Caça predatória e ausência de áreas de preservação natural são fatores determinantes para o aceleramento no processo de extinção de várias espécies
A sociedade evoluiu nas mais diferentes áreas nas últimas décadas. A tecnologia explodiu, a medicina está cada vez mais precisa e mundo se tornou um lugar mais globalizado e menos distante entre as pessoas. Todavia, em outras áreas parece que estamos parados no tempo… Animais continuam ameaçados de extinção e podem desaparecer da face da Terra em um tempo muito mais curto do que imaginamos.
Um exemplo claro deste problema gravíssimo que enfrentamos é o caso do rei da selva, o leão. Ano após ano a população de leões em grande parte da África vem diminuindo e caminhando continuamente para a extinção rápida. Segundo o biólogo Hans Bauer, da universidade de Oxford, em estudo publicado na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America) sobre as regiões oeste e central do continente, a população de leões tem uma chance de 67% de redução em apenas duas décadas. Já na região leste da África, a chance é de 37%. Além do perigo de extinção do animal símbolo do continente, a população de herbívoros de grande porte também está diminuindo.
Cercas que salvam animais
No sul do continente, onde o desenvolvimento urbano e social é maior, o índice de extinção dos leões é bem menor graças às áreas de preservação ambiental, como o Parque Nacional Kruger, na África do Sul. Locais assim são vigiados 24 horas, a presença de caçadores é proibida e os animais podem viver com mais tranquilidade, mesmo não sendo algo totalmente natural e que seja considerado o ideal.
Hans Bauer e outros colegas alertam sobre a queda na população de leões no continente. “Dentro de alguns anos os leões não poderão ser considerados uma espécie emblemática em grande parte da África”. Os especialistas também alertam que, em outras eras, animais predadores de maior porte foram extintos na mesma região onde os leões se encontram hoje, como leões da caverna, lobos, tigre-dente-de-sabre, entre outros.
Outro problema apontado ao longo da história é a ausência de predadores de grande porte que poderiam atacar os leões como parte da cadeia alimentar natural. Todavia, a diminuição de animais herbívoros no continente africano também impacta diretamente na redução da população de leões.
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