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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Drones espaciais vão aumentar vida útil de satélites

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Drones espaciais vão aumentar vida útil de satélites
O drone espacial - a estrutura do centro para a direita - aproximando-se para agarrar um satélite sem combustível. [Imagem: Effective Space]
Drones espaciais
A empresa aeroespacial britânica Effective Space anunciou ter assinado o primeiro contrato para enviar um drone espacial que deverá capturar e passar a manobrar um satélite de comunicações que está ficando sem combustível.
O cliente está sendo mantido em segredo, mas a empresa adiantou que, "em 2020, [lançaremos] uma frota de drones espaciais" em direção a um satélite em órbita geoestacionária, o que significa que a empresa precisará de um foguete de grosso calibre - satélites geoestacionários orbitam a Terra a 36.000 km de altitude.
Hoje existem mais de 600 satélites de comunicação nessa faixa, conhecida como "Cinturão de Clarke", em homenagem ao escritor de ficção científica Arthur C. Clarke.
A expectativa é que esse tipo de serviço permita aumentar significativamente a vida útil dos satélites artificiais e também abra caminho para manobrar e eliminar lixo espacial.
Motores iônicos
Os satélites são projetados para operar por cerca de 15 anos, em média. Quando seu combustível acaba, eles perdem a capacidade de controlar sua posição e orientação, o que impede que se alinhem com as estações em terra para estabelecer as comunicações. Mesmo que todos os demais equipamentos continuem funcionando, o satélite que fica sem combustível efetivamente se torna um lixo espacial, e fica por lá, desperdiçando uma valiosa posição no Cinturão de Clarke.
Os drones espaciais da Effective Space foram projetados com garras que permitem que eles "abracem" satélites que não foram projetados para atracamento.
Cada drone espacial pesa cerca de 400 kg e é dotado de motores iônicos, que se encarregarão de manobrar, orientar e manter a altitude dos satélites.
Quando o satélite pifar de vez, o drone irá então retirar o lixo espacial do Cinturão Clarke, colocando-o em uma "órbita cemitério", onde não atrapalhará as futuras missões. O drone espacial, por sua vez, poderá ser reutilizado, sendo direcionado para sua próxima missão junto a outro satélite que estiver ficando com o tanque vazio.

Cada drone também está sendo projetado para uma vida útil de 15 anos, quando seus próprios motores iônicos ficarão sem combustível - antes disso, porém, eles serão dirigidos para a órbita adequada ao seu descanso final.

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