Método tem código aberto e é sem patente, portanto pode ser replicado em qualquer lugar.
Água potável deveria ser um recurso básico e acessível a todos. Aliás, no Brasil, até existe a lei n° 9.433/97 que afirma que o acesso à água de qualidade e em quantidade suficiente é um direito universal. Mas, sabemos que na prática não é tão simples. E é sabendo disso que estudiosos da Universidade de Cornell desenvolveram uma tecnologia incrível que integra o programa chamado AguaClara Labs, um programa que está melhorando a qualidade da água por meio de pesquisas inovadoras.
Capitaneado pelo professor de engenharia ambiental Monroe Weber-Shirk, o projeto consiste em um sistema que usa coagulantes químicos para unir partículas de água, que posteriormente passará por um tanque de sedimentação. A água que permanece na parte superior passa por um filtro de areia com diversas camadas. Na última parte do processo, a água é purificada com cloro e só então está pronta para ser levada aos tanques de abastecimento da cidade.
O método foi pensando pelo pesquisador após constatar pessoalmente, durante a guerra de civil em El Salvador nos anos 80, que as tecnologias disponíveis não eram adequadas para atender comunidades rurais da América Latina.
Atualmente, as fábricas de tratamento de água ajudam a população de Honduras. Com 14 estações construídas, já são mais de 15 mil pessoas beneficiadas no país. O vilarejo de Támara, com pouco mais de seis mil habitantes, inclusive foi destacado em uma reportagem da BBC, que entrevistou alguns moradores que hoje podem abrir suas torneiras em casa com a certeza de terem água pronta para consumo.
A ideia é expandir o projeto para Nicarágua e Índia. E o melhor, é que a tecnologia tem código aberto e é sem patente, o que significa que pode ser replicada em qualquer lugar sem problemas.
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