Powered By Blogger

quinta-feira, 26 de março de 2020

Estudante de 15 anos inventa sonda de US$12 que produz energia à partir de correntes oceânicas

Pelo site Engenharia É


Hannah Herbst, uma adolescente de 15 anos de idade, teve que desenvolver um projeto baseado em um intercâmbio cultural com outro estudante de 9 anos da Etiópia. Onde o objetivo seria entender as dificuldades de sua colega e construir algo que pudesse ajuda-la de forma econômica.
“Eu descobri que ela está vivendo em uma situação de pobreza energética, e ela não tem acesso a coisas que são normais pra mim todos os dias”, explica Herbst justificando sua motivação. “Então um dia eu estava passeando de barco com a minha família e nosso barco estava sendo empurrado de uma lado pro outro pela forte correnteza. Eu pensei, por que não usar esse poder? ”A estudante da Flórida levou seu projeto escolar muito à sério e construiu uma invenção simples, porém bastante impressionante para produzir energia a partir de correntes oceânicas.

Percebendo o potencial de sua idéia, Herbst se inscreveu no desafio para jovens cientistas 2015 Discovery Education 3M e trabalhou com um cientista da 3M para ajudar no conceito e design de seu projeto. O resultado final ganhou o prêmio de 1º lugar da competição.
O protótipo consiste em uma hélice produzida em impressora 3D ligada à um gerador hidroelétrico que permite que as ondas movam as hélices e forneçam energia para o gerador. O projeto de Herbst promove a sustentabilidade através da utilização de energia natural, e também pelo preço acessível que custa apenas US $ 12.
O protótipo simples não é robusto o suficiente para abastecer uma casa, mas seu projeto construído à partir de peças recicladas pode fornecer a energia necessária para mover uma pequena máquina de dessalinização, filtrando a água do oceano e transformando em água potável.
A estudante planeja disponibilizar a patente aberta, com o objetivo de que todos possa ter acesso à invenção que possui peças  relativamente simples. Um projeto que começou com um intercâmbio cultural entre dois jovens de realidades diferentes, terminou com um movimento potencial para produzir eletricidade mais acessível a todos ao redor do mundo.

Geladeira feita de argila ecológica atinge -8º Celsius e se torna a melhor invenção da década

Pelo site Engenharia É


Desenvolvida por uma empresa Mexicana de nome Depresa, em que seu objetivo é criar produtos que facilitam a vida de seus consumidores, principalmente aqueles mais ecológicos ou que possuem baixa renda, assim nasceu Ecoplanet, uma ‘geladeira’ feita com lama e pedra, 100% ecológica que chega a -8º Celsius.
A geladeira possui semelhança a um jarro, visualmente falando e funciona com a física-química básica: uma mistura de cascalho, granzol, mármore, areia úmida e terra é depositada entre dois contêineres e colocada em meia sombra, assim os raios solares evaporam a água da areia úmida, removendo também o calor dos alimentos que ali estão armazenados.Segundo a marca, seu também objetivo principal é abranger aquelas famílias que moram em residências humildes onde não há eletricidade, para que desse modo os alimentos possam ser conservados por mais tempo.
Desde 2015 os produtos da empresa podem ser encontrados no mercado e a boa notícia é que a Ecoplanet foi aceita pelos Governos nos planos de desenvolvimento social, com objetivo de garantir uma melhor qualidade de vida para os mais necessitados ou que moram em áreas rurais.
Os fabricantes distribuíram algumas dessas geladeiras ecológicas pelas cidades mexicanas mais carentes, mas afirmam que a ajuda do Governo será essencial para garantir a produção em massa do produto e assim fazer com que o mesmo possa chegar a mais pessoas.

Mudança dos ventos indica que a camada de ozônio se recuperou

Pelo site Engenharia É


Science Photo Library / Alamy
Arecuperação da camada de ozônio acima da Antártica continua lenta e mas de forma constante. Um sintoma claro desta recuperação é a mudança na circulação atmosférica registrada por pesquisadores da Universidade de Colorado.

