Com informações do CPqD
O recorde foi batido sem o uso de equipamentos para amplificação de sinais, que representam um dos principais obstáculos à implantação de redes ópticas em locais de difícil acesso. [Imagem: CPqD/Divulgação]
Transmissão óptica coerente
Engenheiros do CPqD, em Campinas (SP), quebraram o recorde mundial na área de transmissão óptica coerente sem repetição, uma tecnologia que dispensa o uso de elementos ativos na rede para amplificação dos sinais.
A nova marca foi atingiu 400 gigabits por segundo (Gb/s) por meio de um link óptico de 403 quilômetros.
O recorde mundial já pertencia ao CPqD. Na marca anterior, estabelecida no início de 2016, a transmissão realizada pela equipe alcançou a distância de 370 quilômetros
Em ambos os casos, o recorde foi batido sem o uso de equipamentos para amplificação de sinais, sendo a instalação desses equipamentos um dos principais obstáculos à implantação de redes ópticas de comunicação em locais de difícil acesso.
"Desta vez, além de aumentar a distância, também ampliamos a capacidade da transmissão, pois utilizamos 16 canais ópticos de 400 Gb/s," explicou Jacklyn Dias Reis, responsável pela área de Tecnologias Ópticas do CPqD. Ele lembra que, na experiência anterior, foram usados apenas dez canais ópticos de 400 Gb/s.
Parcerias
O resultado dessa transmissão, que estabeleceu o novo recorde mundial nessa área, será apresentado na OFC 2017 - Optical Fiber Communication Conference, principal evento do setor de comunicações ópticas no mundo, que acontecerá entre 19 e 23 de março, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
A apresentação será feita pelo pesquisador João Januário. Além da equipe da área de Tecnologias Ópticas do CPqD, participaram desse trabalho pesquisadores da Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação da Unicamp e profissionais da Corning Inc., empresa norte-americana que forneceu fibras ópticas especiais para a experiência.
"O novo recorde mundial também é fruto dessa parceria, que permitiu complementar nossos conhecimentos em transmissão óptica coerente de alta capacidade e em projetos de amplificadores ópticos, de algoritmos de processamento de sinal e de códigos corretores de erro", concluiu Jacklyn Reis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário