Há anos o azeite de oliva é elogiado por seus benefícios para a saúde cardiovascular, e agora há indícios de que ele também pode combater o mal de Alzheimer.
No estudo divulgado em 21 de junho, pesquisadores analisaram os efeitos do consumo diário de azeite de oliva num grupo de ratos. O azeite não apenas foi eficaz ao preservar a memória e a função cognitiva, mas os pesquisadores também conseguiram identificar os mecanismos por trás da sua eficácia.
“Nós descobrimos que o azeite de oliva reduz a inflamação no cérebro, e o mais importante, ativa um processo conhecido como autofagia,” explicou o pesquisador sênior Domenico Praticò, médico e professor do Departamento de Farmacologia e Microbiologia da Escola de Medicina Lewis Katz da Universidade Temple, nos Estados Unidos. De acordo com o site Science Daily, “autofagia é o processo pelo qual as células decompõem e eliminam resíduos intracelulares e toxinas, como placas amiloides e emaranhados de proteína tau”. Os resíduos e toxinas estão entre os fatores que mais contribuem para o impacto progressivo do mal de Alzheimer, incluindo a perda de memória e a incapacidade de usar a linguagem.
Embora aparentemente o grupo de ratos que consumiu azeite de oliva não apresentasse diferenças em relação ao grupo que não obteve este alimento, “os ratos que mantiveram a dieta com azeite de oliva extravirgem tiveram desempenhos significativamente melhores em testes criados para avaliar a memória de trabalho, memória espacial e habilidades de aprendizado”. Adicionalmente, após uma análise mais profunda, suas células neurais apresentaram uma aparência e um funcionamento melhor do que as observadas no grupo de controle.
O estudo foi publicado durante o “Mês da Consciência do Cérebro e Alzheimer” da Associação de Alzheimer dos Estados Unidos, oferecendo esperança e a promessa de inovação para futuras gerações, trabalhando para encontrar a cura desta doença degenerativa. Com mais de cinco milhões de norte-americanos afetados pelo Alzheimer todos os anos – e com a expectativa de que este número triplique até 2050 – esta descoberta pode ter um enorme impacto na longevidade e na saúde das gerações futuras.
O Alzheimer, forma mais comum de demência nos Estados Unidos, é coisa séria. Nos últimos anos foram poucas as grandes descobertas em pesquisas envolvendo a prevenção e o tratamento da doença. Isso faz com que este estudo seja muito animador; Praticò e os outros pesquisadores envolvidos, já estão prestes a começar a trabalhar em um novo experimento.
O estudo, juntamente com outras pesquisas sobre os benefícios do azeite de oliva, serve como prova de que é preciso aumentar o consumo de óleos e gorduras saudáveis.
Algumas formas simples de incluir o azeite de oliva na dieta incluem usá-lo em saladas, massas, vegetais ricos em ferro, ou até adicioná-lo em sobremesas deliciosas.
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