Extraído do site G1
Ensaio afirmou que 'Aedes do Bem' não causa prejuízos ao meio ambiente.
Mosquito geneticamente modificado foi solto em regiões de Piracicaba (SP).
Aedes transgênico é
macho e gera mosquitos que morrem antes da vida adulta (Foto: Eduardo
Carvalho/G1)
Uma avaliação do Centro de
Medicina Veterinária da Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos
(FDA-CVM, na sigla em inglês) apontou que o mosquito geneticamente modificado
do Aedes Aegypti não causa impactos negativos à saúde ou ao
meio ambiente, após um teste realizado em Flórida Keys. O "Aedes
do Bem" foi solto na região central de Piracicaba (SP) e reduziu 91% dos casos de
dengue no bairro Cecap/Eldorado.
O experimento com mosquitos
transgênicos para combater a população do Aedes aegypti, mosquito
transmissor do vírus da zika, da dengue e da chikungunya foi liberado nos
Estados Unidos. O resultado final da avaliação ambiental sobre o uso do
mosquito transgênico, que atua como forma de combate ao inseto selvagem, foi
publicado na última sexta-feira (5).
Um relatório preliminar do
ensaio foi liberado em março e o teste passou por comentários públicos para ser
finalizado.
Mosquitos transgênicos são soltos na região
central de Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV)
central de Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV)
A decisão do órgão
regulatório norte-americano concluiu que o uso do mosquito geneticamente
modificado, criado pela empresa Oxitec, não acarretará impactos para a
sociedade e natureza.
Segundo a empresa contratada
pela Prefeitura de Piracicaba para realização do projeto na cidade, o objetivo
do ensaio é demonstrar a eficácia do "Aedes do Bem" no
controle da população selvagem do Aedes Aegypti em Key Haven,
no condado de Monroe, Flórida.
“A confirmação da segurança
ambiental do Aedes do Bem nos Estados Unidos, associada aos resultados obtidos
pelo projeto em Piracicaba, é algo que deve ser levado em consideração pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que precisa agilizar a
liberação comercial da tecnologia no Brasil, onde já existe aval da Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)”, disse Gabriel Ferrato, prefeito de
Piracicaba.
Mosquito está no centro de epidemias.
Redução de 91%
nos casos
O bairro Cecap/Eldorado, que recebeu os mosquitos geneticamente modificados, teve uma redução de 91% no número de casos de dengue em um ano, segundo dados divulgados pela Prefeitura e a Oxitec.
O bairro Cecap/Eldorado, que recebeu os mosquitos geneticamente modificados, teve uma redução de 91% no número de casos de dengue em um ano, segundo dados divulgados pela Prefeitura e a Oxitec.
A quantidade de pessoas
infectadas no bairro Cecap/Eldorado, que tem cerca de 5 mil habitantes, foi de
133 casos entre julho de 2014 e o mesmo mês do ano passado, antes da liberação
do chamado "Aedes do Bem".
Já de julho de 2015 até agora
foram registradas 12 pessoas com dengue na região.
Ampliação do
projeto
Os mosquitos transgênicos começaram a ser soltos na região central de Piracicaba no dia 29 de julho. O bairro São Judas, que conta com 3,6 mil moradores, foi o primeiro a receber 150 mil Aedes do Bem. Somente nesta área, são 700 mil mosquitos por semana.
Os mosquitos transgênicos começaram a ser soltos na região central de Piracicaba no dia 29 de julho. O bairro São Judas, que conta com 3,6 mil moradores, foi o primeiro a receber 150 mil Aedes do Bem. Somente nesta área, são 700 mil mosquitos por semana.
A ação vai custar R$ 3,7
milhões à administração municipal. No total, a ação visa proteger uma população
de 60 mil pessoas e atingir uma área equivalente a 1.754 campos de futebol, de
acordo com a Prefeitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário