Com informações da Agência Brasil
Os satélites da missão Copernicus fotografam a Terra a cada 5 dias.[Imagem: ESA]
Copernicus
Brasil, Chile e Colômbia assinaram um acordo de cooperação para participar do programa Copernicus de Observação e Monitoramento da Terra da União Europeia (UE).
Com isso, os países latino-americanos passam a ter acesso às informações produzidas pelos seis conjuntos de satélite da missão. Em troca, os parceiros vão compartilhar os resultados das análises dessas informações com os outros participantes do sistema.
"A contribuição do Brasil, Chile e da Colômbia é no sentido de obter os dados e poder utilizá-los para enfrentar os problemas e depois nos dar o feedback. Dizer que os dados foram úteis desta e daquela maneira", explicou João Gomes Cravinhos, embaixador da União Europeia no Brasil.
Os satélites coletam diversos tipos de informações, observando eventos climáticos, condições atmosféricas, uso da terra e atividades nos oceanos.
"Tudo que tem a ver com alterações climáticas, desastres naturais, mudanças nos mares - desde os estoques de peixes até questões de temperatura, o que se passa com o El Niño. Todos esses fenômenos ficam facilmente monitorados para permitir autoridades do Brasil, da Colômbia e do Chile a encontrar respostas em suas políticas públicas em relação aos problemas que surgirem", acrescentou o embaixador.
Combate ao desmatamento
No Brasil, os dados serão processados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. "Os satélites de radar são importantes porque permitem que se tirem imagens até quando há uma cobertura de nuvens", explicou Ricardo Galvão, do Inpe.
Os satélites europeus também vão permitir monitoramento mais rápido do desmatamento da Amazônia e outros biomas, como o Cerrado. Segundo Galvão, o sistema brasileiro tem um intervalo de dez dias entre uma passagem e outra, permitindo que alguns criminosos atuem nos intervalos do monitoramento. "As pessoas que executam o corte da floresta estão muito espertas. Eles procuram fazer rapidamente em áreas não muito grandes para escapar da vigilância", contou.
O sistema Copernicus já foi usado no Chile, facilitando o combate dos incêndios florestais durante o verão de 2017, e auxiliando na ação governamental durante o terremoto de 2016.
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