Imagens de Hubble permitiram que os
astrônomos vissem uma estrela da constelação Cygnus se transformar em um buraco
negro, relata um artigo enviado para publicação na revista MNRAS.
Um buraco negro é uma região do espaço da qual nada, nem mesmo
partículas que se movem à velocidade da luz, conseguem escapar.
Este é o resultado da deformação do espaço-tempo, causada após o colapso
gravitacional de uma estrela, com uma matéria astronomicamente maciça e, ao
mesmo tempo, infinitamente compacta e que, logo depois, desaparecerá dando
lugar à singularidade, o coração de um buraco negro, onde o tempo para e o
espaço deixa de existir.
Jill Gerke, da Universidade de Ohio (EUA), revelou com os seus os colegas os primeiros sinais do
nascimento destes objetos misteriosos: quando uma estrela morre, sua matéria
diminui abruptamente para o tamanho de átomos sob influência da gravidade.
Nesse momento, dentro dela, resultando na amplificação de reações termonucleares
e temperaturas altas, uma onda de choque alastra a partir do centro para
as fronteiras da estrela moribunda.
Se a massa de uma estrela moribunda
for equivalente a 20-25 Sois, a força da onda de choque não será
suficiente para impedir a diminuição do volume da estrela, a estrela se
transforma em um buraco negro e praticamente desaparece do céu.
Uma das maiores gigantes vermelhas nesta galáxia, a estrela
N6946-BH1, cuja massa era 25 vezes maior que a do Sol, simplesmente desapareceu
em 20 de outubro de 2009 após um clarão curto e bastante fraco que começou em
março de 2009.
Para testar este fenômeno, Gerke e seus colegas pediram ajuda à
equipe do telescópio Hubble, que guardava fotos de arquivo da estrela antes de
ela desaparecer. Essas fotos confirmam que a estrela realmente desapareceu. Em
seu lugar está agora um buraco negro que absorve lentamente a matéria residual
da estrela. Devido a este processo, gravado pelo Hubble, os cientistas pela
primeira vez puderam ver como nasce um buraco negro.
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