Com a destruição da camada observada durante o século XX, padrões dos ventos de latitudes médias se alteraram no hemisfério sul, gradualmente se concentrando no Polo Sul. A célula de Hadley, circulação diretamente relacionada aos ventos alísios, às zonas tropicais úmidas e desertos subtropicais, estava ocupando uma área a cada medição maior.
Alterações nesses fluxos influenciam o clima por alterar a temperatura atmosférica e sem deixar de fora as chuvas, o que pode causar mudanças na temperatura e na concentração salina nos oceanos.

A pesquisadora Antara Benerjee e sua equipe de pesquisadores constataram que essas duas tendências atmosféricas começaram a se reverter ligeiramente nos anos 2000 e continuam até hoje.
Esta reversão começou 12 anos após a aprovação do Protocolo de Montreal, que baniu a produção de artigos que destroem a camada de ozônio.

Apesar de já ter ultrapassado o ponto de reversão há 20 anos, hoje observamos uma camada de ozônio equivalente aos níveis dos anos 80. A regeneração completa da camada deve acontecer por volta de 2030 no hemisfério norte e em 2050 no hemisfério sul, sendo que o buraco da Antártica deve ser recuperar no final da década de 2060.
De acordo com HypeScience, a regeneração da camada é lenta porque as substâncias destruidoras de ozônio têm vidas muito longas na atmosfera.

sábado, 21 de março de 2020

Coronavírus: os sites em tempo real que mostram dados de mortes, curvas de contágio e mutações

Pela BBC - Brasil


Coronavirus visto pelo microscópio
Coronavirus visto pelo microscópio
A pandemia do novo coronavírus tem sido marcada por diversas características, como a transmissão do vírus por pessoas sem sintomas, o gigantesco impacto econômico, as quarentenas de milhões de pessoas e o acompanhamento em tempo real do avanço da doença pelo mundo.
Para tornar o volume extraordinário de dados em informações compreensíveis para a população, especialistas, veículos jornalíticos e autoridades de saúde criaram sites interativos nos quais é possível acompanhar quase em tempo real a evolução do número de infectados e mortos por dia e localidade, entre outros dados.
A exemplo do mapa abaixo, produzido e atualizado pela BBC.
Mas há algumas limitações em todos esses sites, que podem ser até complementares.
Vale lembrar que não se recomenda usá-los para comparar o avanço da doença entre países, já que alguns adotam a política de testes em massa da população e outros afirmam que o importante é se concentrar em tratar quem apresenta sintomas graves (e não identificar todo mundo que está infectado).
Por outro lado, os números de mortos apresentados nesses sites têm uma subnotificação menor que o de infectados, dada a quantidade de pessoas que não apresentam sintomas da doença ou não chegam a recorrer a unidades de saúde.
De todo modo, eles oferecerem um panorama da situação da doença no mundo.
Conheça abaixo cinco desses sites, todos em inglês.

Universidade Johns Hopkins

O painel online da prestigiada instituição americana de ensino se tornou uma referência durante a pandemia, principalmente pela agilidade da atualização dos dados.
A ferramenta, que pode ser acessada neste link, apresenta mapa com os casos registrados e listas com os números de infectados, mortos e curados, separados por país ou região.
painel da johns hopkins
painel da johns hopkins
Há também infográficos com a evolução diária dos casos, mas não há separação geográfica desses dados especificamente.

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Braço para a saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), o órgão centraliza informações e recomendações em torno da crise.
O site da OMS pode ser acessado neste link e é bastante parecido com o da Universidade Johns Hopkins, já que ambos foram desenvolvidos com a mesma ferramenta ArcGIS.

Universidade de Washington

Um dos diferenciais do site criado por essa instituição de ensino americana é a possibilidade de explorar separadamente as curvas de contágio, ou seja, o avanço do número de infectados e de mortos por dia e por país.
painel da universidade de washington
painel da universidade de washington
O site, atualizado com menos frequência que o da Johns Hopkins, pode ser acessado neste link.
Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, a velocidade de propagação do novo coronavírus no Brasil tem repetido o padrão dos países que mais sofrem com o avanço da covid-19, como Alemanha, França e Reino Unido.

Worldometer

O site especial sobre coronavírus do Worldometer — plataforma internacional colaborativa alimentada por programadores, pesquisadores e voluntários — tem a maior quantidade de informações sobre as pessoas atingidas pela pandemia.
A ferramenta, que pode ser acessada neste link, se baseia em dados da Organização Mundial da Saúde e de governos, além de artigos científicos e textos jornalísticos publicados sobre o tema.
plataforma do worldometer
plataforma do worldometer
No Worldometer, é possível encontrar uma espécie de Wikipedia estatístico, com dados como o perfil dos mortos, testes realizados, o número de casos por 1 milhão de habitantes, as curvas de contágio em cada país e uma tabela que separa o número de pacientes em estado mais grave de saúde.

Nextstrain

Plataforma científica colaborativa apresenta o mapeamento genético do vírus a partir da análise de casos ao redor do mundo. Isso permite, por exemplo, identificar padrões de disseminação da doença.
painel da nextstrain
painel da nextstrain
O site, que pode ser acessado neste link, traz uma animação para acompanhar as cadeias de transmissão de um país para outro a partir dessas variações do vírus encontradas.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Microrredes prometem acabar com blecautes e apagões

Redação do Site Inovação Tecnológica



Microrredes prometem acabar com blecautes e apagões
Outra mudança proposta para garantir um fornecimento de eletricidade mais estável é a mudança da corrente alternada para a corrente contínua.
[Imagem: Cortesia CUNY]

Microrredes de energia
Pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá, em parceria com colegas canadenses, desenvolveram uma nova tecnologia de distribuição de eletricidade que promete limitar ou mesmo por um fim nas quedas de energia e nos apagões.
A ideia é substituir a atual rede de distribuição de energia - um sistema nacional interligado e integrado - por várias microrredes, redes de pequeno porte independentes, operando como ilhas individuais.
Essas redes podem se desconectar da fonte de alimentação principal e funcionar independentemente, evitando as quedas de energia locais e, pior do que isso, uma queda em cascata das várias subestações, que leva aos tão temidos apagões.
Esses sistemas de ilhas fornecerão eletricidade para áreas geográficas menores, como cidades ou mesmo grandes bairros. No caso de uma falha no sistema principal, o sistema de operação da rede local manterá as luzes acesas.
"A microrrede reconhecerá o problema no sistema de energia principal e se isolará, evitando quedas de energia anteriormente inevitáveis," explicou o engenheiro Yuri Rodrigues.
Sistema de distribuição sustentável
É claro que um suprimento contínuo de energia nesse esquema de microrredes dependerá de geradores disponíveis localmente, uma mudança em relação aos atuais sistemas baseados em usinas gigantescas. Fontes renováveis, como eólica e solar, além de sistemas de armazenamento de energia, como as baterias de fluxo, são candidatos naturais para esse novo cenário no suprimento energético.
Mas o próprio sistema de microrredes pode ajudar nisso, distribuindo a energia em um nível mais "diluído", permitindo que a energia flua por períodos mais longos sem se esgotar. Sem contar que a economia de energia pode manter a rede insular em operação pelo maior tempo possível.
"Existem muitos componentes que compõem um sistema de energia, desde a geração até a distribuição, antes que a eletricidade chegue às tomadas dos consumidores," disse Yuri. "Criar um sistema mais autossuficiente, robusto e sustentável é a chave para criar uma experiência confiável e livre de blecautes para os consumidores de energia do futuro".
Bibliografia:

Artigo: Improving the autonomy of islanded microgrids through frequency regulation
Autores: Yuri Rodrigues, Maíra Monteiro, Morad Abdelaziz, Liwei Wang, Antonio Z. de Souza, Paulo Ribeiro
Revista: International Journal of Electrical Power & Energy Systems
DOI: 10.1016/j.ijepes.2019.105499

Brasil produzirá lítio minerando barragens de rejeitos

Com informações da Agência Brasil




Brasil produzirá lítio minerando barragens de rejeitos
O BNDES financiou o projeto de mineração do lítio a partir dos rejeitos das barragens de mineração.
[Imagem: AMG Mineração/Divulgação]

