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terça-feira, 14 de julho de 2015

Nascem primeiros painéis de fotossíntese artificial

Redação do Site Inovação Tecnológica 



Tungstênio transforma luz do Sol em hidrogênio
Os painéis de fotossíntese artificial produzidos ainda são pequenos, mas a técnica pode ser aplicada em grandes dimensões. [Imagem: Xiaoyun Yu et al. - 10.1038/ncomms8596]
Energia solar e hidrogênio
São várias as técnicas em desenvolvimento no campo da fotossíntese artificial, que busca uma forma de usar a energia solar para quebrar moléculas de água e produzir hidrogênio.
O hidrogênio é uma fonte de energia interessante porque tanto poderia ser utilizado diretamente nas usinas térmicas atuais - sendo queimado para produzir eletricidade ou vapor nas indústrias, por exemplo -, como em células a combustível, produzindo eletricidade sem a emissão de qualquer poluente.
Isto não é possível hoje porque o hidrogênio é produzido a partir do gás natural - o que, de certa forma, o torna um "neto" dos chamados combustíveis fósseis.
Xiaoyun Yu e seus colegas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, desenvolveram agora uma solução para a fotossíntese artificial que prima pela simplicidade e pelo baixo custo, podendo finalmente apontar o caminho para a conversão de uma economia baseada em fontes de energia sujas para fontes de energia limpas.
Painel de fotossíntese artificial
O processo de fotossíntese artificial - a quebra da molécula de água para produzir o hidrogênio - é feito por uma folha monoatômica de disseleneto de tungstênio, um material bidimensional menos famoso do que o grafeno, mas já usado para construir nanolasers.
Os materiais bidimensionais são muito bons em converter a luz solar em eletricidade, mas é difícil fabricá-los nas dimensões de um painel solar - ou de um painel de fotossíntese artificial.
Tungstênio transforma luz do Sol em hidrogênio
Esquema da técnica de fabricação das folhas bidimensionais de disseleneto de tungstênio. [Imagem: Xiaoyun Yu et al. - 10.1038/ncomms8596]
Yu e seus colegas resolveram a questão aspergindo seu material entre dois líquidos que não se misturam - água e óleo. Isto criou uma parede que pressionou os cristais de disseleneto de tungstênio. A aplicação de vibrações sônicas fez com que esses cristais se esfoliassem e formassem uma película - ou filme fino - do material monocamada.
Os líquidos foram então removidos e o filme fino foi cuidadosamente transferido para uma base de plástico flexível, criando um painel solar pronto para produzir hidrogênio.
"[A técnica] é adequada para processamento rolo a rolo de alta velocidade. Considerando a estabilidade desses materiais e a facilidade relativa do nosso método de deposição, isto representa um importante avanço rumo a uma conversão energia solar-combustível líquido viável economicamente," disse o professor Kevin Sivula, orientador do trabalho.
Bibliografia:

Self-assembled 2D WSe2 thin films for photoelectrochemical hydrogen production
Xiaoyun Yu, Mathieu S. Prévot, Néstor Guijarro, Kevin Sivula
Nature Communications
Vol.: 6, Article number: 759
DOI: 10.1038/ncomms8596

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