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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Pesquisador brasileiro vende empresa por R$1,5 bilhão

Com informações da Capes 


O pesquisador Leonardo Maestri Teixeira conseguiu um feito e tanto.
Em agosto, ele vendeu para a farmacêutica Roche a empresa GeneWEAVE, cofundada por ele durante o período em que fez doutorado na Universidade Cornell, nos Estados Unidos.
O valor do negócio foi de US$ 425 milhões, aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
Mineiro de Belo Horizonte, 37 anos, Leonardo é graduado em Ciência e Tecnologia de Laticínios pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), tem mestrado em Microbiologia Agrícola pela mesma instituição e doutorado em Nanobiotecnologia pela Cornell. Atualmente, ele dirige o Instituto de Tecnologia e Pesquisa, em Aracaju (SE).
Leonardo ressalta que não ficou bilionário com a venda da empresa, pois o investimento na GeneWEAVE, cerca de US$ 25,2 milhões, veio de recursos de capital de risco de investidores norte-americanos, que ficaram com boa parte do valor da venda.
Diagnóstico de infecção hospitalar
A GeneWEAVE desenvolveu uma tecnologia de diagnóstico de tuberculose.
Posteriormente, o projeto foi adaptado para diagnosticar a infecção hospitalar em geral.
"O problema da infecção hospitalar é mundial. Diariamente, milhares de pessoas morrem, pois quando conseguem identificar o microrganismo e o perfil de resistência a antimicrobianos que ela possui, já é tarde. A tecnologia que desenvolvemos permitirá que todos os pacientes, como também colaboradores e visitantes, sejam testados e os resultados liberados de forma rápida," explicou.
Leonardo, contudo, ressalta que não é simples tornar-se um pesquisador-empreendedor no Brasil.

"ainda existe um pouco de preconceito para quem tem o interesse em empreender dentro do meio acadêmico. Estes [pesquisadores], em alguns casos, acabam não sendo tão bem-vistos por não dedicarem-se apenas à ciência fundamental, mas este é um cenário que não é exclusivo do Brasil, infelizmente. Em minha opinião, acredito que temos que ter os dois tipos de pesquisa: a ciência fundamental, que é a que gera o conhecimento; e a aplicada, que é alimentada pelos conhecimentos gerados pela ciência fundamental e se torna uma ponte do conhecimento gerado para a sociedade. Ou seja, não existe uma melhor que a outra, elas se complementam", finalizou Leonardo.

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