Lítio e tântalo
Duas antigas barragens de mineração, desativadas desde 2018, vão se transformar em novas minas para a produção do valioso lítio, o metal com que são feitas as melhores baterias atualmente no mercado.
As duas barragens foram criadas durante a mineração do também valioso mineral tântalo, usado em componentes eletrônicos - principalmente capacitores -, superligas metálicas para a indústria aeroespacial e ligas duras resistentes à corrosão - o Brasil é o principal produtor de tântalo do mundo, com cerca de 23% da produção mundial.
Diversos outros elementos ocorrem em associação nos minérios de tântalo, incluindo o lítio. A AMG Mineração S.A. decidiu extrair o lítio contido no rejeito porque ambas as barragens são do tipo a montante, que foram proibidas no Brasil pela Agência Nacional de Mineração (ANM) depois dos rompimentos das barragens em Brumadinho e Mariana.
Está prevista a produção de 90 mil toneladas por ano do concentrado de lítio. Todo o material extraído nos três primeiros anos já está negociado com empresas da China, o que resultará no aumento em 10 vezes da produção nacional de concentrado de lítio, insumo considerado de alto valor agregado e de crescente demanda internacional.
"É emblemático para o Brasil. Hoje o país produz 9 mil toneladas de concentrado de lítio por ano. Esse projeto multiplica por dez a capacidade de produção do Brasil de concentrado de lítio. O projeto passa a produzir 90 mil toneladas por ano e isso insere o Brasil como fornecedor relevante nessa cadeia de alto valor," disse Flávio Mota, chefe do Departamento de Indústria de Base e Extrativa do BNDES, que financiou parte dos R$ 221 milhões que o projeto custou.
Rejeito de barragem vira mina
As barragens estão localizadas em uma mina operada há 38 anos pela AMG, que integra um grupo holandês com atuação nos setores de mineração, metalurgia e engenharia de materiais.
A empresa identificou que, nos rejeitos do tântalo, principal elemento químico explorado no local, há um nível de concentrado de lítio que justifica sua exploração econômica - a mina principal extrai o tântalo a partir do mineral espodumênio.
O projeto vai contribuir para a descaracterização das duas barragens desativadas e dar um fim econômico aos rejeitos, reduzindo os riscos para a população. Quando as reservas das barragens se esgotarem, a nova planta de processamento continuará sendo abastecida pelos novos rejeitos gerados continuamente durante a mineração do tântalo.
O projeto gerou 2 mil postos de trabalho indiretos durante as obras e 130 novos empregos na nova planta.
O BNDES anunciou que trabalha para identificar ou receber projetos com impacto social e ambiental de outras empresas de mineração que estejam planejando dar um uso racional aos seus resíduos.
"Hoje tem aplicações diversas para esses resíduos, que têm impactos sociais muito diretos. Por exemplo, estuda-se utilizar a aplicação de rejeitos na fabricação de tijolos para a construção de casas, outra alternativa é na fabricação de material asfáltico para fazer rodovia e pavimentação. Então, existem outras aplicações. O BNDES tem contato com alguns parceiros no intuito de estudar e ajudar a viabilidade desses projetos de dar uma aplicação aos rejeitos," disse Flávio.

