Projeto foi desenvolvido para o concurso Call to Innovation, promovido pela Fiap.
Todos os anos, muitas instituições apoiam ações que desenvolvem soluções criativas para grandes problemas mundiais. Uma dessas iniciativas é o concurso cultural “Call to Innovation”, promovido pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), em parceira com a Singularity University (SU), instituição de ensino interdisciplinar sediada na NASA.
O tema escolhido em 2015 foi a crise global de água e o grande desafio do concurso é justamente criar uma alternativa inovadora e tecnológica para resolver o problema da falta de água, que afeta um bilhão de pessoas ao redor do planeta.
O concurso
O concurso é realizado desde 2009 e o “Call to Innovation” tem a proposta de melhorar a vida das pessoas por meio do uso da tecnologia.
Para participar, as pessoas precisavam inscrever seus projetos, o que ocorreu até 15 de março, e os seis mais votados participarão de uma banca avaliadora.
Como prêmio, o criador da proposta vencedora ganhará uma bolsa de estudos na Singularity University e uma bolsa para os MBA’s da FIAP. Além disso, o projeto receberá o suporte de mentores e investidores para seu desenvolvimento.
“Nosso objetivo é incentivar e fortalecer o empreendedorismo social e ajudar a encontrar uma solução para este problema global. Toda a bagagem que o vencedor vai receber na SU será de grande utilidade para colocar em prática o projeto que busca resolver uma das piores crises de água que o Brasil já viveu”, comenta Nathalie Trutmann, diretora de Inovação da Fiap.
Projeto Cactus
Dentre os vários projetos que estão participando do concurso, um deles é o “Cactus”, um captador de água da chuva automático, que foi proposto pelos alunos do 4º ano do curso de Engenharia da Computação da Fiap.
Segundo os idealizadores, o equipamento será capaz de captar a água da chuva, tratá-la e deixá-la pronta para o consumo humano. O maior desafio deste projeto é fazer com que o ele seja universal, para poder ser instalado no telhados de qualquer lugar e tipo de moradia.
Depois de instalado no telhado da casa, todo o processo será automatizado, porque o equipamento possui um sensor que detectará quando a chuva começa, ativando o motor e fazendo com que a estrutura de captação se abra. O coletor irá subir e abrir as hastes que formarão um guarda-chuva invertido. Posteriormente, quando a chuva terminar, o mecanismo será recolhido, diminuindo, assim, a área de contato com a água.
A última etapa é a filtragem, cuja água captada escorrerá por um cano e será direcionada para um filtro no interior do “Cactus”, onde ela será tratada em diversas fases, para remoção de substâncias nocivas. Após esse processo, a água será levada para a caixa d’água da casa.
O diferencial do “Cactus” é o sistema de tratamento da água, que permite que ela possa ser utilizada tanto para banho, descarga, lavar roupa e louça, quanto para o próprio consumo, sendo, inclusive, potável.
A proposta é que o equipamento tenha tamanhos personalizados e, dependendo da necessidade, o imóvel poderá ter mais de uma instalação.
De acordo com os idealizadores, o dispositivo é capaz de captar 10 litros de água por dia na versão de 1m² ou 20 litros na versão de 2m². A capacidade aumentaria proporcionalmente de acordo com a versão do “Cactus”.
“A proposta do Cactus é aproveitar o máximo possível da água disponível nas chuvas, minimizando um dos maiores problemas enfrentados pelas pessoas nas últimas décadas: a falta da água”, afirma Pedro Garcia, aluno que está gerenciando o projeto.
recolhida e, na direta, aberta para a captação de água.
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