Redação Inovação tecnológica
A Nova Rota da Seda deverá auxiliar na integração dos mercados, na abertura comercial e no fortalecimento do sistema multilateral mundial.[Imagem: Wikimedia/Belsky]
Decadência e expansão
Enquanto o presidente Donald Trump insiste em construir um muro separando os EUA dos seus vizinhos mais pobres, a China, a outra grande potência do mundo atual, começa a colocar em prática a construção de uma via de acesso moderna que deverá ampliar enormemente sua área de influência.
O presidente chinês Xi Jinping afirmou que o projeto envolve reativar o trajeto da milenar Rota da Seda, devendo ter um impacto global.
Em seu discurso de abertura do Fórum do Cinturão e da Rota para a Cooperação Internacional (Belt and Road Forum for International Cooperation), Jinping afirmou que a iniciativa proposta pela China de promover investimentos em infraestrutura em países da Ásia, Europa e África que integram o trajeto da Rota da Seda, é um "projeto do século" que vai beneficiar as pessoas em todo o mundo.
A iniciativa chinesa visa promover uma rede de infraestrutura, comércio e cooperação econômica ao longo dos mais de 60 países que compõem o que Pequim pretende estabelecer como uma Nova Rota da Seda, revivendo no século 21 as rotas milenares que conectavam o Ocidente e o Oriente.
Investimentos
O evento levou a Pequim quase 30 chefes de Estado e de governo, que devem traçar uma agenda comum e estabelecer acordos de cooperação para aumentar os investimentos em projetos de infraestrutura nos países ao longo da nova Rota.
A China fará uma contribuição adicional de cerca de US$ 14,5 bilhões para o Fundo da Rota da Seda, criado em 2014 para apoiar obras de transporte, telecomunicações e energia, cujo capital inicial era de US$ 40 bilhões.
Dois bancos chineses estabelecerão esquemas de financiamento especial com valor total de US$ 55,1 bilhões para apoiar os projetos de cooperação do Cinturão e da Rota, segundo Xi. A China também prometeu destinar US$ 8,7 bilhões aos países em desenvolvimento e às organizações internacionais que participam da iniciativa.
Cooperação internacional
Apesar de a proposta estar originalmente focada na Eurásia e na África, Xi afirmou que outras regiões do mundo estão convidadas a participar da iniciativa. O líder chinês defendeu a integração dos mercados, a abertura comercial e o fortalecimento do sistema multilateral mundial, com o objetivo de diminuir a desigualdade social, promover o desenvolvimento e aumentar a segurança e a paz internacionais.
"Devemos instaurar uma nova postura nas relações internacionais, de mútua cooperação e benefícios compartilhados", disse Xi Jinping. "Este é um caminho de abertura para o mundo e não de isolamento", afirmou o presidente, enfatizando que a comunidade internacional deve procurar resolver os conflitos por meio do diálogo.
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