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terça-feira, 4 de outubro de 2016

INB prepara segunda fase de enriquecimento de urânio no Brasil

Com informações da Agência Brasil 


INB prepara segunda fase de enriquecimento de urânio no Brasil
Brasil já está exportando urânio enriquecido para a Argentina.[Imagem: INB]









Cascatas de ultracentrífugas
A segunda fase do enriquecimento isotópico de urânio no Brasil já começou a ser preparada pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
O presidente da INB, João Carlos Derzi Tupinambá, anunciou que o projeto básico e os relatórios e pedidos de autorização de licenças para essa nova fase já foram desenvolvidos pela estatal.
A primeira fase do projeto de enriquecimento de urânio será encerrada em 2019, quando serão atendidas 100% das necessidades de urânio enriquecido da Usina Nuclear Angra 1.
Atualmente, a usina de enriquecimento da INB, localizada no município de Resende (RJ), possui seis cascatas de ultracentrífugas em operação, o que permite atender cerca de 40% das necessidades da usina. Até o fim da primeira fase, serão adicionadas mais quatro cascatas.
"Na segunda fase, nós vamos ter um acréscimo de mais 11 módulos, que dariam conta de Angra 2 e Angra 3. Ainda sobraria alguma coisa para exportação. Para Angra 2, a gente precisa de mais cinco módulos e para Angra 3, mais seis," disse João Carlos.
A expectativa é que os módulos da nova fase sejam instalados no começo de 2022.
Exportação de urânio
De acordo com o presidente da INB, a produção de urânio enriquecido sempre gera algum excedente, que é exportado para atender demandas pontuais. Atualmente, a estatal está atendendo a um pedido da Argentina.
O embarque do material nuclear para o país vizinho - quatro toneladas no total - ocorrerá até o fim deste mês. Embora seja um volume pequeno, é considerado representativo por causa das oportunidades de negócio de longo prazo que pode gerar.
O Brasil faz parte do rol de 11 países que dominam hoje o ciclo de enriquecimento do urânio, o que aumenta a importância dessa primeira remessa de urânio ao exterior. "Não só consolida a presença da INB, mas a nossa capacidade tecnológica e nossa presença no cenário internacional do enriquecimento de urânio para fins pacíficos", disse o executivo.

A tecnologia utilizada na unidade da INB em Resende foi desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

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