A ideia é conectar os habitantes da cidade com a natureza.
A passagem conta com bancos, iluminação noturna e nada menos que 228 espécies.
Seguindo o exemplo do famoso High Line, de Nova York (EUA), Seul transformou o que era um espaço elevado sem graça e sem uso em uma grande área verde. Agora, os moradores da capital da Coreia do Sul podem ter o prazer de andar pelo viaduto, de mais 900 metros de comprimento, totalmente revitalizado.
A passagem conta com bancos, iluminação noturna e nada menos que 24 mil plantas de 228 espécies. “Nosso projeto é um dicionário vivo de plantas que fazem parte do patrimônio natural da Coreia do Sul e agora se concentram no centro da cidade”, disse Winy Maas, sócio fundador da MVRDV, empresa holandesa que projetou o espaço. “A ideia aqui é conectar os habitantes da cidade com a natureza e, ao mesmo tempo, também oferecer a oportunidade de experimentam vistas incríveis como para a Estação de Seul e o portão Namdaemun” (ambos pontos históricos da cidade).
Quando Maas chama o local de “dicionário vivo”, ele remete ao aspecto educacional do projeto. Isso porque, apesar de ser uma área de lazer, o espaço foi ocupado por plantas em recipientes de diferentes tamanhos e alturas, organizadas de acordo com grupos de famílias. Tais grupos estão ordenados de acordo com o alfabeto coreano.
Embora o foco principal do parque sejam as plantas, o viaduto também hoje possui galerias, casas de chá, teatro e até restaurantes. Ao longo da passarela, há uma série de rampas de acesso para facilitar a entrada aos que têm dificuldade de locomoção. Ou seja, o que era um espaço abandonado, um viaduto que não cumpria mais sua função, foi renovado e deve ganhar vida com a apropriação do espaço público pelos moradores e turistas.
Um projeto de transformar viaduto em parque linear já foi pensado para o Minhocão em São Paulo, veja aqui, mas até o momento não há nenhum indício de que a ideia saia do papel.
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