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domingo, 17 de julho de 2016

Montanhas altas do mundo registram preocupante elevação de temperatura


Por: O Globo



Ambientes estão sofrendo as mudanças climáticas de forma mais rápida do que se pensava, diz pesquisa

Alerta de cientistas pede mais atenção com ambientes de elevada altitude 

Douglas Hardy/UMass Amherst



AMHERST, EUA - Ambientes de altitude elevada ao redor do mundo estão aquecendo muito mais rápido do que o pensado anteriormente, segundo uma pesquisa na revista científica “Nature Climate Change”, nesta quinta-feira. Com isso, os pesquisadores cobram um monitoramento mais intenso das regiões montanhosas e mais atenção às possíveis consequências deste aquecimento.

“O aquecimento em altitude elevada é um fenômeno pouco observado que requer uma atenção urgente, para assegurar que possíveis mudanças importante em ambientes montanhosos sejam acompanhados de forma adequada pelas redes de observação global”, afirmam os membros do grupo de trabalho da Iniciativa de Pesquisa em Montanha.
Montanhas altas são uma grande fonte de água para muitas pessoas que vivem em regiões mais baixas, portanto as consequências sociais e econômicas do impacto podem ser grandes, alertam os pesquisadores.

“Isto sozinho requer uma atenção maior à questão. Além disso, as montanhas são habitat de muitas espécies em extinção e presença de diferentes ecossistemas”, acrescenta o texto.

— Existem evidências crescentes de que as regiões montanhosas estão aquecendo mais rápido do que as de elevações mais baixas e que este aquecimento pode acelerar muitas outras mudanças ambientais, como o derretimento de geleiras e mudança na vegetação — afirma o autor principal, Nick Pepin, da Universidade de Portsmouth, do Reino Unido, assumindo que mais informações são necessárias para confirmar a tese.

Recordes de padrões climáticos em altas altitudes são “extremamente raras”, afirmam os pesquisadores. Existem poucas estações acima dos 4.500 metros, e informações de longo prazo não existem para altitudes acima de 5.000 metros no mundo. Os autores dizem que as os dados mais antigos são do monte Kilimanjaro, na Tanzânia, que tem sido mantido há mais de uma década pelo pesquisador Douglas Hardy, da Universidade de Massachusetts.

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