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quinta-feira, 2 de abril de 2020

‘Turbinas eólicas sem pás’ produzem energia 30% mais barata que as turbinas convencionais

Pelo site Engenharia É


Acada dia que passa, pesquisas são realizadas na busca por tecnologias para tornar a geração de energia limpa ainda mais vantajosa – e um projeto propõe, agora, a construção de turbinas eólicas sem pás.

O conceito pode parecer estranho em primeira vista, mas traz grandes vantagens em relação ao modelo de turbina convencional. Batizada de Vortex Bladeless, a estrutura é composta por cilindros oscilantes. Seu segredo reside na flexibilidade: esses postes, em vez de “coletarem” vento, vibram quando expostos aos mesmos.
A máquina não possui engrenagens, freios, rolamentos ou eixos. Não precisa de lubrificação e não possui peças que possam ser desgastadas pelo atrito. Por ser muito leve e ter o centro de gravidade próximo do solo, os requisitos de ancoragem ou fundação foram reduzidos significativamente em comparação com as turbinas comuns, facilitando a instalação e manutenção.

Cerca de 100 protótipos pré-comerciais, cada um com 85 centímetros de altura, já estão em funcionamento – e os testes são muito promissores: tudo indica que eles são capazes de produzir eletricidade 30% mais barata do que as turbinas com pás.
Engenheiros espanhóis foram os responsáveis pelo desenvolvimento da novidade. David Yáñez, coordenador do projeto financiado pela União Europeia, está otimista com os resultados e as possibilidades de aplicação no dia a dia até mesmo nos grandes centros.
“Esperamos oferecer às pessoas a possibilidade de colher o vento que passa sobre seus telhados ou através de jardins e parques, com dispositivos mais baratos de instalar e mais fáceis de manter do que as turbinas eólicas convencionais”, afirma Yáñez .
Vortex Bladeless tem um desafio comum enfrentado por arquitetos e engenheiros, o derramamento de vórtice. Quando o ar passa pela estrutura, pode comprometer a estabilidade dessas construções, mas, no caso das turbinas, é a chave para a geração de energia. A oscilação causada pelo vento – um movimento mecânico – é convertida em eletricidade por um alternador localizado na base da estrutura.
Entre os materiais utilizados estão uma haste elástica, imãs e alternador. O cilindro em si é feito de fibra de vidro e também de carbono. Por haver poucas partes móveis, a manutenção é mínima. Entretanto, há mais benefícios: ocupa espaço menor para implementação, geração de pouco ou nenhum ruído e facilidade de instalação. Redução de impacto visual e menos efeitos sobre vida dos pássaros.
O coordenador Yáñez explica: “Embora, em teoria, as turbinas eólicas convencionais tenham desempenho aerodinâmico superior, as turbinas sem pás são capazes de se adaptar mais rapidamente às mudanças na direção do vento. Esta é uma característica exclusiva e interessante em ambientes urbanos com condições de vento turbulentas”.
Veja abaixo o vídeo divulgado pelos responsáveis:
https://youtu.be/VgDF8jzc7TU

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