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domingo, 5 de fevereiro de 2017

A Inteligência Artificial está impendindo que as crianças fiquem cegas


Pelo site Engenharia é




Os EUA tem tido números cada vez menores de casos de cataratas congênitas – uma turvação da lente ocular que ocorre logo no nascimento,e que pode levar à cegueira.
Isso porque, atualmente, há melhores condições de identificar mais cedo o problema, que pode ser resolvido com cirurgia. Porém, em países em desenvolvimento, a história é diferente, uma vez que há a falta de conhecimento especializado e menos recursos, o que significa que centenas de milhares de crianças ficam cegas devido a essa condição tratável.
“Diagnósticos perdidos ou errados, bem como decisões inadequadas de tratamento, são comuns entre pacientes com doenças raras e são contrários aos objetivos da medicina de precisão, especialmente em países em desenvolvimento com grandes populações, como a China”, escreveu um grupo de pesquisadores chineses em um novo estudo publicado na revista Nature Biomedical Engineering.
Utilizando a Inteligência Artificial, esses pesquisadores estão corrigindo essa falha. No estudo, eles descreveram um programa de IA capaz de diagnosticar cataratas congênitas com mais precisão do que os médicos humanos. E os dados coletados poderiam estimular novas pesquisas sobre como tratar essa doença de caráter raro.
O envelhecimento ainda é a causa mais comum para as cataratas, enquanto que cerca de 5% a 20% da cegueira infantil é causada pela versão congênita. Embora a doença seja considerada curável, se a cirurgia de correção não é feita cedo, pode fazer com que os olhos não funcionem corretamente durante o crescimento. Na China, por exemplo, cerca de 30% da cegueira infantil é causada por essa forma da doença.
Em 2010, a China criou um Programa de Catarata Infantil pelo Ministério da Saúde chinês, de acordo com o coautor do estudo Haotin Lin. O programa, segundo ele, coletou dados sobre milhares de casos, mas não a ponto de atingir seu potencial. Então, inspirado pelo projeto DeepMind, do Google, que construiu um sistema de IA capaz de competir em jogos contra humanos, Lin e sua equipe decidiram usar os dados para criar um “oftalmologista de IA”.
“Uma vez que a IA pode jogar contra jogadores humanos, por que não criar uma que possa agir igualmente a um médico humano qualificado?”, disse Lin. Então, trabalhando em conjunto com uma equipe da Universidade de Xidian por dois anos, os cientistas foram capazes de construir CC-Cruiser, um programa de inteligência artificial treinado para examinar imagens de olhos, detectar a presença de cataratas e recomendar cirurgias quando necessário.
Em um teste feito ao lado de oftalmologistas humanos, o CC-Cruiser conseguiu identificar com sucesso casos de catarata congênita em um grupo de 50 imagens de pacientes. Enquanto que os especialistas humanos deixaram passar alguns casos e identificaram vários falsos positivos. “Os seres humanos tendem a ser um tanto conservadores ou radicais devido à sua própria experiência e personalidade – e a vantagem da máquina é a sua objetividade”, explicou Lin. “Nós acreditamos que os resultados de aprendizagem profunda, que colaboram com a análise humana, alcançarão uma melhor qualidade e eficiência em relação aos tratamentos”.

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