Prédio modular de madeira promete pegada de carbono zero

Redação do Site Inovação Tecnológica


Edifício modular de madeira

Ainda não são os arranha-céus de madeira resistentes a terremotos que a tecnologia promete, mas é mais uma demonstração de que a construção civil pode estar achando um caminho mais sustentável para viabilizar os prédios de madeira.
Engenheiros e arquitetos do MIT estão trabalhando com a empresa de engenharia Placetailor em um prédio de madeira laminada para demonstrar que a madeira também pode ser usada em construções modulares, que saem mais baratas e podem ser erguidas mais rapidamente.
O edifício, que será construído na cidade de Boston, será montado no local principalmente a partir de subunidades construídas em uma fábrica, de forma a baixar o custo de construção.
E, segundo seus criadores, o edifício será tão eficiente em termos de energia que suas emissões líquidas de carbono serão essencialmente zero.
Segundo o engenheiro John Klein, líder do projeto, a construção de prédios modulares de madeira está sendo viabilizada por desenvolvimentos tecnológicos recentes, envolvendo a produção de componentes de madeira em larga escala, com a tradicional madeira maciça, e o uso de novas técnicas para a fabricação de materiais de madeira em escala industrial.
Entre esses materiais industriais destaca-se a madeira laminada cruzada, um produto de madeira colada em várias camadas, com as fibras orientadas perpendicularmente entre uma camada e outra.
Prédio de madeira modular pode ter pegada de carbono zero
A maior parte do edifício de madeira será feita em uma fábrica e montado no local.
[Imagem: Generate Architecture and Technologies]
Edifícios com baixa emissão
Fruto de uma colaboração chamada "Projeto de Demonstração de Casa Passiva", o edifício consistirá em 14 unidades residenciais de vários tamanhos, além de um espaço de trabalho no térreo.
Klein e seus colegas modelaram nove versões diferentes de um edifício de madeira maciça de oito andares, juntamente com uma versão de aço e outra de concreto do mesmo prédio, todas com a mesma escala e especificações gerais. Sua análise mostrou que os materiais para o edifício à base de aço produziriam as maiores emissões de efeito estufa - a versão de concreto produziria 8% menos, enquanto a versão do edifício de madeira maciça produzirá 53% menos.
Como os elementos estruturais de madeira são naturalmente bons isolantes, as necessidades de energia do edifício para aquecimento e resfriamento serão reduzidas em comparação à construção convencional, disse Klein. Esses elementos também produzem muito bom isolamento acústico, além do que o edifício foi projetado para ter painéis solares no telhado, o que ajudará a compensar o uso de energia do edifício.

sábado, 14 de março de 2020

Coronavírus em tempo real: mapa interativo mostra regiões mais afetadas do globo

Fonte: Johns Hopkins University e BBC News


Desde o começo de 2020, não há assunto mais comentando que o novo coronavírus, conhecido como SARS-CoV-2. Descoberto na China no final de dezembro, o vírus é responsável por milhares de internações e óbitos. A doença COVID-19 chegou a pelo menos 114 países — inclusive, ao Brasil —, é oficialmente uma pandemia, como anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Nas últimas duas semanas, o número de casos da COVID-19 fora da China aumentou 13 vezes e o número de países afetados triplicou", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a respeito da mudança de classificação. Isso acontece porque muitos países são afetados ao mesmo tempo por essa enfermidade.
Para organizar todos os dados e fontes sobre o tema, pesquisadores da Johns Hopkins University construíram e atualizam regularmente um painel online que rastreia a disseminação mundial do surto de coronavírus, conhecido como SARS-CoV-2.

Universidade lança mapa interativo sobre os casos do coronavírus no mundo 

Entenda o mapa do coronavírus

Segundo Lauren Gardner, professora de engenharia civil e co-diretora da CSSE, na Johns Hopkins, "criamos esse painel porque achamos importante que o público entenda a situação do surto à medida que ela se desenvolve com fontes de dados transparentes". 
"Para a comunidade de pesquisa, esses dados se tornarão mais valiosos à medida que continuarmos a coletá-los ao longo do tempo", completa uma das responsáveis pelo projeto. Por isso mesmo, o site exibe estatísticas sobre mortes e casos confirmados de coronavírus em um mapa mundial. Nele também é possível que os visitantes baixem os dados gratuitamente.
Fique por dentro:
    Para Gardner, disponibilizar os dados para download é "crítico" para os pesquisadores. Por enquanto, a plataforma ainda não prevê para onde o vírus, provavelmente, se espalhará. Essa função que depende de estáticas e algoritmos mais calibrados.No ano passado, Gardner e uma equipe de pesquisadores identificaram 25 regiões dos EUA com maior probabilidade de sofrer com os surtos de sarampo. Essa análise preditiva foi publicada na revista The Lancet Infectious Diseases e estava baseada no volume de viagens aéreas internacionais, isenções não médicas de vacinas infantis, dados populacionais e informações relatadas sobre surtos de sarampo.

    Como funciona?

