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sábado, 23 de janeiro de 2016

O segundo maior lago da Bolívia se tornou um grande deserto

Extraído do site do Yahoo
Localizado perto da cidade de Oruro, na Bolívia, o lago Poopó era conhecido por suas peculiaridades: próximo dos Andes, se tratava de um grande bolsão de água salgada com média de pouco mais de 2,5 metros de profundidade. 


O Lago na década de 80 e trinta anos depois. (AP)
Com 2.337 km² de tamanho, o lago - o segundo maior da Bolívia, somente atrás do Titicaca - era a terra natal do povo Uru Muratos, que vivia da pesca e da caça. Hoje, no entanto, a região se parece com um grande deserto inóspito, com barcos de pesca abandonados, e algumas gaivotas a brigar por um pedaço de comida.  
Até dezembro do ano passado, era possível identificar até três áreas úmidas, de menos de 1 km², e somente 30 centímetros de profundidade. No fim de 2015, o lago foi declarado extinto oficialmente. 


Abraham Fulguera mostra a sua credencial de pescador. Hoje ela não serve mais para nada. (AP)
“Temos um lago que desapareceu, agora é pampa. Um deserto onde não se pode semear nada, nem produzir; não há nada, muito menos vida”, disse o camponês Valerio Rojas em entrevista à agência EFE. 
A catástrofe, anunciada há décadas em função da atividade humana (principalmente a mineração) e de um plano diretor que privilegiou o abastecimento do lago Titicaca, hoje tem um forte impacto ecológico, econômico e social no país. 
Ambientalistas estimam cerca de 200 espécies de aves, peixes, mamíferos, répteis e uma grande variedade de plantas desapareceram da região.  

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