Um dos programas de armas mais importantes do mundo, com alta tecnologia bélica, ainda coloca suas informações em disquetes de 8 polegadas e um sistema de computadores dos anos 1970, sabia? Inacreditável, mas esse fato foi revelado em um relatório publicado pelo governo norte-americano.
De acordo com a porta-voz do Pentágono, Valerie Henderson, em entrevista à AFP “este sistema continua em uso, pois, em suma, ele ainda funciona”. O relatório em questão, foi divulgado pelo Government Accountability Office, como parte de um esforço para que esses sistemas obsoletos sejam modernizados.
Além disso, também foi divulgado que o Departamento de Defesa do país, que controla armas nucleares, mísseis balísticos e aviões de apoio petroleiro executam suas ações em um IBM Series/1, um microcomputador introduzido em 1976 que usa um sistema de disquetes de 8 polegadas para armazenamento de dados.
Os disquetes de 8 polegadas foram os gigantes precursores dos modelos de 3,5 e 5,25, usados nos anos 90, antes de serem substituídos pelos CDs, e posteriormente tecnologias mais recentes,como pen drives e cartões de memória, por exemplo. O relatório também mostrou que são mais de 60 bilhões de dólares por ano usados na manutenção dessa tecnologia primitiva – cerca de mais de três vezes do que seria utilizado em sistemas modernos.
Além dos programas de armas nucleares, é sugerido que o Tesouro dos EUA também atualize seus sistemas. De acordo com os dados divulgados, o “código de linguagem de montagem é um sistema utilizado inicialmente na década de 1950 e, normalmente, anexo ao hardware para o qual foi desenvolvido”.
Contudo, a boa notícia é que o Pentágono planeja substituir completamente seus sistemas até o final de 2020, mas quer se livrar dos disquetes ainda mais cedo. Essa não é a primeira vez que os EUA são criticados por estarem presos a tecnologias arcaicas.
Megan Smith, chefe de tecnologia do país à época, comentou sobre o “choque cultural” experimentado pela campanha do ex-presidente Obama, quando todos descobriram que teriam de usar disquetes e Blackberrys na Casa Branca.
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