    As estatísticas que permitem a visualização de dados são coletadas de diferentes fontes, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, da Comissão Nacional de Saúde da República Popular da China e do Dingxiangyuan — uma espécie de rede social chinesa para profissionais de saúde que fornece, em tempo real, informações sobre novos casos.
    Gardner explica que esses levantamentos, provenientes de diferentes fontes, "podem fornecer avaliações mais oportunas do surto, em comparação com as organizações de relatórios em nível nacional, que levam mais tempo para filtrar." Inclusive, alguns veículos de imprensa como Newsweek, PBS News Hour e ABC News já citaram o novo painel em seus relatórios sobre o surto.
    Atualmente, o site registra mais de 137 mil casos da COVID-19 e 5 mil óbitos em decorrência da infecção no mundo todo. De acordo com o que pode ser visto, a maioria dos casos registrados ainda é na China (são mais de 80 mil), mas em segundo lugar está a Itália (mais de 15 mil). Além disso, o Brasil já registra 151 casos na plataforma. Confira o mapa aqui.

    Supermicroscópio filma mundo quântico

    Redação do Site Inovação Tecnológica

    Supermicroscópio filma mundo quântico
    Os pulsos ultracurtos da câmera de attossegundos revelam o tunelamento no qual os elétrons (azul) superam a lacuna entre a ponta e a amostra, mostrando um pacote de ondas eletrônicas (onda colorida) com resolução espacial atômica.
    [Imagem: Christian Hackenberger]

    Microscópio ultra-rápido para o mundo quântico
    A operação de componentes para os computadores do futuro agora pode ser filmada em qualidade HD, por assim dizer.
    Manish Garg e Klaus Kern, do Instituto Max Planck de Pesquisa do Estado Sólido, na Alemanha, desenvolveram um microscópio capaz de filmar os processos extremamente rápidos que ocorrem na escala das moléculas, átomos e partículas subatômicas.
    Esse microscópio - uma espécie de câmera HD para o mundo quântico - permite o rastreamento preciso dos movimentos dos elétrons até o átomo individual.
    Com isto, ele deverá fornecer informações essenciais para o desenvolvimento de componentes eletrônicos extremamente rápidos e extremamente pequenos.
    Quando se trata de analisar esses processos para otimizar os transistores ou os qubits, por exemplo, vídeos dos elétrons são de grande benefício.
    Câmera de attossegundos
    Para alcançar a capacidade de filmar elétrons, os pesquisadores aprimoraram sua "câmera de attossegundos", desenvolvida nos últimos dois anos, e a integraram a um microscópio eletrônico - um attossegundo é um bilionésimo de bilionésimo de segundo; nesse tempo, a luz percorre o comprimento de uma molécula de água.
    Os pulsos de laser ultracurtos da câmera são usados em conjunto com um microscópio de varredura por tunelamento, que alcança resolução em escala atômica varrendo uma superfície com a ponta mais fina possível, idealmente composta de apenas um átomo.
    Recebendo energia pela ponta, os elétrons tunelam entre a ponta e a superfície, isto é, eles atravessam o espaço intermediário, embora originalmente não tenham energia suficiente para isso. Como a eficácia desse processo de tunelamento depende fortemente da distância que os elétrons precisam percorrer, ele pode ser usado para medir o espaço entre a ponta e uma amostra e, portanto, para representar até átomos e moléculas individuais na superfície da amostra.
    Os pesquisadores dispararam os pulsos extremamente curtos de luz na ponta do microscópio para acionar o processo de tunelamento. O resultado é uma câmera de alta velocidade para o mundo quântico, capaz de alcançar uma alta resolução, mostrando precisamente onde o elétron filmado está localizado no átomo individual.
    "Ao combinar um microscópio de varredura de tunelamento com pulsos ultrarrápidos, foi fácil usar as vantagens dos dois métodos para compensar suas respectivas desvantagens," disse Manish Garg.
    Supermicroscópio filma mundo quântico
    Esquema de funcionamento do microscópio para o mundo quântico.
    [Imagem: Garg/Kern - 10.1126/science.aaz1098]
    Eletrônica baseada na luz
    A técnica promete bem mais do que permitir rastrear o caminho dos elétrons através dos processadores e chips do futuro: ela pode levar a uma aceleração dramática dos próprios portadores de carga, os elétrons.
    "Nos computadores de hoje, os elétrons oscilam a uma frequência de um bilhão de hertz," descreveu Kern. "Usando pulsos de luz ultracurtos, pode ser possível aumentar sua frequência para um trilhão de hertz."
    Com este turbocompressor, os pesquisadores podem abrir caminho para a eletrônica baseada em ondas de luz, e não mais em elétrons, alcançando milhões de vezes mais velocidade do que os computadores atuais por meio dos processadores fotônicos.
    Portanto, o microscópio ultrarrápido não só filma os processos no mundo quântico, ele também pode atuar como diretor, interferindo nesses processos.
    Bibliografia:

