Os prédios constituem um dos maiores consumidores de recursos naturais e respondem por uma porção significativa das emissões de gases estufa que afetam as mudanças climáticas. Segundo o World Green Building Council (World GBC), entidade que reúne os Green Building Councils do mundo todo, o setor de construção civil responde por 40% das emissões de gases de efeito estufa no planeta.
A boa notícia é que a conscientização tem ajudado a impulsionar globalmente a utilização do conceito da sustentabilidade na construção. Uma das maneiras mais simples e efetivas de reduzir as emissões de gases poluentes – a construção de prédios inteligentes – tem sido mais frequente não só no exterior, mas aqui no Brasil também. Com recursos avançados de tecnologia e manutenção, assim como os prédios estrangeiros, os nacionais visam tornar sua manutenção mais econômica e reduzir seu impacto ambiental.
O que são prédios inteligentes?
Prédios inteligentes, também conhecidos como verdes, são construções projetadas para o consumo sustentável, de maneira a reutilizar recursos naturais e a reduzir desperdícios e custos, aliando o ambientalmente correto ao conforto e bem-estar de seus ocupantes.
Vista do Eldorado Business Tower, um dos prédios inteligentes do Brasil
Os benefícios em números da construção sustentável
A construção de edifícios verdes pode trazer uma redução entre 40% e 70% no consumo de água e resíduos e de cerca de 30% no consumo de energia. Isso possibilita uma compensação média de 35% das emissões de carbono no planeta. Além disso, os custos do consumo de energia em um prédio inteligente, que era anteriormente comum, podem ser reduzidos em até 70%. Os edifícios verdes consomem menos água, geram menos lixo e beneficiam a saúde e a produtividade de seus residentes, com benefícios para o governo e o conjunto da sociedade.
Prédios inteligentes no Brasil
O Brasil é o 4º país com mais construções verdes certificadas no mundo, contando com aproximadamente 82 empreendimentos certificados e 620 em processo de obtenção da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Conheça dois dos vários prédios inteligentes ou verdes no Brasil:
Eldorado Business Tower: localizado em São Paulo, começou a ser construído em 2006. Foi um dos primeiros prédios da América Latina a receber o certificado LEED na categoria Platinum, se tornando uma das maiores referências em prédios inteligentes no país. Entre suas capacidades está a de ser altamente conectado com câmeras, sistemas, computadores, etc. Em termos de sustentabilidade e conforto, sua fachada de vidro é o grande destaque, que na época foi uma grande inovação: o vidro verde utilizado deixa passar 70% da luz e apenas 28% do calor. O resultado é a redução do consumo energético para iluminação e refrigeração do ambiente. Entre diversos outros mecanismos implementados ao projeto, há os elevadores regeneradores de energia, sistemas de coleta e tratamento da água da chuva e da água eliminada pelo sistema de ar condicionado.
Faixada do Eldorado Business Tower
Torre Santander: localizada em São Paulo, possui sanitários com sistema a vácuo e, igualmente ao Eldorado, um sistema de reaproveitamento da água da chuva e do sistema de drenagem do ar condicionado. As salas do prédio ainda possuem um sistema de controle de emissão de gás carbônico (CO2) e, no edifício, existe um sistema de compostagem de lixo orgânico, que é transformado em adubo. O grupo Santander levou o conceito de sustentalidade ainda mais longe: disponibiliza bicicletário aos funcionários e criou um programa de carona entre eles, nomeado ‘Carona Amiga’, que conta com mais de 700 funcionários cadastrados. Essas, entre tantas outras medidas e mecanismos estruturados visando a sustentabilidade, renderam à Torre Santander a certificação LEED e o ISO14001.
Torre Santander: referência brasileira em arquitetura inteligente
Nenhum comentário:
Postar um comentário