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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

7,6 mil pessoas já produzem a própria energia no Brasil, aponta Aneel

Pelo site Engenharia é


Agência reguladora projeta que mais de 1 milhão de consumidores gerem sua própria energia até 2024








Potência gerada pelos sistemas alternativos seria suficiente para abastecer até 60 mil casas.
Ainda em 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrava apenas quatro conexões de energia produzidas por conta própria, não dava para imaginar que, cinco anos depois, milhares de pessoas estariam apostando neste sistema de geração de energia.
 Aneel oferece benefícios ao consumidor que gera a própria energia
Para se livrar dos altos impostos cobrados pelas concessionárias, muitos consumidores estão procurando alternativas para gerar sua própria energia. Assim conseguem diminuir seus gastos e tornar o país mais sustentável.
De olho nessa movimentação e apostando no crescimento do uso de energia solar em residências, entrou em vigor neste mês de março a Resolução Normativa nº 687/2015. Por meio dela, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que quem passar a utilizar qualquer fonte renovável, como painéis solares fotovoltaicos, microturbinas eólicas, entre outras, terá diversos benefícios e vantagens.
O consumidor que gerar sua própria energia poderá enviar o excedente para a concessionária de sua região para abater o valor na próxima conta. Ou seja, se a pessoa gerar uma determinada quantidade de energia e ela for superior à gerada naquele período, ela ficará com crédito que pode ser utilizado para diminuir a fatura nos meses seguintes. O prazo de validade dos créditos também mudou: antes era de 36 meses e agora é de 60.
Outra opção é compensar essa diferença em outro imóvel de sua escolha, sendo ele atendido pela mesma concessionária.

Benefícios para quem mora em condomínios

A nova medida passa a permite a instalação de geração distribuída em condomínios e empreendimentos que possuam mais de uma unidade. Dessa forma, a energia poderá ser dividida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos consumidores.
O modelo de geração distribuída já foi testado e aprovado em muitos países. Aqui no Brasil ela começou em 2012 e está aumentando a cada dia. Só esse ano são mais de 1900 usuários que adquiriram esse tipo de geração compartilhada.
Entre as organizações que colaboraram para o desenvolvimento dessas mudanças na resolução está a WWF-Brasil. Para Mario Barroso, superintendente de Conservação do WWF-Brasil, essas atualizações representam um grande avanço e um passo importante para o desenvolvimento sustentável do país.
Barroso defende ainda que os brasileiros passaram a aderir a esse tipo de geração de energia por conta da alta da energia elétrica. Ao mesmo tempo, pesaram também os benefícios ambientais, a diminuição das emissões de gases de efeito estufa e a economia nas contas. “Isso mostra o interesse das pessoas, que, mesmo com regulamentações pouco atrativas de antes, têm optado por gerar sua própria energia.”
Segundo a agência, até mês passado, cerca de 7,6 mil consumidores aderiram a sistemas particulares, número que gera expectativa e tem tudo para aumentar ainda mais nos próximos anos. Isto porque, no período de 2012 a janeiro de 2017, a potência instalada nas conexões de micro e minigeração de energia ultrapassou os 75 mil kW, quantidade suficiente para abastecer até 60 mil casas.
Para justificar os avanços do setor, a Aneel explica que a publicação de uma resolução normativa com as condições gerais para acesso de micro e minigeração a sistemas de distribuição pública e a criação de sistemas de compensação de energia elétrica, são dois dos maiores responsáveis pela expansão territorial (a nível nacional) do modelo.
De acordo com os números registrados, o estado de Minas Gerais é líder no país, com 1.644 conexões de micro e minigeradores, seguido por São Paulo, com 1.370, e Rio Grande do Sul, com 782 conexões. A agência reguladora confirma ainda que a fonte mais utilizada por “consumidores-geradores” é a solar, contando com 7.568 adesões. A energia eólica é a segunda no ranking, porém, com somente 45 instalações.
Em nota oficial, Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel, ressalta que este tipo de geração de energia barateia os custos de produção, além dos ganhos nos aspectos ambientais. Uma estimativa feita pela agência mostra que até 2024 a expectativa é de que mais de 1,2 milhão de consumidores estejam produzindo sua própria energia.

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