    Artigo: Attosecond coherent manipulation of electrons in tunneling microscopy
    Autores: Manish Garg, Klaus Kern
    Revista: Science
    Vol.: 367, Issue 6476, pp. 411-415
    DOI: 10.1126/science.aaz1098

    Saiba como Taiwan conseguiu parar o coronavírus usando a tecnologia

    Pelo Canaltech


    O novo coronavírus (SARS-CoV-2) teve origem na China e muita gente até se esqueceu que países vizinhos, como Taiwan e Hong Kong, e outros próximos, como Cingapura, não tiveram a mesma alta incidência de contágios e mortes. Quando olhamos para a Itália, que é bem mais distante e vive uma situação crítica, fica a pergunta: como essas localidades tão próximas conseguiram parar a pandemia?
    Basicamente, agindo proativamente e de maneira muito rápida, a partir das experiências com crises anteriores — em especial a SARS, que em 2003 deixou relativamente menos vítimas que a COVID-19 na China, mas assustou bastante a população e causou tanto estrago quanto a nova ameaça. Em 2004, Taiwan, que fica a apenas 130 quilômetros da China continental, criou mecanismos de defesa com uma lista de 124 "itens de ação", incluindo controles de fronteiras, políticas escolares e de trabalho, planos de comunicação pública e avaliações de recursos de hospitais.
    <em>Imagem: Reprodução/DW</em>
    Imagem: Reprodução/DW
    Assim, no final de 2019, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) recebeu da China notificações sobre uma “pneumonia desconhecida” em Wuhan, as autoridades taiwanesas já ficaram em alerta, antes mesmo dos vizinhos perceberem que se tratava do novo coronavírus. No dia 20 de janeiro, o Centro de Controle de Doenças entrou em contato com o Centro Nacional de Saúde e equipes treinadas identificaram a possibilidade de surto e a gravidade da situação.
    Um estudo do Centro de Dinâmicas de Doenças Transmissíveis da Universidade de Harvard estima que Cingapura detecta quase três vezes mais casos que a média global devido à sua forte vigilância de doenças e rastreamento rigoroso de contato dos infectados.

    Banco de dados foi essencial

    Taiwan, Cingapura e Hong Kong agiram de forma semelhante, cruzando os bancos de dados sobre a situação dos pacientes e as ações no sistema médico dos países. Todos que apresentaram condições da COVID-19 foram analisados em tempo real, a partir do dia 27 de janeiro, e tiveram prioridade no atendimento — o histórico de viagens e sintomas foi registrado e, de forma ágil, estava à disposição dos médicos.
    Todos que chegaram a Taiwan foram averiguados com formulários online, criados especialmente para esse tipo de ameaça. Quem havia viajado nos últimos 14 dias fora das áreas de risco recebeu mensagens por celular com um atestado de saúde, para facilitar a entrada no país. Em 72 horas, o governo conseguiu separar as pessoas com possibilidade de contágio das outras, com a ajuda do monitoramento via dispositivos móveis. Os diagnósticos chegaram a determinar a doença em até 20 minutos.
    Um dos contaminados foi encontrado no meio de 133 pessoas por meio de registros de saúde. Todos os pacientes com sintomas respiratórios graves foram avaliados e o infectado foi imediatamente levado para o processo de recuperação. Quem ficou de quarentena também recebeu um tratamento especial, com avaliações constantes, suporte psicológico diante do isolamento e exames sobre o estado de saúde.

