Tal aplicação irá gerar energia suficiente para manter 66 estações de trabalho.
Os filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV) são filmes plásticos impressos com uma tinta orgânica capaz de produzir energia solar.
Será inaugurada em São Paulo uma das maiores fachadas do mundo com aplicação comercial de células fotovoltaicas que captam a luz do sol e a transformam em energia elétrica. O anúncio foi feito pela Sunew, empresa brasileira fabricante de filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV).
Tal aplicação irá gerar energia suficiente para manter 66 estações de trabalho, além de evitar a emissão de 578 toneladas de CO2 por ano.
Além de compor os vidros padrões da fachada, criando um design diferenciado à edificação, os filmes serão utilizados como parte da comunicação visual. A iniciativa marca o início da disponibilização da solução OPV para o consumo em larga escala no mercado mundial. “Um investimento de 100 milhões de reais foi realizado para o desenvolvimento da tecnologia e implantação da fábrica, que hoje tem capacidade produtiva de 400 mil m2 de filmes fotovoltaicos orgânicos por ano”, afirma Marcos Maciel, CEO da Sunew.
Os filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV) são filmes plásticos impressos com uma tinta orgânica capaz de produzir energia solar. Segundo o fabricante, a inovação é 40x mais leve, 50% mais transparentes, e 100% flexível em relação as convencionais placas rígidas usadas nas outras gerações.
“Essa tecnologia possui características capazes de revolucionar o mercado de energia solar, permitindo aplicações em locais onde as tecnologias existentes não se aplicam hoje. O OPV é leve, flexível, translúcido e tem baixa dependência do ângulo de incidência solar, bloqueio de raios UV e infravermelho, além de altamente customizado, em termos de cores e formato”, explica Maciel.
Os diferenciais do OPV também representam sua maior vantagem competitiva por possibilitar aplicações que vão desde a fachada de um prédio, como é o caso desse empreendimento, até o teto de um veículo ou um toldo de uma praça.
Empreendimento paulistano
O empreendimento paulistano, idealizado pela construtora Inovalli, foi pensado como modelo para uma nova geração de construções que aliam inovação e sustentabilidade.
A aplicação do OPV também é capaz de reter 95% da radiação UV, o que, combinado ao fato do material ser transparente e permitir a entrada de luz, contribui para o conforto térmico e uma melhor gestão da eficiência energética do edifício. Esses fatores combinados têm potencial para garantir até 44 pontos na certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), criada para classificar construções sustentáveis de acordo com os critérios de racionalização de recursos (energia, água, etc.) atendidos por um edifício.
Sustentabilidade na produção
A fabricante ressalta que possui a maior capacidade produtiva de OPV do mundo, e que seus filmes são feitos a partir de matérias primas orgânicas e abundantes na natureza e a produção. Segundo eles, a tecnologia é sustentável desde o processo produtivo, que gasta 20 vezes menos energia do que a fabricação de painéis tradicionais.
“O processo produtivo das membranas orgânicas emite menos gases nocivos ao meio ambiente e consome menos energia do que as tecnologias tradicionais no mercado, figurando como a tecnologia fotovoltaica com menor pegada de carbono disponível atualmente. Todas essas propriedades permitem a união do design com energia e sustentabilidade. Por exemplo, só em reduzir a carga térmica incidente em uma fachada com OPV, podemos atingir até 10% de redução do consumo total de energia do prédio”, afirma Tiago Maranhão, presidente do Conselho da Sunew.
A aplicação está em fase final e o prédio deve ser inaugurado em janeiro do próximo ano.
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