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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

No dia do Alzheimer, saiba quais os principais mitos da doença

Extraído do Jornal do Brasil


O dia 21 de setembro é considerado o dia mundial do Alzheimer, uma doença que possui estágio inicial silencioso. Segundo dados do Instituto Alzheimer Brasil, hoje já são mais de 1,3 milhões de pessoas atingidas em nosso país. A doença, ainda sem cura, acomete principalmente idosos a partir dos 65 anos.
De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos.
O risco ainda é maior em mulheres e o fator hereditariedade nos casos de Alzheimer em pessoas com menos de 65 é fortemente considerado. Ainda segundo a associação, a intensidade e a velocidade do agravamento da doença pode variar de pessoa para pessoa.
Mas nem tudo que se fala por ai sobre o Alzheimer é verdade. Segundo o médico geriatra e gerontólogo Espedito Carvalho, é preciso cuidado no diagnóstico da doença, a fim de orientar com precisão o tratamento adequado ao paciente.
“Quando se diz que uma pessoa tem Alzheimer, a primeira coisa que notamos é a falta de memória. Isso não passa de um grande mito. A doença atinge sim a parte do cérebro que controla a memória, ela tem que estar presente, mas também afeta a linguagem, o raciocínio e outros áreas da cognição que podem indicar sua chegada. Entre eles estão esquecimentos persistentes de fatos recentes, recados, compromissos, dificuldades com planejamento de atividades, cálculos, controle das finanças, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade de executar tarefas rotineiras e alterações de comportamento considerados inadequados e incomuns para aquela pessoa” afirma.
Infelizmente a doença de Alzheimer não tem cura, nem pode ser revertido. Mas nem tudo está perdido! Ainda de acordo com Espedito Carvalho que é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia-RJ, quanto mais cedo esses sinais forem notados e a doença diagnosticada, maior a chance do tratamento ser bem-sucedido - e do paciente ter uma vida mais longa e com mais qualidade.
Veja abaixo através da consultoria do especialista algumas inverdades que nós leigos dizemos a respeito do Alzheimer.
Quem tem Alzheimer não consegue compreender o que se passa ao seu redor
A pessoa com a doença, apesar das dificuldades de memória e dos outros sintomas, se mantém consciente do que acontece ao seu redor. Apenas nos estágios avançados isso muda. Ao contrário do que muita gente pensa, o idoso com Alzheimer não passa a ser uma criança, continua sendo fonte de sabedoria e merece o respeito de todos.
Esquecer as coisas significa ter o mal de Alzheimer
Esse é um dos grandes mitos. Problemas de memória podem estar relacionados a diversos fatores, como outras demências e principalmente o estresse e a depressão. Além disso, a doença de Alzheimer vai atingir a memória recente, enquanto a memória de fatos acontecidos há mais tempo (como na infância) são preservadas, no início da doença. A pessoa com Alzheimer, afirmam especialistas, tem memória de curto prazo comprometida, demonstrando dificuldade cada vez maior de memorizar, registrar novas informações e aprender coisas novas. No entanto, sua memória episódica, ou seja, de longo prazo, está preservada, no início.
A vida acabou
Muita gente acha que só porque o paciente recebeu o diagnóstico da doença a vida acabou. Nada disso! Atualmente, com o tratamento e orientação adequados, uma pessoa com a doença pode sobreviver mais 20 anos, após o diagnóstico. Muitos pacientes, se bem estimulados, têm excelente qualidade de vida, divertem-se, relacionam-se de maneira prazerosa e agradável e levam uma vida bem organizada.
É doença de gente idosa
Quem disse?! Estudos mostram que o Alzheimer pode sim se manifestar em pessoas com menos de 65 anos. Embora rara, a Doença de Alzheimer de Início Precoce com menos de 60 anos, é caracterizada por um declínio mais rápido das funções cognitivas e possivelmente está relacionada com alteração genética.
A manifestação da doença é igual para todos.
A doença se manifesta de forma muito diferente entre as pessoas. Umas são mais calmas, outras tem alteração do comportamento, outras são fáceis de cuidar e algumas há necessidade de internação devido à complexidade do quadro.
O Alzheimer é genético
Na grande maioria não. Somente uma pequena porção da doença tem relação direta com alteração genética. Ainda que não se saiba todos os mecanismos genéticos envolvidos na doença de Alzheimer, alguns genes já estão reconhecidos, mas ainda há um bom caminho a andar. Mas a maior causa da doença ainda é o estilo de vida e seu tratamento a prevenção.


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