Um projeto chamado DeepCoder, criado pela Microsoft e Universidade de Cambridge, é capaz de pegar pedaços de código de outros sistemas para resolver problemas básicos de programação.
A ideia da equipe é facilitar o trabalho dos programadores humanos e ajudar as pessoas a desenvolverem ideias sem qualquer conhecimento de codificação.
O projeto utiliza técnicas de aprendizagem profunda (deeplearning) para imitar a rede neural de um cérebro, onde grandes quantidades de dados são processadas e avaliadas para tomadas de decisões. Logo, esse tipo de sistema de IA é capaz de “pensar” por si mesmo, sem que suas escolhas estejam sendo manipuladas por código.
“As pessoas poderiam se tornar mais produtivas”, disse Armando Solar-Lezama do MIT, que não esteve envolvido no estudo, em entrevista à New Scientist. “Eles poderiam construir sistemas que antes eram impossíveis”. Como possui uma série de entradas e saídas, o DeepCoder pode descobrir quais pedaços do código trarão o resultado desejado. Os desenvolvedores acreditam que o sistema, no futuro, teria o potencial de permitir a uma pessoa apenas descrever uma ideia de programa e a IA o criaria.
Para os programadores, que já estão familiarizados com o assunto de codificação, o projeto facilitaria o trabalho, uma vez que pode pesquisar e “pensar” muito mais rápido que os sistemas de IA anteriores. Ainda, ele seria capaz de combinar códigos de maneira que os humanos sequer sonhariam.
Ao invés de executar cada bit de código por meio de um processo de tentativa e erro, como as versões anteriores, o DeepCoder pode prever quais fragmentos serão úteis. O sistema também é capaz de ficar cada vez mais inteligente, conforme vai aprendendo com suas escolhas. Contudo, a tecnologia ainda precisa ser testada por pesquisadores independentes, uma vez que ainda não foi publicada ou revisada por pares. Além disso, os desenvolvedores permanecem conservadores sobre as atuais aplicações.
Por enquanto, o sistema pode apenas resolver problemas simples de programação que exijam cerca de cinco linhas de código. No entanto, a esperança dos pesquisadores é que essa capacidade seja ampliada para ser mais aproveitada no futuro.
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