Com informações da Dinámica Foundación
Um teólogo medieval antecipou a teoria cosmológica aceita pelos cientistas atualmente.[Imagem: Tom C. B. McLeish et al.]
Disputa entre paradigmas
Um grupo de pesquisadores espanhóis está-se valendo de uma tática curiosa para lançar uma nova teoria científica que promete uma explicação da mecânica do Universo melhor do que os modelos atuais.
Sabendo que, assim como ocorre no mundo da política, no mundo científico também é muito difícil tirar do poder o grupo que defende o paradigma vigente, Gabriel Barceló e seus colegas fundaram um instituto de pesquisas independente, cujo objetivo central é conduzir estudos e experimentos que possam validar ou refutar sua nova teoria.
Assim, caberá à entidade, batizada de Dinámica Foundación, congregar astrofísicos, cosmologistas, matemáticos e cientistas de outras áreas para fazer um escrutínio vigoroso do que a equipe chama de um "novo paradigma da física": a Teoria das Interações Dinâmicas.
Curiosamente, e dando força às formulações, a Teoria das Interações Dinâmicas tem aplicações também na astronáutica, na fusão nuclear, na estrutura dos átomos e até na interpretação de fenômenos climáticos como os tornados - ou seja, o arcabouço parece descrever um quadro bastante geral dos fenômenos naturais.
Teoria das Interações Dinâmicas
Este candidato a novo paradigma da cosmologia propõe que o Universo não necessariamente se expandirá para sempre, mas permanecerá girando continuamente, em um equilíbrio estável e harmonioso.
Para isso, a teoria propõe uma cosmologia baseada em uma nova relação entre a órbita e a rotação.
Essa mecânica, que é complementar à mecânica clássica, é específica para sistemas acelerados por rotações. Ela constitui um desenvolvimento da Teoria da Relatividade, sendo assim consistente com as teorias de Einstein para a rotação e não contesta as leis de Newton.
Mais especificamente, a Teoria das Interações Dinâmicas é um modelo dinâmico para sistemas não-inerciais com simetria axial, que se baseia nos princípios da conservação de grandezas mensuráveis: a noção de quantidade, massa total e energia total.
Há suspeitas de que a conhecida fórmula E=mc2, de Einstein, possa falhar no espaço. [Imagem: NASA]
Em termos cosmológicos, o resultado disso é um Universo rotativo em equilíbrio contínuo e no qual um momento, ou um par de forças, irá gerar um movimento orbital permanente, em uma trajetória fechada e plana - nesse aspecto, o resultado não é muito distante do paradigma atual, que também propõe que o Universo é plano. O sistema conserva a rotação intrínseca inicial, gerando um Universo que gira continuamente em equilíbrio dinâmico estável, em harmonia, e não necessariamente expandindo-se para sempre.
O modelo dinâmico da Teoria das Interações Dinâmicas também traça uma visão do Universo no qual galáxias e demais sistemas tendem a se desenvolver em estruturas planas - como se constata observacionalmente.
Finalmente, a teoria pode mudar a compreensão da natureza da estrutura atômica, uma vez que a aplicação do novo conceito de magnitude rotacional que ela traz pode afetar as reações dinâmicas que ocorrem nos níveis de energia do elétron e, mais particularmente, no conceito de spin. O instituto pretende analisar e testar essas hipóteses.
Aplicações práticas
Se os esforços frutificarem - fundamentalmente, se a equipe conseguir financiamento para as pesquisas e testes que propõe - esta nova teoria poderá ter uma série de aplicações tecnológicas no controle do movimento, na astronáutica, no controle do plasma no interior dos reatores de fusão nuclear e na interpretação de fenômenos que envolvem massas de fluidos rotativos, de reatores na indústria química até tufões e tornados.
Mais informações sobre o andamento dos trabalhos e as oportunidades de pesquisas podem ser acompanhados no site da fundação, no endereço https://dinamicafundacion.com.
Bibliografia:
Theory of Dynamic Interactions: Synthesis
Gabriel Barceló
World Journal of Mechanics
Vol.: 5, No 5
DOI: 10.14738/tmlai.55.3344
Theory of Dynamic Interactions: Synthesis
Gabriel Barceló
World Journal of Mechanics
Vol.: 5, No 5
DOI: 10.14738/tmlai.55.3344
Nenhum comentário:
Postar um comentário