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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Luva eletrônica tira energia das suas mãos

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Luva eletrônica controla equipamentos industriais
Todos os circuitos eletrônicos - dos sensores ao transmissor sem fios - estão embutidos no próprio tecido da luva. [Imagem: Politecnico di Torino]
Interface industrial
Ainda que dispositivos como o Kinect estejam encontrando aplicações muito diferentes dos jogos para os quais foram projetados, o ambiente industrial, repleto de máquinas, equipamentos e interferências, exige um aparato mais robusto.
Giorgio de Pasquale, do Instituto Politécnico de Turim, na Itália, optou então por criar uma luva em cujo tecido são incorporados sensores e controles eletrônicos.
O objetivo da luva, batizada de Goldfinger, é controlar remotamente máquinas e equipamentos apenas com gestos das mãos - exatamente como no Kinect ou nas TVs com controle gestual, mas sem sofrer interferências presentes no chão de fábrica.
Por outro lado, a robustez alcançada também torna a luva eletrônica adequada para controlar equipamentos em salas de cirurgia e, por que não, em jogos e sistemas de realidade virtual, onde pode oferecer mais precisão do que os equipamentos disponíveis.
Energia biomecânica
Uma das grandes vantagens da interface é que não é necessário colocar a luva para recarregar ou trocar suas baterias: ela se autoalimenta, gerando energia pelo movimento dos dedos, o que lhe dá grande autonomia de operação.
Os transdutores piezoelétricos necessários para a geração de energia, assim como todos os circuitos eletrônicos - dos sensores ao transmissor sem fios - estão embutidos no próprio tecido da luva, sem nenhuma caixinha adicional a ser pendurada no braço ou na cintura.
Luva eletrônica controla equipamentos industriais
Esquema do nanogerador responsável pela alimentação da luva. [Imagem: G. De Pasquale et al. - 10.1088/1742-6596/660/1/012031]
O software de rastreamento óptico, juntamente com a interface desenvolvida para o protótipo, permite a interpretação dos movimentos do usuário e sua conversão em comandos e instruções para operar virtualmente qualquer tipo de equipamento, simulando o apertar de botões, o girar de chaves, aceleradores etc.
"O resultado final é um novo conceito de interface homem-máquina, baseado na conversão da energia biomecânica do corpo, com o qual o usuário pode enviar comandos para vários tipos de máquinas e sistemas com um simples movimento de uma mão," escrevem os pesquisadores.

Bibliografia:

Optical HMI with biomechanical energy harvesters integrated in textile supports
G. De Pasquale, S. G. Kim, D. De Pasquale
Journal of Physics
Vol.: 660 (2015) 012031
DOI: 10.1088/1742-6596/660/1/012031

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