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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Sustentabilidade na arquitetura: o que é arquitetura vernacular?

Pelo site Pensamentoverde


Entenda a importância dos modos de edificar tradicionais e a relação destas práticas com as buscas da arquitetura sustentável contemporânea


Casa de adobe
Casa de adobe, Santa Fé.


Cada lugar tem as suas singularidades. E estas diferenças abarcam não apenas questões geográficas, como a cultura, o modo de fazer as coisas. A chamada arquitetura vernacular está diretamente ligada a esta percepção de especificidade e diversidade e diz respeito aos modos de construir em determinadas localidades a partir de materiais encontrados na região e, muitas vezes, utilizando técnicas passadas de geração em geração.
A arquitetura vernacular é considerada especialmente sustentável por seu caráter de integração com o ambiente, o uso de materiais orgânicos e, é claro, pelas escolhas e soluções arquitetônicas que possibilitam características como o bom isolamento térmico e acústico. Algumas práticas dessas arquiteturas milenares são estudadas por profissionais contemporâneos para serem reproduzidas em projetos que visem, por exemplo, a diminuição do uso de energia.
Dentre os exemplos de arquitetura vernacular podemos citar as construções sobre palafitas comuns, sobretudo na região Norte do Brasil. Sobre estruturas de madeira, são construídas casas e toda uma rede de edificações, permitindo a morada sobre rios de diferentes dimensões.
Bem longe das terras tropicais, os iglus construídos pelos esquimós são outro exemplo de arquitetura vernacular, com formato arredondado e de construção simples e rápida, é capaz de dar abrigo a famílias inteiras. Também com formato arredondado, mas utilizando principalmente galhos e palha retirados da floresta, as ocas construídas pelos índios também são outro exemplos de arquitetura vernacular.
Iglu
Iglu, Alaska. Foto: © Depositphotos.com / kamchatka
Outro dado interessante deste tipo de arquitetura é que suas construções surgiram de maneira quase instintiva, como uma forma de adaptação ao meio. Suas técnicas, porém, foram se aprimorando, em alguns casos ao longo de séculos, e atingindo um elevado grau de sofisticação. Para os arquitetos contemporâneos, trata-se de uma verdadeira aula sobre como edificar com elementos simples e naturais, promovendo o devido conforto e a possibilidade de convívio social. Lições que parecem se encaixar perfeitamente nas buscas da arquitetura sustentável de nossos tempos.

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