitas novas mega cidades chinesas e se torne uma cidade fantasma. Tem relatados de que quase 60 investidores domésticos retiraram-se do projeto. A falta de compromisso com a qualidade inicial do projeto é um dos motivos para isso. Mais de 500 cidades chamadas de fantasmas foram criadas na China desde a década de 1970.
As cidades são construídas para uma demanda que não existe. Muitas vezes, as cidades são financiadas pelo governo que planeja mover  2 milhões de cidadãos para áreas rurais, em um esforço para combater a pobreza e aumentar a modernização.
Em 2016, apenas 15.000 das 250.000 unidades residenciais disponíveis na Forest City haviam sido vendidas. Embora isso totalize cerca de US $ 2,6 bilhões em vendas, pode não ser suficiente para tornar o empreendimento um sucesso.

Nós temos ignorado uma ferramenta importante na luta contra o aquecimento global

Pelo site Engenharia é







Os habitantes de grandes centros urbanos geralmente pensam em seu impacto no clima global se dá pelo fato de energia suja consumida ou de produtos comprados. Eles podem, no entanto, estar subestimando a importância de algo relativamente simples e que todas as cidades poderiam adotar em maiores escalas. 
O Parque Ibirapuera, por exemplo, removem uma quantidade surpreendente de poluentes da atmosfera, e isso nos prova que as florestas urbanas são uma linha de frente muito negligenciada na luta contra o aquecimento global.
A retirada de poluentes da atmosfera, melhora a saúde dos residentes urbanos. As árvores também refrigeram o ambiente local, fazendo com que as pessoas se adaptem mais facilmente a seus aparelhos de ar-condicionado e contribuem de forma importante para a saúde psicológica dos moradores da cidade.
Uma floresta tropical contém 190 toneladas de carbono por hectare. Como estes são destruídos para dar lugar a fazendas de gado ou plantações de soja, a maior parte desse carbono é liberada na atmosfera, chegando a estimados 15% do aquecimento global induzido pelo homem. 

Nosso planeta está em chamas: veja os recordes de calor registrados nas últimas semanas

Pelo site Engenharia é





Desde os climas de verão normalmente amenos da Irlanda, Escócia e Canadá até o escaldante Oriente Médio, vários locais no Hemisfério Norte testemunharam o clima mais quente já registrado na última semana.
Grandes áreas de pressão de calor ou cúpulas de calor espalhadas pelo hemisfério levaram às temperaturas sufocantes.
Canadian Broadcasting Corporation relata que o calor é responsável por pelo menos 33 mortes no sul do Quebec, a maioria em Montreal, que sofreu altas temperaturas.
No norte da Sibéria, ao longo da costa do Oceano Ártico – onde as observações meteorológicas são escassas – análises de modelos mostraram temperaturas que subiram 22 graus Celsius acima do normal em 5 de julho, para mais de 32 graus Celsius.
“É absolutamente incrível e realmente um dos eventos de calor mais intensos que eu já vi até o norte”, escreveu o meteorologista Nick Humphrey.
Nenhum registro isolado pode ser atribuído ao aquecimento global. Mas, coletivamente, esses registros de calor são consistentes com o tipo de extremos que esperamos ver aumentar em um mundo em aquecimento.
Vamos fazer um tour pelo mundo dos recentes marcos do clima quente.
América do Norte
Uma enorme e intensa cúpula de calor consumiu os dois terços do leste dos Estados Unidos e sudeste do Canadá desde o final da semana passada. Não só tem sido quente, mas também excepcionalmente úmido. Aqui estão alguns dos registros mais notáveis ​​de todos os tempos:
  • Denver teve seu recorde de alta temperatura de todos os tempos de 40,5 graus Celsius em 28 de junho.
  • Mount Washington, NH teve sua temperatura mais baixa de todos os tempos em temperaturas de 15,5 graus Celsius no dia 2 de julho.
  • Burlington, Vermont, estabeleceu sua temperatura mais baixa já registrada de 26,6 graus Celsius no dia 2 de julho.
  • Montreal registrou sua temperatura mais alta na história registrada, com 147 anos, de 97,6 graus Celsius no dia 2 de julho. A cidade também registrou sua combinação mais extrema de calor e umidade no meio da noite .
  • Ottawa publicou seu registro mais extremo de calor e umidade em 1º de julho.
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Greg Porter@NEWeatherRants
The dome of high pressure set to develop this weekend over the eastern US is IMPRESSIVE. Current foretasted strength would make this the strongest ridge of high pressure on record for this time of year over the last 30 years.
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Europa
O calor excessivo incendiou as Ilhas Britânicas no final da semana passada. O calor sufocante fez as estradas e os telhados se dobrarem, informou o Weather Channel, e resultou em recordes de todos os tempos:
  • A Escócia estabeleceu provisoriamente sua temperatura mais quente. O Met Office do Reino Unido informou que Motherwell, a cerca de 12 milhas a sudeste de Glasgow, atingiu 33,2 graus Celsius em 28 de junho, ultrapassando o recorde anterior de 32,9 graus centígrados estabelecido em agosto de 2003 no Greycrook. Além disso, Glasgow teve seu dia mais quente já registrado, atingindo 31,9 graus Celsius.
  • Na Irlanda, em 28 de junho, Shannon atingiu 32 graus Celsius, seu recorde.
  • Na Irlanda do Norte,
    • Belfast atingiu 29,5 graus Celsius em 28 de junho, seu recorde.
    • Castlederg 30,1 graus Celsius em 29 de junho, seu recorde
Oriente Médio

  • Em abril, o Paquistão registrou a temperatura mais quente já observada na Terra  que foi 50.2 graus Celsius.
  • No final de junho de 2017, Ahvaz, no Irã, subiu para 53,7 graus Celsius – a temperatura mais alta de todos os tempos do país.
  • No final de maio de 2017, a cidade de Turbat, no oeste do Paquistão, atingiu 53,5 graus Celsius, igualando a temperatura mais alta do país e a temperatura recorde do mundo em maio.