Quase todo mundo já disse ou pensou: ‘Eu odeio o som da minha própria voz”. Cada um de nós ouvimos nossa própria voz mais do que qualquer outra pessoa, então por que isso? Acontece que tudo se resume em anatomia.
Desde a primeira gravação da voz em 1860, os seres humanos tiveram a oportunidade de ouvir a si mesmos como os outros a ouvem.
Para entender por que a nossa voz parece tão diferente para nós mesmos, temos que observar as duas maneiras em que a nossa voz é ouvida – a nós mesmos e aos outros. Quando os outros nos ouvem falar, o som atinge o tímpano do lado de fora. Quando ouvimos a nós mesmos, o som também percorre o interior de nossas cabeças, conduzido através dos ossos do crânio antes de atingir o tímpano. Esta segunda via amplifica as vibrações de baixa frequência, resultando em uma voz com sonoridade mais profunda.
Ouvir uma gravação de nós mesmos elimina esse segundo caminho para as ondas sonoras, por isso, só iremos ouvir as vibrações de frequência mais elevada – não é de admirar que soa estranho! Você pode experimentar o efeito oposto colocando os dedos em seus ouvidos: experimentá agora, soa mais profundo, certo?
É possível se acostumar com o som “real” da sua voz. Cantores e oradores públicos devem monitorar constantemente como elas soam para os outros, usando gravações e feedback para aprimorar sua voz. Conseguir o equilíbrio certo para os outros não soará “direito” dentro de sua própria cabeça. Há mesmo sites por aí com instruções sobre como consertar o que você acha que está errado com sua voz.
Pode ser reconfortante saber que você é o único que experimenta esta incongruência com a sua voz. A menos que a sua voz no telefone seja drasticamente diferente de sua voz ”real”, o público ouve e já sabe que a voz é sua. Também é bom saber que todos nós temos essa estranheza em comum, devido à nossa anatomia vocal compartilhada. Tenha certeza, não é só você – todos nós estamos nos ouvindo através de uma ”caverna” óssea ressonante.
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