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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Relatório do IPCC aponta que 94% do gelo Ártico pode derreter até 2100

Pelo site Pensamentoverde



O documento, que contou com o trabalho de 259 cientistas e representantes 

de 195 países, afirma que a temperatura subirá em média 2°C e o nível do 

mar aumentará 82 cm





Gelo no Ártico


Foi divulgado o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), em Estocolmo, na Suíça. De acordo com o documento, é possível que, em decorrência do aquecimento global, aproximadamente 94% do gelo do oceano Ártico se derreta até o verão de 2100.
Com 66% de chances de acontecer, a pesquisa projeta acréscimo de uma média temperatura na casa dos 2°C até o final deste século, o que resultará em um aumento de 45 a 82 centímetros do nível do mar,
no pior cenário. Pela ótica otimista, as marés subirão entre 26 e 55 cm. Contudo, o trabalho afirma com 95% de certeza que o homem foi o 
responsável por mais da metade da elevação média da temperatura 
entre 1951 e 2010.
As alterações no clima e, consequentemente, na paisagem provavelmente 
se devem a ascensão de 0,05°C por década. Houve redução de 18% no território ártico de 2007 a 2012, o que configura um recorde de degelo. 
Porém, é necessário ressaltar que a região contrai-se a uma taxa de 
4,1% por década desde 1979. Só para ter noção, de 1983 a 2012, 
o hemisfério Norte teve seu período mais quente em 1.400 anos.
Os impactos infligidos ao Ártico e outras áreas similares são extremamente danosos aos habitantes da Terra, pois as geleiras marinhas ajudam a 
refletir as nocivas radiações solares. Numa sequência disso, as águas 
escuras – características do local – podem ser expostas, absorvendo mais 
calor e intensificando as mudanças climáticas. O oceano armazenou 
mais de 90% da energia acumulada entre 1971 e 2010.
Com 99% de probabilidade, a acidificação dos mares vai afetar 
profundamente a vida marinha. Por exemplo, a diminuição do gelo 
fará com que as focas-da-Groenlândia e as da espécie “Anelada” 
fiquem sem espaço para fazer tocas e criar os filhotes, e as morsas 
pelo mesmo motivo, sobrecarreguem os poucos lugares restantes, 
ocasionando na morte de alguns espécimes.
Urso Polar

No caso dos ursos polares, 
a falta de acesso às focas faz 
com que os mamíferos carnívoros 
se arrisquem caçando morsas, acarretando o falecimento de indivíduos das duas categorias 
da fauna. Já as renas são prejudicadas pela precipitação 
do inverno em regiões secas, 
pois a vegetação é congelada, fazendo com que a principal 
fonte de alimento do cervídeo 
se torne escassa.
Conforme o documento, que 
contou com o trabalho de 259 cientistas e representantes de 195 países, inclusive do Brasil, as instabilidades do clima se devem ao fato de que 
os níveis de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso sejam os 
maiores já vistos em 800 mil anos. Ou seja, para que o catastrófico 
“Dia depois de amanhã” continue sendo filme de ficção científica, 
o homem precisa reduzir imediatamente as emissões de Gases de 
Efeito Estufa (GEE)
.

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