Com informações da BBC
Está em andamento uma missão experimental para desviar um asteroide, composta por cinco naves, que deverão ir ao espaço em 2022.[Imagem: ESA - ScienceOffice]
Ameaça profunda
Cientistas reunidos em uma conferência em São Francisco repetiram o alerta: o mundo não está preparado para lidar com a possível colisão de um asteroide contra o planeta.
A boa notícia é que, com a tecnologia atual, pelo menos em teoria seria possível evitar uma catástrofe como essas - diferente do que acontece com outras catástrofes, como terremotos, tsunamis e furacões.
Os asteroides são vistos como ameaça para a humanidade, por isso há um grande esforço para monitorar a trajetória do maior número possível dessas grandes rochas espaciais - a maioria dos cientistas acredita que foi o impacto de um asteroide que causou a extinção dos dinossauros milhões de anos atrás.
Mas qual ação poderia ser tomada no caso de um desses asteroides entrar em rota de colisão com nosso planeta?
Bomba nuclear ou canhão espacial
Segundo a cientista Cathy Plesco, do Laboratório Nacional Los Alamos, nos EUA, há duas ações que poderiam ser colocadas em prática na iminência de uma colisão.
Uma delas é usar um tipo de bomba nuclear.
"O artefato explosivo nuclear seria lançado em um foguete no espaço profundo onde estaria o objeto. Em seguida, o artefato nuclear seria detonado ou na superfície do asteroide, ou logo abaixo da superfície, vaporizando parte dele e assim mudando a órbita do objeto de forma que ele não acerte a Terra," disse ela.
A outra opção é usar um conceito de aparelho que a NASA chama de "projétil cinético". Na prática, trata-se de enviar uma ou mais espaçonaves de grandes proporções que se chocariam com o asteroide em alta velocidade.
"É basicamente uma bala de canhão gigante lançada em uma nave que colide com o objeto e faz com que o asteroide ou cometa perca massa e mude sua órbita o suficiente para não atingir a Terra," explicou Plesco.
Tempo
Entretanto, de acordo com a NASA, uma espaçonave dessas levaria 20 anos para ser construída.
Se ela já estivesse construída no momento em que o asteroide for detectado, ainda assim seria necessário um tempo de preparação da missão - de um a dois anos para pequenas rochas.
Mas esse tipo de solução possivelmente não seria eficaz no caso de asteroides extremamente grandes.
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