Redação do Site Inovação Tecnológica
O SolarStratos voará a uma altitude três vezes maior que o Monte Everest. [Imagem: SolarStratos/Divulgação]
Solar Stratos
Depois de três anos de planejamento e construção, o primeiro avião solar estratosférico fez seu primeiro voo de teste na Suíça.
O Solar Stratos mede 8,5 metros de comprimento, tem uma envergadura de 24,9 metros e pesa 450 quilogramas.
Suas asas estão cobertas por 22 metros quadrados de placas solares com eficiência entre 22 e 24%, o que será suficiente para prover os 32 kW necessários para alimentar seu motor rodando a 2.200 rpm. Baterias de íons de lítio podem armazenar até 20 kWh para segurança e voos noturnos.
O Solar Stratos é bem menor do que o também suíço Solar Impulse, projetado para voos de longa duração, que mede 22 metros de comprimento, tem uma envergadura de 72 metros e pesa 2,3 toneladas.
Mas o orçamento também foi menor: o Solar Impulse, que deu a volta ao mundo em 2016, custou 172 milhões de francos, enquanto o Solar Stratos custou apenas 10 milhões.
Avião na estratosfera
"Ficamos um pouco nervosos por não saber se tudo o que fizemos nos últimos três anos daria certo. Para mim e toda a equipe foi um momento emocionante," afirmou Raphael Domjan, idealizador do avião solar.
A expectativa do aventureiro é conseguir voar a 25 mil metros de altitude em 2018, três vezes mais do que a altitude do Monte Evereste, desta forma atingindo a estratosfera. Será um feito histórico na história da aviação solar e da aviação com motores elétricos.
A equipe estima que a viagem à estratosfera e o retorno ao aeroporto irão durar aproximadamente cinco horas e meia: duas horas e meia até o ponto mais elevado, seguidos por um voo em altitude estável de 15 minutos, para curtir a paisagem e dar firmeza ao feito, e três horas de retorno.
[Imagem: SolarStratos/Divulgação]
Turistas estratosféricos
Se tudo der certo, Domjan já tem planos para o que fazer a seguir com a tecnologia.
Um deles seria oferecer o primeiro voo comercial em altitudes elevadas e, dessa forma, fazer concorrência a empresas de balões como a Zero2Infinity e a WorldView, que pretendem levar turistas quase à fronteira do espaço.
Outra ideia são drones estratosféricos para dar suporte aos satélites de comunicação ou substitui-los. Esses drones estão sendo desenvolvidos por empresas como Facebook e Google.
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