    Esquema especial para viagens marítimas

    Além de tudo o que foi citado acima, foram criados protocolos especiais para viagens, como um esquema especial para os passageiros que chegavam pelo mar, principalmente os cruzeiros. Enquanto a China, por exemplo, concentrava-se nos aeroportos, Taiwan não somente verificava as chegadas aéreas como também as marítimas. Tudo isso teve apoio financeiro do governo. Em Cingapura, por exemplo, trabalhadores independentes foram alistados e receberam cerca de US$ 75 por dia para auxiliar os profissionais já presentes na rede pública.
    <em>Imagem: Reprodução/DW</em>
    Imagem: Reprodução/DW
    Linhas telefônicas gratuitas foram disponibilizadas para receber relatos das pessoas com suspeitas da COVID-19. E mesmo quando o atendimento ficou congestionado, as redes municipais foram acionadas pelas autoridades federais, que exigiram soluções locais para cada praça, incluindo checagem constante.
    Como dá para notar, o fato de Taiwan, Cingapura e Hong Kong não apresentarem tantas confirmações do novo coronavírus e casos fatais da COVID-19 não se trata de sorte. Planejamento, execução ágil e correta, e integração de dados com união de esforços de várias agências e da própria população foram determinantes.

    sexta-feira, 13 de março de 2020

    A Rússia pretende enviar uma missão tripulada à Lua em 2031

    Pelo site Engenharia É



    Aprimeira missão tripulada russa para a Lua deve começar em 2031, com a perspectiva de fazer lançamentos semelhantes anualmente nos anos seguintes.
    No ano seguinte, os cosmonautas russos terão que realizar os testes do equipamento robótico, bem como realizar percursos de longa distância e, finalmente, em 2034, a construção de uma base lunar russa começará.“O objetivo da missão: enviar uma tripulação para a Lua”, diz o calendário da missão para o ano de 2031.

    Cada expedição terá dois lançamentos de foguetes, um dos quais colocará a nave com a tripulação na órbita, enquanto o segundo enviará o sistema de pouso e decolagem e outros equipamentos ao espaço.
    As missões tripuladas serão precedidas de lançamentos de testes, a serem realizados em 2028 e 2029, segundo o documento. 

    Casa de campo sofisticada foi construída com 90% de madeira recuperada

    Pelo site Engenharia É


    Quando Anna e Donovan Watt compraram uma bela casa nos arredores de Seattle, eles encarregaram a Targa Homes de Seattle de criar uma casa no quintal para adicionar uma unidade de aluguel à propriedade. O resultado é um aluguel de dois quartos com 200 metros quadrados com economia de energia e construído com 90% de madeira recuperada.
    Localizada em Shoreline, Washington, a casa sustentável foi criada por Sean Conta, designer-chefe da Targa Homes. Trabalhando em colaboração com Anna e Donovan, o conceito girava em torno da criação de uma unidade de eficiência energética que o casal pudesse alugar por uma renda extra. Mas a casa do quintal resultante foi tão incrível que o casal decidiu morar nela enquanto alugava a casa maior.
    Para reduzir custos e impacto ambiental, a Conta contava com o maior número possível de materiais recuperados. O designer conseguiu revestir a cabana do quintal em 90% de madeira de abeto recuperada e com 100 anos de idade. Além disso, a casa foi elevada do chão por alguns metros, a fim de reduzir seu impacto na paisagem. O abandono da fundação usual de lajes de concreto significou que a construção foi concluída em menos tempo e com pouquíssimos danos à terra. “Não houve escavação, portanto não houve interrupção da hidrologia do solo”, explicou Conta.

    Para reduzir custos e impacto ambiental, a Conta contava com o maior número possível de materiais recuperados. O designer conseguiu revestir a cabana do quintal em 90% de madeira de abeto recuperada e com 100 anos de idade. Além disso, a casa foi elevada do chão por alguns metros, a fim de reduzir seu impacto na paisagem. O abandono da fundação usual de lajes de concreto significou que a construção foi concluída em menos tempo e com pouquíssimos danos à terra. “Não houve escavação ou escavação, portanto não houve interrupção da hidrologia do solo”, explicou Conta.
    Para manter uma temperatura interior confortável e reduzir os custos de eletricidade, a casa possui um envelope hermético, graças a um ventilador de recuperação de energia de última geração e isolamento de alta qualidade. Apenas no caso de o sol romper com o clima tipicamente nublado da região, existe um deck de 200 pés quadrados que permite ao casal entreter os convidados.
    Confira as imagens abaixo: