Programa vai devolver 37 mil tartarugas taricaya ao seu habitat natural
Milhares de espécie nos últimos cem anos foram extintas ou ameaçadas de extinção, devido ao desmatamento, ao tráfico de animais e à poluição que a cada dia aumentam mais. Porém, governos de diversos países estão aos poucos tentando recuperar essas espécies e trazê-las de volta às florestas, lagoas e mares.
O Peru é um desses países. Aproximadamente 37 mil filhotes de tartaruga taricaya (conhecida no Brasil como tracajá) estão previstas para serem soltas na Amazônia Peruana por voluntários e autoridades ambientais, segundo o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp). Essa espécie, que já esteve ameaçada de extinção, poderá retornar ao seu habitat natural gradualmente para auxiliar no repovoamento. O plano é liberar 500 mil até o final do ano.
A espécie começou a ser libertada em meados de outubro, em uma zona protegida da bacia hidrográfica do rio Amazonas, no nordeste do Peru, e continuará até meados de novembro.
O sistema de repovoamento tem o objetivo de recolher e selecionar os ovos das tartarugas e transferi-los das praias naturais dos rios amazônicos para as praias artificiais criadas pelo Sernanp, onde serão incubados artificialmente durante 70 dias até o seu nascimento para então serem liberadas nos lagos e lagoas da Amazônia.
Antigamente essas espécies eram encontradas em excesso nos rios da região, mas devido ao aumento progressivo da superexploração e do desmatamento, elas foram desaparecendo de forma gradativa. Essa espécie é classificada pelo governo do Peru como “vulnerável”.
Esse programa libera cerca de 1 milhão de filhotes para o seu habitat natural por ano, ajudando as espécies a ingressar novamente na natureza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário