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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Engenheira brasileira bate recorde mundial de velocidade na internet

Redação do Site Inovação Tecnológica



Engenheira brasileira bate recorde mundial de velocidade na internet
A engenheira brasileira Lídia Galdino, formada pela Unicamp, liderou a equipe que bateu o novo recorde mundial de velocidade na internet.
[Imagem: UCL]

Velocidade máxima na internet
A taxa de transmissão de dados mais rápida do mundo foi alcançada por uma equipe da Universidade College de Londres, liderada pela engenheira brasileira Lídia Galdino.
O recorde atingiu uma velocidade um quinto mais rápida do que o recorde anterior, que pertencia a uma equipe japonesa.
A equipe da professora Lídia Galdino atingiu uma taxa de transmissão de dados de 178 terabits por segundo, uma velocidade na qual seria possível fazer o download de toda a biblioteca da Netflix em menos de um segundo.
O recorde, que é o dobro da capacidade de qualquer sistema implantado atualmente no mundo, foi alcançado pela transmissão de dados por meio de uma gama mais ampla de cores de luz - ou comprimentos de onda - do que normalmente é usado nos sistemas de fibra óptica.
A infraestrutura atual da internet usa uma largura de banda de 4,5THz, com sistemas de largura de banda comercial de 9THz entrando no mercado. Os pesquisadores usaram uma largura de banda de 16,8THz.
Facilidade de implantação
Para atingir um novo patamar de velocidade, a equipe combinou diferentes tecnologias de amplificação necessárias para aumentar a potência do sinal nessa largura de banda mais ampla.
O destaque vai para as novas constelações de Formatação Geométrica, padrões de combinações de sinais que fazem o melhor uso das propriedades de fase, brilho e polarização da luz, e para a manipulação das propriedades de cada comprimento de onda individualmente.
O benefício da técnica é que ela pode ser implantada na infraestrutura já existente, simplesmente atualizando os amplificadores localizados nas rotas de fibra óptica, normalmente em intervalos entre 40 e 100 km.
A equipe calcula que atualizar um amplificador custaria cerca de R$115.000,00, enquanto a instalação de novas fibras ópticas em áreas urbanas pode custar mais de R$3 milhões o quilômetro.
Bibliografia:

Artigo: Optical Fibre Capacity Optimisation via Continuous Bandwidth Amplification and Geometric Shaping
Autores: Lidia Galdino, Adrian Edwards, Wenting Yi, Eric Sillekens, Yuta Wakayama, Thomas Gerard, Wayne Sheldon Pelouch, Stuart Barnes, Takehiro Tsuritani, Robert I. Killey, Domaniç Lavery, Polina Bayvel
Revista: IEEE Photonics Technology Letters
Vol.: 32 Issue: 17
DOI: 10.1109/LPT.2020.3007591

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