Abrasileira Fernanda de Pinho Werneck, 35 anos, é Doutora em biologia pela Universidade Brigham Young, ela venceu em 2016 o prêmio Para Mulheres na Ciência, desenvolvido pela L’ Oréal, com a Unesco e a Academia Brasileira de Ciências.
Neste ano, mais especificamente no dia 21 de março, a goiana vai para Paris para ser uma das 15 agraciadas na edição internacional da premiação, a Rising Talents.
A pesquisa de Fernanda está focada no nível de resistência das espécies aos distúrbios do clima, que transformarão a vida animal. Ela afirma: “Precisamos repensar os nossos hábitos se quisermos deter o avanço do aquecimento global”.
Especialmente, ela quer saber a resposta que os répteis dão às mudanças climáticas e os riscos de extinção de cada um. “Esses animais não conseguem regular a temperatura do corpo e são mais suscetíveis às mudanças”, diz.
Fernanda começou o estudo no cerrado e o estendeu à Amazônia, dois biomas ameaçados, sobretudo pelo desmatamento. Fernanda integra a equipe do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e aproveitará o prêmio para divulgar o que toda cientista sente na pele: “Saímos da graduação em equilíbrio com os homens, mas vamos perdendo terreno. No mundo, apenas 30% dos pesquisadores são mulheres. A ascensão na carreira é difícil para nós.”
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