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sábado, 25 de fevereiro de 2017

Aquecimento global pode comprometer produção de energia, aponta estudo

Pela Fragmaq

Levantamento revela que entre 2040 e 2069, até 86% das usinas podem ter uma forte redução na sua capacidade utilizável



Temperatura compromete o resfriamento da água usada na geração de energia.
Publicado recentemente na revista Nature Climate Change, um estudo revelou que, apesar de bastante conhecido e de diversas análises sobre o tema, o aquecimento global impacta a vida humana mais do que esperávamos.
Isso porque, segundo os dados obtidos na pesquisa, as usinas de energia em todo o mundo podem ter uma grande redução na sua capacidade de produção de energia devido às mudanças climáticas.
A pesquisa prevê que, em meados do século, o aumento da temperatura da água pode impactar diretamente na produção. Isso porque o abastecimento depende da disponibilidade do recurso e a temperatura certa é fundamental para o resfriamento, processo importante para a geração de energia.
O fator, aliado a uma crescente demanda global por eletricidade, pode impactar na capacidade de usinas para produzir eletricidade suficiente. Atualmente, as energias hidrelétrica e termelétrica são responsáveis por 98% do fornecimento de eletricidade do mundo.

Calor e tempo seco também favoreceram as mudanças climáticas

Além disso, outro fator que tem ameaçado o setor é o aumento das secas e ondas de calor, obviamente provocadas pelas mudanças climáticas drásticas. O estudo estima que, entre 2040 e 2069, até 86% das 1.427 usinas estudadas podem ter uma redução na sua capacidade utilizável tão grande que os danos serão irreversíveis.
Outro dado que chama a atenção é de que a capacidade global anual das usinas hidrelétricas poderia cair 12% até 2050. Em uma base mensal, o estudo diz que 22% das usinas poderiam sofrer reduções “fortes” – mais de 30%.
No caso das estações termoelétricas, cerca de 70% também poderiam sofrer com uma forte redução mensal. Para os especialistas responsáveis pela pesquisa, é preciso implantar uma série de mudanças e tornar as plantas mais eficientes.
Outra aposta do estudo é a geração de eletricidade por meio de fontes renováveis, como eólica e solar.

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