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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Plantas aquáticas são usadas para recuperar lago na Colômbia

Pelo site Ciclovivo


Filtragem de água beneficia quatro mil habitantes que vivem em comunidade nos Andes.


Plantas aquáticas são usadas para recuperar lago na Colômbia
Por ser um processo natural e sem aditivos químicos, os sistemas de filtros verdes são econômicos e praticamente isentos de manutenção.

Centenas de famílias de pescadores e artesãos dependem do Lago Fúquene, localizado na Colômbia. Mas, as águas residuais das comunidades no entorno colocavam em risco sua pureza, até que um projeto de filtragem simples e bastante eficaz alterou beneficamente a história do lago.
Buscando implementar soluções de tratamento de água para populações de baixa renda, a companhia alemã Kärcher lançou a iniciativa “Água Limpa para o Mundo”, em colaboração com a Global Nature Fund – entidade alemã sem fins lucrativos de preservação ambiental. É por meio da campanha que são apoiados projetos locais de controle da poluição da água.

Um desses projetos é liderado por Felipe Valderrama, da Fundácion Humedales, na Colômbia. Como gerente de projetos, ele auxilia na construção dos chamados “Sistemas de Filtragem Verde”. E o primeiro sistema do tipo foi implementado em 2013, em San Miguel de Sema, uma comunidade nos Andes com uma população de quatro mil habitantes. A vila está localizada próxima ao Lago Fúquene – responsável pelo abastecimento de água potável a 200 mil pessoas.
“O equilíbrio ecológico do Fúquene estava em risco devido às águas residuais das comunidades. Nosso objetivo era, portanto, melhorar a situação sanitária e de higiene nas aldeias do entorno e reduzir a poluição do lago ao mesmo tempo”, explica Valderrama.
Esses sistemas independentes filtram águas residuais de pequenas comunidades usando plantas aquáticas, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos, rios e lagos que abastecem populações. Com seus longos canais similares a grandes “camas vegetais”, a água flui sob e através das plantas aquáticas. No processo, as substâncias nocivas e patógenas são eliminadas pelas bactérias presentes nas raízes das plantas. Por ser um processo natural e sem aditivos químicos, os sistemas de filtros verdes são econômicos e praticamente isentos de manutenção, sendo uma solução viável e prática para o tratamento de água em economias emergentes.
De modo a assegurar a realização sustentável desta tecnologia verde, Valderrama e sua equipe trabalham junto às comunidades locais que ficam responsáveis pela construção dos canais e se comprometem a operar o sistema por, pelo menos, oito anos. “Este método de parceria é muito importante, uma vez que, após a implementação, há pessoas familiarizadas e preparadas para manutenção e supervisão”, explica o gerente de projetos.



Para Valderrama, a importância dos Sistemas de Filtragem Verde transcende a questão ecológica e de saúde e perpassa pelo social: “Cresci em um país em desenvolvimento e logo tomei consciência dos problemas causados pela falta de dinheiro e de tecnologia. Desse modo, minha motivação é atuar como facilitador de soluções simples que também funcionem em regiões onde há pouca disponibilidade de recursos financeiros e baixo nível de educação. Os sistemas de filtros verdes são exemplos perfeitos deste modelo proposto. Eles são capazes de alcançar resultados duradouros sem grandes esforços”.
“Iniciativas como a ‘Água Limpa para o Mundo’ demonstram que a união entre uma empresa global e organizações sem fins lucrativos pode mudar a realidade de milhares. Este é o DNA da Kärcher: desenvolver um mundo melhor para o maior número de pessoas”, afirma Cristina Gaspar, gerente de marketing da companhia no Brasil.
Após a conclusão bem-sucedida no Lago Fúquene, dois sistemas adicionais foram implementados nas proximidades.

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