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sábado, 29 de agosto de 2015

Nova tecnologia de turbina a gás usa CO2 supercrítico

Redação do Site Inovação Tecnológica 


Turbina de CO2 supercrítico para geração distribuída de energia
A turbina de ciclo Brayton à base de dióxido de carbono supercrítico, capaz de gerar 6 megawatts, deverá ser testada em dois laboratórios ligados ao governo norte-americano.[Imagem: Peregrine Turbine Technologies/Divulgação]
Ciclo Brayton
O Laboratório Nacional Sandia, do governo norte-americano, anunciou uma parceria com oito empresas e entidades de pesquisas para viabilizar a utilização prática e comercial de um sistema de geração de eletricidade mais limpa e mais eficiente do que os atuais.
O consórcio pretende desenvolver uma tecnologia de ciclo Brayton usando uma turbina a gás à base de dióxido de carbono supercrítico (S-CO2).
O ciclo Brayton é um ciclo termodinâmico ideal, geralmente utilizado como demonstração didática e para análise dos ciclos reais, que se desviam do modelo ideal devido a limitações tecnológicas e fenômenos como o atrito.
A NASA planeja instalar uma usina na Lua utilizando este princípio.
Dióxido de carbono supercrítico
O termo "supercrítico" refere-se ao estado semilíquido do dióxido de carbono quando ele é levado acima de um valor limite de temperatura e pressão. Fluidos supercríticos são muito utilizados na indústria porque eles penetram em materiais como um gás, mas são também capazes de dissolver algumas substâncias, como a graxa, como se fosse um líquido.
Essa característica permite que os sistemas à base de S-CO2 - uma turbina, por exemplo - operem com elevada eficiência térmica.
"O ciclo de Brayton de dióxido de carbono supercrítico pode substituir sistemas de vapor em um tamanho menor e com maior eficiência, menor custo, emissões mais baixas e com geração de energia distribuída, reduzindo a carga sobre a rede elétrica nacional," explicou Gary Rochau, gerente do projeto.
Turbina de CO2 supercrítico para geração distribuída de energia
As instalações para teste da nova turbina já estão prontas no Laboratório Sandia. [Imagem: Randy Montoya]
Rochau acrescentou que a tecnologia de ciclo Brayton à base de dióxido de carbono supercrítico poderá trazer melhorias em grande escala para a maioria dos setores de energia, especialmente solar, nuclear e termoelétricas à base de turbinas a gás.
Os benefícios econômicos e ambientais incluem a redução do consumo de combustível e das emissões de poluentes e a capacidade de gerar energia a partir de uma variedade de fontes de calor.
Turbina supercrítica
O consórcio trabalhará em uma planta-piloto com uma turbina a gás capaz de gerar 6 megawatts, desenvolvida pela Peregrine Turbine Technologies, que já está trabalhando há algum tempo no desenvolvimento de uma turbina para termoelétricas usando o dióxido de carbono supercrítico.
A empresa afirma que a tecnologia poderá ter uma eficiência de 30 a 60% superior à das turbinas usadas hoje em termoelétricas movidas a gás natural.

O primeiro protótipo da turbina, que deverá estar pronto em 2016, será instalado no Laboratório Sandia, e um segundo protótipo já planejado será testado no US Space & Rocket Center.

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