Os maiores fatores que contribuem para esse aumento desenfreado da poluição são os veículos, indústrias e os incêndios
92% das mortes por poluição acontecem nos países de baixa e média renda.
A poluição é conhecidamente um dos maiores vilões do meio ambiente, e seu constante crescimento vem alarmando especialistas de todos os países. Para embasar ainda mais essa preocupação, em outubro de 2017 a revista científica The Lancet divulgou um estudo apontando que ocorrem cerca de 9 milhões de mortes anuais em decorrência da poluição existente no planeta.
De acordo com os dados apresentados pela publicação, estima-se que a poluição seja responsável por causar mais mortes do que o registrado por problemas como violência, desastres naturais e doenças como a Aids. Segundo o artigo, a poluição atmosférica é a mais perigosa — sendo responsável por 6,5 milhões de mortes anuais —, enquanto o segundo lugar fica com poluição da água, que mata 1,8 milhões de pessoas por ano.
A maioria dessas mortes (92% delas, para ser mais preciso) ocorre entre a população de países de baixa ou média renda, como a Índia — que registra cerca de 2,5 milhões do total das mortes — e a China, com 2 milhões de óbitos. Outro fator que faz este índice ser maior nesses países é a forte presença de Usinas Elétricas, apontadas como um dos principais causadores de poluição atmosférica.
O objetivo do levantamento é reunir informações sobre doenças e mortes causadas pelas diversas formas de poluição combinadas, de modo a encontrar possíveis maneiras de diminuir esse índice. Além das mortes que a poluição pode causar, este é um problema ambiental que desencadeia diversos prejuízos econômicos para os países. De acordo com o relatório, o prejuízo é de aproximadamente 4,6 trilhões de dólares anuais, representando 6,2% da economia global.
Richard Fuller, um dos autores do estudo e chefe da organização Pure Earth, que visa acabar com a poluição do mundo em desenvolvimento afirma que: “O que as pessoas não percebem é que a poluição prejudica as economias. As pessoas doentes ou mortas não podem contribuir para a economia.”.
Para os editores da revista The Lancet, Pamela e Richard, os dados mostram que o planeta chegou a um momento preocupante e que está minando os regulamentos ambientais estabelecidos. Por isso, os líderes dos países precisam se juntar para mudar esse quadro tão preocupante e, assim, começar a tomar alguma atitude para acabar com esse grave problema que está assolando todo o mundo.
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