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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Máquina criada por brasileiro para purificar água, você sabia ?


Os inventores têm um dom natural, mas sua inventividade não desperta de um dia para outro. É o caso do engenheiro Pedro Ricardo, que sempre foi um apaixonado por eletrônica desde criança. Ele desenvolveu suas habilidades em oportunidades de trabalho que teve durante a juventude: como técnico de calculadoras na Sharp, em Brasília, aos 13 anos, e de microcomputadores nas extintas fabricantes Prológica e Microtec – ainda na adolescência. “Aos 17 anos, saí do Brasil e me formei em engenharia eletrônica em Madri (Espanha), em mecânica em Torino (Itália), e fiz pós em mecatrônica  em Lyon (França)”, conta.

Voltou depois ao Brasil e trabalhou até os 38 anos na empresa Siemens Medical como desenvolvedor de produtos para área de saúde. Foi então que seu gênio criativo usou a experiência acumulada para tirar do papel um equipamento extremamente importante em tempos de seca até nas grandes cidades: a máquina que faz água do ar.

Essa tão desejada invenção se diferencia de outros equipamentos por produzir água potável “ultrapura” de qualquer lugar. “Os equipamentos condensam o ar ambiente, convertendo-o em água, que posteriormente é filtrada por sistemas nanotubos. Depois, esterilizada por sistemas de luz ultravioleta e, finalmente, são adicionados sais minerais de forma controlada e a água é gerenciada por sensores computadorizados que a analisam 60 vezes por segundo.” diz ele. Segundo estimativa do engenheiro mecatrônico, o equipamento, para produção em grande escala, deverá custar entre R$ 5 mil – portátil de mesa para produção de 15 litros/dia de água (portátil de mesa) – e R$ 7,5 mil – de 30 litros/dia.

engenheiro Pedro Ricardo engenheiro Pedro Ricardo

Ricardo já possui proteção legal do projeto pela Associação Nacional dos Inventores (ANI), além de estudos de seu funcionamento. Agora procura por empresas e parceiros que queiram investir na ideia e disponibilizá-la em escala no mercado. “Muitos inventos surgem para revolucionar o mundo. Este é um desses”, elogia Carlos Mazzei, presidente da ANI.

Emirados Árabes Unidos
O equipamento vem sendo utilizado desde 2010 em várias repartições públicas, para fins de demonstração e eventuais análises, como em gabinetes de governadores, no Palácio do Planalto, na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, e em alguns países dos Emirados Árabes Unidos.

“Atualmente estamos trabalhando no projeto de implantação da unidade de produção de grande volume (15 milhões de litros/dia) nos Emirados Árabes, que vai substituir futuramente as usinas de dessalinização – que têm um grande impacto ambiental”, explica o inventor. Pedro Ricardo diz que a mesma solução ainda pode ajudar a resolver o problema da seca de São Paulo. “É a última tecnologia para esse fim e propomos nosso projeto piloto. O problema é que, no Brasil, os interesses políticos e financeiros se sobrepõem à razão”, lamenta.

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