Powered By Blogger

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Nanopartícula faz célula desentupir artéria e evitar ataque cardíaco

Pelo site Engenharia É


Uma equipe de cientistas dos Estados Unidos criaram uma nanopartícula que estimula os monócitos e os macrófagos,  que são células de defesa do organismo, a comerem placas de gordura, cálcio e outras substâncias que causam o entupimento das artérias.

A descoberta foi publicada na revista Nature Nanotechnology e traz um grande avanço no combate à aterosclerose, uma doença cardíaca que atinge dois milhões de pessoas por ano só no Brasil.
A nanopartícula, na ocasião, é colocada dentro das células imunes, que são responsáveis por combater corpos estranhos no organismo. Então, ela libera medicamento para estimular os macrófagos a sugar e comer as células mortas e doentes. Isso reduz e estabiliza o tamanho da obstrução dos vasos.

De forma natural, os macrófagos já realizam esse trabalho de limpeza em nosso organismo. Entretanto, no caso desse tipo de doença cardíaca, as células de defesa dependem de um estímulo para selecionar aquelas moléculas que estão entupindo as veias, para depois eliminá-las.
“Descobrimos que podemos estimular os macrófagos a comer seletivamente células mortas que causam ataques cardíacos”, explicou Bryan Smith, professor da Michigan State University envolvido na pesquisa. “E nós podemos colocar a nanomolécula dentro dos macrófagos para mandá-los comer novamente”. Continua.
O pesquisador ainda disse que, futuramente, as nanodrogas podem reduzir o risco de diversos tipos de ataques cardíacos com menos efeitos colaterais para os pacientes. Isso será possível graças ao local em que será depositado tal medicamento – para este caso, no interior das células imunes; atualmente, elas são depositadas na superfície.
A descoberta demonstra que os nanomateriais são capazes de procurar e enviar uma mensagem para as células necessárias ao combate de doenças relacionada a cardiovasculares. “Nosso trabalho futuro incluirá o uso desses nanomateriais em modelos de animais grandes e testes em tecidos humanos”, afirma Smith. “Acreditamos que é melhor que os métodos anteriores”. Concluiu.
O cientista americano registrou uma patente provisória e começará a comercializá-la ainda este ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário