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domingo, 30 de abril de 2017

Caroço de açaí pode virar fonte de energia renovável no Pará

Pelo site Pensamentoverde


Iniciativa impedirá que mais de 200 mil toneladas métricas de dióxido de carbono 
sejam lançados na atmosfera




Até então, os caroços da fruta era despejados nas ruas e esgotos e prejudicavam o meio ambiente.


O Banco Interamericano de Desenvolvimento (IDB) está contribuindo financeiramente com as famílias de baixa renda do Estado do Pará, na busca de estimular a produção de materiais utilizados pelas usinas de biomassa. Do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), cerca de dois milhões de dólares serão aplicados no processamento do açaí, com o intuito de tornar essas famílias fornecedoras do material.
Tipicamente da região, o açaí é um dos principais ingredientes na mesa dos paraenses. Pelo fato da grande incidência local, o caroço da fruta é costumeiramente descartado nas ruas, esgotos e rios, o que acaba resultando em uma série de consequências negativas para o meio ambiente.
Contando com os recursos do Fumin, a ideia é que uma rede de produtos de polpa de açaí e catadores de lixo, criada justamente para o projeto, seja responsável pela coleta desses caroços, aproveitando-os como matéria-prima para geração de energia renovável. “Essa abordagem inovadora vai transformar um crescente problema ambiental em uma oportunidade de negócio verde”, afirma a líder da equipe do projeto, Lorena Mejicanos Ríos.
Em conjunto da criação da nova rede, está em desenvolvimento um plano logístico para criação de estações de coleta e transporte do material para a responsável pelo processamento dos caroços em biomassa. A estimativa é de que o projeto gere novas formas de renda para 2400 produtores de polpa e 360 catadores de resíduos, além de 65 novos postos de trabalho.
“Esperamos que este projeto inspire a cultura da reciclagem e ofereça lições importantes para iniciativas semelhantes em toda a América Latina e no Caribe”, explana Lorena. Vale destacar ainda o auxílio do projeto na luta contra a emissão de gases de efeito estufa, já que, através da iniciativa, cerca de 234 mil toneladas métricas de dióxido de carbono deixarão de ser soltos na atmosfera.

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